terça-feira, 26 de maio de 2009

A Madeira já é independente ?

Paulo Rangel, disse hoje que o seu partido é o único a colocar em lugar elegível um deputado pela Região Autónoma da Madeira.
E daí ? Pergunto eu, atónito. Será que nestas eleições há mais que um círculo eleitoral? Ou a Madeira já é independente ?
E já agora, ainda que mal pergunte: Quantos são, por exemplo, os deputados elegíveis por Trás-os-Montes, Beiras, Alentejo e Algarve, na lista do PSD? Ou, para o PSD, uns são mais que os outros ?
Ora, aqui está algo que o candidato Paulo Rangel podia esclarecer e eu agradecia.
Eu sei que posso esperar sentado pelas respostas, porque também sei que no PSD não falta gente (Rangel é só mais um) que esteja sempre disposta a curvar a cerviz perante o "Napoleão" da ilha.
(reeditada)

5 comentários:

mdsol disse...

Ora até que enfim percebo a expressão:
Já chegamos à madeira, ou quê?

:))

Anónimo disse...

Caro Senhor da Terra dos Espantos

Presumo que a Terra que possuís seja no Continente, embora suspeite que vossa Mercê se julgue dono e senhor de mais vastas terras e gentes onde é suposto ocorrerem tais e tantos acontecimentos que não param de Vos espantar, pois que Vós àcerca deles falais e connosco partilhais a Vossa justificada surpresa e espanto.

No "post" seguinte até falais, com conhecimento de causa, na terra média e dos "negócios da China" e, aqui falais da Madeira como se só agora lá tivessemos aportado, como, aliás, notavelmente, logo MDSOL, sublinhou...

Não encontro motivo ou razão para o Vosso tamanho espanto, pois que se Rangel houvesse dito que colocara em local elegível um deputado oriundo da Galiza, aí , isso sim, seria motivo de espanto.

Porém, como pode Vossa Mercê comparar os habitantes de Trás-Os-Montes aos habitantes da Ilha da Madeira que são, desde logo, tão diferentes em rendimento per capita ou nos rácios de Auto-estradas ou vias rápidas e túneis, por habitante?
Mesmo os do Alentejo e das Beiras ficariam a perder pois teriam que comer muita farinha "maizena" para chegar (nem!) aos calcanhares da formosa Madeira e seu bailinho.

Acresce, e não menos importante o será, que esses reinos de Trás-os-Montes, Beiras e Algarves, nem ao patamar de "REGIÕES ADMINISTRATIVAS" se conseguiram alcandorar e desta feita como podem ser comparadas (e ainda por cima rodeadas de mouros...), com a Ilha da Madeira presidida pelo seu eleito "Napoleão" e rodeada de água por todos os lados.

Portanto, não fique Vossa senhoria "atónito" pois que "espantado" lhe basta.

Se a Madeira não é um círculo eleitoral, mas que é, por certo, uma "região administrativa autónoma" (coisa que não encontra no Seu Continente), com um presidente, uma assembleia e um governo regional, o candidato cabeça de lista do psd não pecou assim tanto quando disse o que disse e que se fez entender perfeitamente, embora vangloriando-se de forma irrelevante, porque nenhum outro partido se atreveria a indicar (gastar!) um candidato elegível na Madeira onde praticamente não tem votos por quase todos serem arrecadados pelo tal "napoleão".

E quanto a "curvar a cerviz", desde logo me lembro da visita recente de Sócrates à Madeira e a "détente" verificada, ou o elogio de há cerca de um ano que o presidente da Assembleia da República fez ao "regime napoleónico" , coisa que se prestou a algumas graças.
Confesso que não gostei e foi para mim um espanto.

Eu tenho a certeza que Vossa Senhoria também ficou espantado, só que não teve oportunidade de o mostrar, tanto mais que, se calhar as suas terras de espantos ainda estavam em gestação ou em vias de serem conquistadas.

Com a profunda estima e a elevada consideração de sempre.
Adalberto Santeiro
(pensador nas horas vagas e Vosso leitor atento)

Anónimo disse...

Ao comentador Alberto Santeiro só direi que não entendeu nada do que está no artigo do autor do blog.
Todavia, pela linguagem do sr Santeiro, conclui-se que não vale a pena perder tempo a alimentar aquilo de que tanto gostam os mentores desse estilo, que os há em toda a parte. Nisto são campeões em jogo a que nunca vou...
Zé Mário

Anónimo disse...

Senhor da Terra dos Espantos,

O il. A. Santeiro, pessoa com quem sou uma espécie de “alter ego” ou de “unha com carne”, confessando-se-me, disse-me o seguinte e que me pede para lhe transmitir e, para, desse modo, poder chegar ao também il. comentador “anónimo Zé Mário”:
[.-“ Portugal é uma República soberana, baseada na dignidade da pessoa humana e na vontade popular e empenhada na construção de uma sociedade livre, justa e solidária” – art.º 1 da CRP (Constituição da República Portuguesa).
.- “O Estado é unitário e respeita na sua organização e funcionamento o regime autonómico insular (...)”
“ Os arquipélagos dos Açores e da Madeira constituem regiões autónomas (...)”– n.º 1 e 2 do art.º 6º da CRP.
“ A autonomia político-administrativa regional não afecta a integridade da soberania do Estado e (...)” – art.º 225º da CRP.

“O Parlamento Europeu, composto por representantes dos povos dos Estados reunidos na Comunidade, exerce os poderes que lhe são atribuídos pelo presente Tratado
O número de deputados do Parlamento Europeu não será superior a setecentos e trinta e seis”.- art.º 189º do Tratado de Roma (actualizado pelos posteriores).

No artigo 190º do mesmo Tratado de Roma, está fixado o n.º de deputados para cada um dos 27 países, SENDO QUE PORTUGAL ELEGE 22 (vinte e dois) DEPUTADOS (tantos quantos a Bélgica, a Hungria, a Grécia e a República Checa).

Sabedor de tudo isto, como aliás, o senhor da Terra dos Espantos também sabe, onde poderia estar a divergência e o alegado desentendimento de A. Santeiro na mente sisuda do nosso ilustre crítico?
Só poderia estar no facto de não se ter querido comparar a Madeira com os Açores. Porque aqui, sim, existe uma maioria PS, poderia haver uma comparação, poderia ter sucedido que o “César Augusto” dali, também e eventualmente pudesse ter ditado melhor representação ou posicionamento dos deputados nas listas do PS como o “Napoleão da Madeira” eventualmente o terá feito...quanto ao PSD.

Claro que ao comparar Trás-os-Montes, Beiras etc. com a Madeira abriu-se a porta à crítica mordaz (?) que, obviamente, não era dirigida ao Senhor dos Espantos, porque esse é intocável, mas antes aos políticos e à situação de um País com regiões desertificadas e pobres como são aquelas regiões onde nunca se gastaram os milhões que foram gastos na Madeira, sempre a rebentar com os orçamentos e com deficits sempre engolidos (como elefantes a espernear) por Lisboa com governos pss ou psds!!!
O interior está quase deserto, está a ficar bom para Parque Natural e as populações vão-se chegando para o litoral e engrossando os cerca de 2 milhões de pobres (cerca de 1/5 da população).
Por outro lado, fico arrepiado só de pensar que a comparação da Madeira com as apontadas regiões do continente, pudesse conduzir ao mesmo descalabro, se essas regiões viessem a ficar autónomas e o país no seu todo ficasse sujeito aos mesmos disparates da Madeira.( O dobro do PIB português já quase não paga a dívida publica mais as dos bancos e das empresas ao estrangeiro).
Eu não disse que os madeirenses em geral estivessem mais ricos. Mas também sei que muito boa gente no Ps quer a regionalização e não é por isso que eu os considero menos dignos de estar no PS, como está na moda “certos carneiros” interpretarem como traição, a “divergência” com o “seu chefe máximo”.

Portanto, esclarecido que está o pensamento de Santeiro (que não faz milagres!) só resta concluir que, são muitos mais os pontos que unem que aqueles que desunem.
Também não interessam muito estas questões marginais se delas a gente não se puder rir.
Agora à moda da casa “ridendo castigat mores”. Ria-se e rindo, critique os costumes....
A. Santeiro quis lá chegar, mas não conseguiu aquele golpe de asa de que falou o poeta...
Porém, uma coisa também quis, que foi agitar as águas, e lá isso, deu tiro certeiro.
A bem da Terra dos Espantos retenha-se os normativos citados.]

Recado entregue, com muita estima.
Adalberta Santeira
(alma gémea e poeta nas horas vagas)

Anónimo disse...

Com a Santeira já me entendo. Obrigado pelo esclarecimento.É uma lição amiga...e de filósofo.
Zé Mário