sexta-feira, 8 de maio de 2009

Mais um "case study"

Já se sabia, depois da conversa à lareira (da RTP) com Judite de Sousa; das declarações por ele prestadas à comissão parlamentar de inquérito; e dos desmentidos de António Marta que o ainda conselheiro de Estado Dias Loureiro tem memória curta.
As declarações de Hector Hoyos (empresário porto-riquenho fundador da empresa tecnológica BI, que a SLN comprou em 2001) que garante que contou a Dias Loureiro ter sido alvo de um pedido de suborno logo depois de este ter acontecido, contradizendo assim as afirmações de Loureiro, (que, na sua versão, só muito depois soube do pedido de suborno) só servem para confirmar o facto.
A memória curta e a ingenuidade (?) de Dias Loureiro (uma e outra comprovadas pelas suas próprias palavras) são de tal grandeza que bem justificam um estudo para se saber (e para os eventuais interessados aprenderem) como é que um homem com tal perfil teve a oportunidade de ocupar cargos de tamanha responsabilidade, incluindo os de ministro, de administrador de empresas e de conselheiro de Estado.
Um verdadeiro case study, sem dúvida.

2 comentários:

Anónimo disse...

Eu conheci o Dr. António Marta e pela personalidade dele estou convencido que fala verdade e portanto DL (embora só o conheça dA tv) para mim FALTA À VERDADE.

Aquela inocência toda assuta-me e intriga-me: como foi possível um sujeito destes ter o percurso que teve?
"Lata" não lhe falta e faz lembrar o outro grande accionista da SLN a dizer na TV que quando o Dr. Oliveira e Costa lhes dizia que "o problema do BPN era o BI", eles e os outros grandes accionistas pensavam que era o Bilhete de Identidade", sim e ria-se com aquela "inocência" alarve.

Eles "estão cheios de guita" e fazem de nós parvos, como se pudéssemos acreditar sem pensar o pior deles.

capitolina disse...

Bela pergunta, sim sr, Sr. Anónimo: "Como foi possível um sujeito destes ter o percurso que teve?
Somos o país que somos, uma terra bem estrumada para videirinhos e afins...
Dias Loureiro apregoava a sua linha mt mt à esquerda... Um dia constou-me k ele passeava na terra do sogro (o 1º) com o emblema do PPD na lapela.
Eu (não é relato em segunda mão, eu mesma, a k estou a escrever), afrontei-o: "Com k então passeias-te por (...) de emblema do PPD para agradar ao sogro?...
Respostíssima de Dias Loureiro:
-"Ó drª (...) é preciso saber viver!"
Assim mesmo...