Sob o pretexto da fraca competitividade da economia portuguesa, o ataque desencadeado por este governo contra os direitos dos trabalhadores prossegue, anunciando-se, agora, que o governo pretende reduzir as indemnizações por despedimento ao valor de 6 a 10 dias por cada ano de antiguidade.
Digo pretexto, mas melhor diria falso pretexto, porque a falta de competitividade da economia portuguesa não resulta das "altas" remunerações pagas aos trabalhadores. A razão da fraca competitividade da economia portuguesa tem de ser procurada alhures. Para tal concluir basta atentar no que se passa na Alemanha e em vários outros países europeus que têm uma competitividade muito superior à portuguesa, não obstante pagarem salários muito mais elevados que os auferidos pelos trabalhadores em Portugal.
Pese embora a limpidez da conclusão, o certo é que governo português para melhorar a competitividade, nem estuda alternativas, nem procura outra receita que não seja a de reduzir os direitos do trabalhadores. Não sei se é por simples preconceito da ideologia ultraliberal professada por Passos/Coelho e pelos demais governantes, se é por qualquer outra razão de que agora não curo.
O que sei, e é inegável, é que esta nova medida é mais uma humilhação que irá somar-se a outras já concretizadas ou em vias de o ser, dirigida contra quem não passa, na perspectiva deste governo, dum mero factor de produção.
Note-se que, por irónico que seja, estamos a falar dum governo liderado por um partido (PSD) que se diz "personalista".
Quanto desplante, Zeus meu!
Quanto desplante, Zeus meu!
Não tarda nada, um trabalhador despedido ainda vai ter de pagar indemnização ao patrão, como agradecimento por lhe ter dado trabalho durante uns anos...
ResponderEliminarAbraço