«(...)A crítica mais venenosa à posição do PSD relativamente ao Orçamento e à atual conjuntura política não chegou das bancadas da Esquerda. A crítica mais contundente chegou do CDS, quer pelos termos em que foi feita quer porque foi o "partido irmão" que a fez. Basta recordar as palavras do guru centrista António Lobo Xavier, no Congresso do fim de semana passado. Não tem dúvidas, como o PSD não parece ter, de que o Governo de Esquerda levará o país à "degradação económica e das finanças", e classifica essa previsão como uma "profecia trágica". No entanto, o CDS não pretende ficar agarrado a uma profecia e à crença de que ela se autorrealizará. "Nenhum partido pode sublinhar apenas essa profecia. Se é para isso, é um lugar miserável. Se a nossa satisfação é comprovar a profecia isso é um lugar indigno". Lobo Xavier não ficou a falar sozinho. Mas percebeu-se que o CDS ficou sozinho a falar à Direita. O PSD, pela voz do líder da bancada, Luís Montenegro, limitou-se, ontem, a sublinhar a profecia e a anunciar um lugar na primeira fila à espera que ela se autorrealize. António Costa, como José Sócrates em 2009, "dá o que tem e o que não tem para, a seguir, cobrar em dobro o que deu antes", foi repetindo Montenegro em diversas cambiantes discursivas. Profecias e pouco mais. Um "lugar indigno". Segundo o CDS.»
(Rafael Barbosa."Soube a pouco... e a tanto". Na íntegra: aqui)
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