quinta-feira, 28 de setembro de 2017

Coragem de mudar, ou insensatez ?

Mudar para votar numa candidatura que apresenta, como 1 dos cabeças de cartaz, um activo tóxico como Maria Luís Albuquerque, a apoiante incondicional do senhor Schäuble, ministro das Finanças alemão,  não seria coragem, mas pura insensatez. Admira-me, aliás, que o candidato à câmara municipal tenha alinhado numa tal parceria. Tal não abona muito a favor da sua clarividência política e, de algum modo, por razões que não são para aqui chamadas, até tenho pena.

terça-feira, 26 de setembro de 2017

«"Bum!" ou "pfff..."?»

«O "relatório-explosivo", como lhe chamou o Expresso: "Bum!" ou "pfff..."? Sobre o assunto vou fazer um relatório mais seco, não acusarei ninguém, como o relatório original, de "ligeireza, quase imprudente", nem de "declarações arriscadas e de intenções duvidosas", nem de "arrogância cínica". Quando eu faço um relatório, relato, não relaxo. Guardo aquelas palavras para quando fizer um romance manhoso, ou talvez as substitua por palavras como "pernóstico, pancrácio e deliquescência", como sempre sonhei usar num romance manhoso. O que é um romance manhoso? É uma coisa com frases espevitadas, daí o pernóstico, que se colocam num editor simplório, daí o pancrácio, de ficção científica, daí a deliquescência. Esta sendo, como se sabe, a propriedade de alguns corpos de absorver a humidade do ar e nela se dissolverem - como foi o caso do relatório que agora relato. Derreteu-se. Num sábado, nas parangonas; horas depois, escafedeu-se. Ninguém para quem ele relatava o viu! Não deve haver drama maior para um relator - mais do que relatar em vão, relatar para ninguém. Claro, foi em julho, na estação em que tudo se evapora. Regressou a uma semana de eleições, na estação em que tudo surge. Teoria da conspiração? Não, conspiração mesmo.  (...)»
 (Ferreira Fernandes: "Tudo sobre o relatório de Tancos" Na íntegra: aqui)

Sem dúvida: pfff...!

segunda-feira, 25 de setembro de 2017

sábado, 23 de setembro de 2017

Quem quer tramar pedro rabbit ?

Não é a primeira vez que Passos Coelho aparece a pretender tirar dividendos políticos anunciando ou aludindo a factos sem deles ter segura confirmação. Nos últimos tempos, assim aconteceu quando veio acusar o Governo de ocultar a existência de uns quantos suicídios supostamente ocorridos na sequência dos incêndios que devastaram boa parte do concelho de Pedrógão Grande e dos concelhos limítrofes, suicídios que, veio a provar-se, só existiram na cabeça do informador.
Hoje mesmo, aproveitou uma notícia veiculada pelo "Expresso" sobre a existência de um suposto "relatório das secretas sobre Tancos" para desancar uma vez mais no Governo, acusando-o, desta feita, de ocultar informação. O alegado relatório, porém, não é conhecido, nem pelo Presidente da República, nem pelo primeiro-ministro, nem pelas chefias militares, tudo apontando, pois, para um documento "fabricado" por alguém com intuitos não desvendados, mas não muito difíceis de adivinhar.
Certo, certo é que as notícias falsas que têm servido a Passos Coelho para se lançar em sucessivos ataques ao Governo partem de gente ligada ao partido que ele lidera, o PSD.

Na origem do primeiro passo em falso esteve João Marques, ao tempo, provedor da Santa Casa da Misericórdia e actualmente candidato do PSD à câmara municipal de Pedrógão Grande.
Hoje, a escorregadela surge na sequência duma notícia fabricada pelo semanário de que é proprietário o grupo económico de Francisco Balsemão, o militante número 1 do PSD.
Não será caso para Passos Coelho se interrogar sobre quem é que, dentro do seu partido, o quer tramar? Isto, claro, partindo do pressuposto de que não é ele próprio quem está na origem das fake news . Hipótese que não é de afastar. De forma nenhuma.

domingo, 17 de setembro de 2017

O azar do senhor Faria

É fatal como o destino: mal surgem notícias dando conta do bom andamento da economia portuguesa, logo aparece um senhor garantindo que ele faria melhor. 
De facto, de cada vez que o INE publica dados revelando que o PIB está a crescer acima de todas a previsões, o tal senhor faz questão de vir afirmar que, com um governo liderado por ele (que, não por acaso, foi o primeiro e, até agora, único ex-governante a deixar o país mais pobre do que quando assumiu funções) a economia do país estaria a crescer a um ritmo muito mais acelerado. 
A mesma atitude tomou agora ao ser anunciada a decisão da Standard and Poor"s de rever em alta a classificação da dívida pública portuguesa, retirando-a da notação equivalente a "lixo". Com ele a governar, diz o senhor Pedro Passos Coelho Faria, a saída  de "lixo" teria ocorrido há muito mais tempo.
Sabe-se que o sujeito é muito dado a "visões". É um facto reconhecido desde que passou, contra a evidência de todos os indicadores, a fazer sucessivos anúncios sobre a iminente chegada do diabo (que, pelos vistos, tem feito questão de lhe trocar as voltas). Perante o falhanço das suas "visões" a credibilidade do sujeito caiu a pique, como é natural. Porém, o problema que o aflige agora e o afligirá no futuro não é apenas esse, nem o mais grave. O maior azar do senhor Pedro Passos Coelho  Faria é que as pessoas "lembram-se que esse melhor [que ele faria] era a continuação de uma austeridade bem mais forte".
(imagem daqui)

sábado, 16 de setembro de 2017

Um pândego!

Passos Coelho assumiu, de vez, o papel de pândego de serviço. A forma como reagiu ao anúncio da subida da notação financeira atribuída pela Standard and Poor's à dívida pública portuguesa é a prova definitiva de que o líder do PSD faz questão de nos divertir com as suas pilhérias. Senão, vejamos:
Espremendo as declarações que proferiu a tal propósito, chega-se à conclusão de que para Passos Coelho todo o mérito cabe ao governo que ele liderou, o que é, evidentemente, um disparate. De facto só seria possível explicar o facto insólito de a subida do "rating" da República só ter ocorrido passados cerca de dois anos após da queda do seu governo, se se partisse da consideração de que as agências de "rating" são dominadas por  autênticas "lesmas" que, para darem um passo em frente, levassem séculos anos, consideração que, além de absurda, sabemo-lo todos, não colhe, porque as agências de notação financeira já deram abundantes provas de que são lépidas a alterar as notações que atribuem. O próprio Passos Coelho pode dar explicações sobre a matéria, pois foi durante o seu governo que a dívida pública portuguesa "ganhou" a classificação de "lixo". Com o que, na altura, por certo, não contava.
Assim sendo, e com isto remato, as declarações do líder do PSD só fazem sentido se se aceitar que Passos Coelho já não tem outra intenção, nem outra ambição, que não seja a de servir de bobo, papel que ultimamente tem vindo a desempenhar com indesmentível êxito. 
Por mim, pode continuar.
(imagem daqui)

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Uma partida dos diabos!

Quando ninguém estava à espera eis que a «Standard & Poor's tira 'rating' de Portugal do nível 'lixo'».
Para Passos Coelho e para a generalidade dos docentes da universidade  de Verão do PSD, Cavaco inclusive, a decisão da agência de notação financeira é mesmo uma partida dos diabos. Ou um pesadelo?
(notícia e imagem daqui)

quinta-feira, 7 de setembro de 2017

Com Coelho já íamos a caminho de Marte!

Não tenho a mínima dúvida de que o "mago" que conseguiu, enquanto primeiro-ministro, cometer a dupla proeza de ver crescer a dívida pública ininterruptamente durante todo o seu mandato e de ser o único governante a deixar o país mais pobre do que quando tomou conta da governação, é capaz desses feitos (por fazer) e de muito mais. Só a proverbial "modéstia" do mitómano que dá pelo nome de Pedro Passos Coelho explica que não tenha garantido que, com ele, já teríamos chegado à Lua.
Só à Lua, minha gente?  Com Coelho já estávamos a andar, sim, mas a caminho de Marte!
E, pasme-se:  ainda há quem acredite neste vendedor de banha da cobra!
(imagem daqui)

domingo, 3 de setembro de 2017

Competição renhida

Este ano, a universidade de Verão do PSD foi concebida como uma competição tendente a apurar  o vencedor do prémio da insensatez.
Hoje, depois das "brilhantes" provas de Cavaco e de Paulo Rangel, foi a vez de Poiares Maduro fazer exibição da sua insensatez, para não dizer da sua loucura. Sim, porque só alguém acabado de sair do manicómio se atreveria a fazer uma tal alocução. Ora ouça:
(Imagem daqui)

sábado, 2 de setembro de 2017

Epidemia de raiva

Não sei se, tecnicamente, se pode falar de epidemia, mas lá que a raiva grassa no PSD é fora de dúvida.  Passos Coelho, o presidente do partido, desde há muito que apresenta sinais de estar afectado pela doença, mas não é, infelizmente, um caso isolado, nem sequer raro, pois são já vários os dirigentes e militantes que revelam sintomas de estarem a sofrer do mesmo mal.  O último a apresentar tais sintomas é um tal eurodeputado que dá pelo nome de Paulo Rangel (o dito cujo que figura na imagem). De facto, só alguém a rebentar de raiva é que, sendo apoiante entusiasta do anterior governo (PSD/CDS) que tudo fez para reduzir o Estado ao mínimo dos mínimos e que cortou na despesa do Estado como nunca se tinha visto, é que poderia fazer as acusações que proferiu, acusações que ele, não sendo louco, sabe perfeitamente que são pura aldrabice.
Fico-me por aqui, mas não sem que antes deixe um alerta: cuidado, gente, que a raiva, além de contagiosa,  é,  com frequência alarmante, mortal.  As sondagens mostram, aliás, que o PSD está num processo de definhamento que pode ser fatal.
Todo o cuidado é pouco! Insisto eu.
(imagem obtida aqui)