Respondendo honestamente à pergunta em título ter-se-á que responder que sim, pois tal é sempre possível. Tal não significa, porém, que seja tarefa fácil encontrar um que seja pior.
De facto, se é verdadeira, como tudo indica, a afirmação de Assunção Cristas, ministra de tal governo, segundo a qual "Nunca os temas da banca foram discutidos em profundidade em Conselho de Ministros", uma conclusão se impõe: o dito governo verdadeiramente nem Governo chegou a ser. Talvez um desgoverno diria eu, sobretudo sabendo-se que o sistema financeiro passava por dificuldades, sucessivamente confirmadas com a resolução do BES, (assunto sobre o qual, pasme-se, "não houve [sequer] discussão"); a resolução do BANIF; ou a necessidade de recapitalização da CGD, para só citar os casos mais alarmantes.
Cabe perguntar: como tal foi possível? O chefe de tal (des)governo, Passos Coelho, explica: "O Governo nunca se procurou substituir às entidades independente, em particular ao supervisor em matéria bancária".
O especialista em sacudir a água do capote falou e está tudo dito.
(Citações e imagem daqui)