terça-feira, 12 de novembro de 2024

Ministério da Saúde: quando "a bota não bate com a perdigota"

 

A propósito da ocorrência da morte de várias pessoas por falha no atendimento de chamadas de urgência por parte do INEM, devido à greve dos técnicos de emergência pré-hospitalar ao trabalho extraordinário, greve que tinha obrigação de conhecer pois lhe foi anunciada com a suficiente antecedência, a actual ministra da Saúde fala em "gravíssimos acontecimentos", para, logo de seguida, acrescentar que assume "total responsabilidade pelo que correu menos bem". 

Perante estas afirmações, não é difícil concluir que, como diz o povo, " a bota não bate com a perdigota". E em dose dupla.

Com efeito, a ministra fala em "gravíssimos acontecimentos" para logo a seguir desvalorizar o caso com um "correu menos bem". A  morte várias pessoas por falta de atendimento de chamadas de urgência é um "gravíssimo acontecimento" ou é um simples "correr menos bem"? Em que ficamos, senhora ministra?

Se a ministra assume "total responsabilidade" pelos "gravíssimos acontecimentos" importa saber quais as consequências. É que responsabilidade sem consequências, não é responsabilidade, mas sim irresponsabilidade. De quem?  Pelos vistos, só  o saberemos mais tarde.

(Citações e imagem in EXPRESSO on line)

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