sexta-feira, 18 de julho de 2025

Homenzinhos

 

Às vezes ainda me espanto, como é agora o caso: o, infelizmente, actual Presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, só ocupa o cargo, porque o PS se encarregou de lhe aplanar a caminho para chegar onde chegou.

Seria expectável que alguém, em idênticas circunstâncias, guardasse alguma réstea de gratidão para quem teve um gesto que lhe facilitou a vida.

O nosso homem, porém, ao invés de mostrar, já não digo gratidão, mas pelo menos respeito, toma a seu cargo a tarefa de aproveitar todo e qualquer ensejo para amesquinhar o PS. Fê-lo, uma vez mais, ontem em plena sessão da Assembleia da República.
Há homens assim. E homenzinhos também. Pena é que em cargos em que se requer a presença de Homens (e/ou Mulheres) haja tantos homenzinhos.
(FOTO TM TIAGO MIRANDA. Daqui)

segunda-feira, 30 de junho de 2025

Árvore-pássaro


Ou Pássaro-árvore?
Quem nos poderia elucidar seria o autor da bela e original composição, autor que, todavia e infelizmente, deconheço.
Local: margens do rio Côa, na cidade do Sabugal.
(Foto datada de 13 - Setembro - 2024)

domingo, 29 de junho de 2025

Cobardolas!

"Tão ladrão é o que vai à vinha como o que fica à porta.” (Povérbio português)
A União Europeia (UE) não só tem vindo a assistir à carnificina que o Estado de Israel, sob o comando do governo chefiado pelo assassino Netanyahu, está a levar a cabo em Gaza e na Cisjordânia, sem condenar o genocídio em curso, sob a hipócrita alegação de que Israel tem o direito de se defender (direito que creio ninguém contestar) como nem sequer teve, até agora, a coragem de denunciar o Acordo de Associação UE-Israel, acordo que tem por base o respeito pelos direitos humanos e pelos princípios democráticos, indiscutivelmente violados por Israel. Não pode, por tudo isso, escapar a um severo julgamento da História.
Ao meu, embora já não conte andar por cá nuito tempo, não escapa: a UE é claramente cúmplice das atrocidades cometidas por Israel. Logo: Culpada!
Envergonha-te, Europa! Cobardolas!

quinta-feira, 29 de maio de 2025

"Um redondo discurso"

A discursata do almirante-das-vacinas a anunciar a sua candidatura à Presidência da República fez-me lembrar a figura do almirante Américo Tomás. Lembrança surpreendente, reconheço, pois é um facto que enquanto o almirante candidato é espadaúdo, o almirante Tomás tendia mais para o anafado. Não sendo semelhante a figura dos dois, estou em crer que na base da lembrança esteve o mesmo tipo de discurso que ambos usam ou usaram: o chamado "discurso redondo", com muita parra e nenhuma uva.
O que significa que se bem (mal) servidos estivemos, bem (mal) servidos ficaremos: com muita parra!
Ou iremos ficar, se, entretanto, não se descobrir alguém que ouse defrontrar o almirante em terra e mar. Com sucesso. O que não é, evidentemente, o caso de Marques Mendes, com o qual, aliás, me recuso e recusarei a embarcar. Em qualquer circunstância.

(A expressão em título é pertença de alguém, mas não me recordo a quem pertence a autoria. Ao seu autor peço desculpa da falta de memória)

(A imagem é daqui)

quinta-feira, 15 de maio de 2025

O Poder das Vacinas!

Gouveia e Melo, mais conhecido pelo nominativo de "Almirante das Vacinas", acaba de anunciar que vai candidatar-se à Presidência da República.
Se alguém ainda tinha dúvidas sobre o benéfico efeito das vacinas, acho que chegou a altura para as pôr de lado, definitivamente. Tal efeito está hoje claramente demonstrado. Basta atentar no efeito produzido no citado almirante: dum momento para o outro passa de vulgar cidadão a vedeta com tal notoriedade que acha ter condições para ser Presidente da República *.
E mais: o efeito é tão poderoso que o "Almirante das Vacinas" nem precisou de as tomar. Bastou pôr-lhe a vista em cima.

(*Confesso aqui, à puridade, que, para lá chegar, não contará com o meu voto.)
(Créditos pela imagem: Rita Chantre. daqui.)

sexta-feira, 2 de maio de 2025

A MINA DO LUÍS


Pelo que vamos sabendo, aos poucos e arrancado a muito custo, a SPINUMVIVA de Luís Montenegro, era (e é) uma mina. Até agora, explorada às escondidas e sem alvará. Se o Luís ganhar as eleições e, com ele, a AD, não há razão para terminar a exploração. Dirá o Montenegro que o povo eleitor não só aceita a continuação da laboração mineira, como até lhe passou o alvará. E, digo eu, por uma vez sem exemplo, que o Luís tem razão.
A escolha, neste caso, é, pois, muito simples: ou se decide encerrar a mina que o Luís tem vindo a explorar ilegalmente ou se opta por lhe passar o alvará.
A cada um de nós eleitores cabe decidir. Espero que decidamos bem: por uma República decente e por um Governo que não nos envergonhe no concerto das nações.
(Créditos da imagem: JOSÉ SENA GOULÃO/Lusa. Imagem obtida aqui.)

quinta-feira, 1 de maio de 2025

Quem quiser engolir a patranha sobre a competência do Governo liderado pelo homem das avenças, faça favor. Eu não.

A propósito do recente "Apagão" e apreciando a actuação do governo Montenegro durante o evento, João Miguel Tavares publica hoje no "Público" (edição impressa) uma crónica que leva como título "É fascinante a forma como este país engole a incompetência", crónica da qual tomo a liberdade de extractar o que segue: 

«Há coisas que eu percebo (...)

Depois vem a longa lista das coisas que eu não percebo. Não percebo quem acha que até na resposta a um apagão a avaliação do que aconteceu deve ser feita em função de linhas ideológicas, como se a competência ou a incompetência fossem exclusivos da esquerda ou da direita. Não percebo que o apagão eléctrico do país tivesse causado um apagão na comunicação do Governo. Não percebo que não se tenha transmitido logo ao início da tarde uma estimativa do tempo de reposição da energia, mesmo que optando pela máxima prudência - a REN e o Governo tinham uma noção de quanto iria demorar, e bastaria dizerem-no para acalmar o frenesim. Não percebo que não se perceba que aquilo que levou as pessoas a correrem para as lojas não foi a falta de luz, mas a falta de informação. Não percebo aqueles que acham que devemos ficar calados porque não somos especialistas na matéria, como se um cidadão estivesse obrigado a emudecer só porque não tirou um curso de Engenharia Electrotécnica, ou estivesse proibido de se indignar por ter ficado sem luz só por desconhecer o preço do kWh no Mibel. (...)

Sim, o Governo foi incompetente a gerir a informação e a comunicar. As estações de rádio estavam no ar; as pessoas estavam nos carros; podiam ouvir informação oficial hora a hora; e essa informação não chegou. O Obervador publicou um texto intitulado "Os bastidores do Governo na crise do apagão", e a primeira história é sobre a Maternidade Alfredo da Costa (MAC), cujos geradores têm apenas cinco horas de autonomia. O combustível estava no fim e houve um brainstorming no Palacete de São Bento, de onde surgiu esta ideia brilhante: "os motoristas dos ministros usariam as viaturas oficiais para se deslocarem até à maternidade", oferecendo à MAC "o combustível que tinham nos carros". A ideia só não foi para a frente porque os novos carros "têm mecanismos de segurança para impedir o roubo de combustível, o que tornaria toda a operação impraticável" (...)  Note-se que a fonte do Governo que contou esta história estava cheia de vontade de mostrar o heroísmo, a resiliência e a criatividade do executivo. Não terá reparado que a única coisa que mostrou foi o mais inacreditável amadorismo e a inexistência de um plano de contingência para alimentar geradores de hospitais, o que é pura e simplesmente inconcebível. Enfiam-nos a incompetência pela goela, e ainda querem que a malta se cale por falta de "conhecimento técnico". 

Não compro. Não aceito. Não engulo.»

Eu também não.

(Imagem supra recortada do exemplar do Público, edição citada)


quarta-feira, 30 de abril de 2025

Trump: entradas de leão, saídas de sendeiro

 

"Trump diz não querer que China sofra com tarifas"

(Imagem e citação: daqui.)
Palpita-me que os falsos "arrependimentos" trumpianos não irão ficar por aqui. Admito, porém, que já cheguem um tanto ou quanto tarde para produzirem algum efeito em prol do figurão.

terça-feira, 29 de abril de 2025

O outro Apagão

 

Cito: "Quando tudo colapsa desta forma, os olhares dirigem-se para quem comenda o país à procura de uma mensagem de serenidade. Só que não foi isso que aconteceu. A primeira voz do executivo foi a do ministro Adjunto e da Coesão Territorial, Castro Almeira, a admitir a hipótese de um ciberataque, algo que (...) ninguém conseguiu confirmar. Veio depois Leitão [Lentão?] Amaro, a dizer que o problema não tinha origem em Portugal e só depois o ministro da Defesa (?) entabulou um discurso afinado com a necessidade, apelando à tranquilidade.
Mais uma vez a Administração Interna primou pela ausência (...).
Lá pelas 15h00, o primeiro-ministro veio falar ao país (...)" para não dizer coisa com coisa e menos ainda em tempo útil para os portugueses, acrescento eu.
Sim, o outro apagão referido no título foi o do governo Montenegro. 
Portugueses, apostem nele para a próxima legislatura. A incompetência é garantida.
(Citação: Editorial do Público de 29 de Abril de 2025- edição impressa)
(Imagem daqui)

segunda-feira, 21 de abril de 2025

Papa Francisco

 


Estou triste: Morreu o Papa Francisco. Calou-se uma Voz do Bem que tanta falta fazia e faz num mundo em que a Voz do Mal, nos dias que passam, chega a ser ensurdecedora.
Que Descanse em Paz.

sábado, 19 de abril de 2025

Páscoa: as amêndoas amargas do Governo Montenegro

"Este vai voltar a ser o ano e a Páscoa, na história do SNS, com mais serviços encerrados"

São amargas as amêndoas, não são? Sim, bem amargas, mas há quem goste de ser enganado. Bom proveito!
(reeditado)

quinta-feira, 17 de abril de 2025

Quem não quer ser visto como criminoso e genocida não lhe veste a pele

Dos Jornais: 

"Amesterdão, 17 abr 2025 (Lusa) -- O prémio de Fotografia do Ano do concurso World Press Photo foi atribuído à imagem de um menino palestiniano de nove anos que perdeu ambos os braços durante um ataque israelita na Faixa de Gaza, anunciou hoje a organização."

O contraste entre a serenidade da vítima (documentada na foto) e a brutalidade da agressão chega a ser comovente.
É perante situações como esta que a crença na justiça e na bondade dos humanos se vai esboroando. Felizes os que ainda acreditam.
(Imagem e citação: daqui.)

terça-feira, 15 de abril de 2025

Contas como cogumelos !

Dos jornais: "Montenegro omitiu três contas com mais de 92 mil euros e de 65 mil euros"

As contas de Montenegro, pelo menos a crer nas notícias que vão surgindo, são tantas que é caso para delas se perder a conta, mesmo tendo em conta que se trata de contas muito sui generis. De facto, é notório que têm características comuns aos cogumelos: surgem onde não se espera e, enterradas, ao menos parcialmente, como qualquer cogumelo que se preze, só se vislumbram quando alguém "topa" o sítio onde se acoitam e se dá ao trabalho de as destapar.

Porém, ao que parece, ainda não se descobriu o mais importante que é onde está o micélio. Sim, porque o cogumelo é apenas a frutificação do micélio. Sem micélio, não há cogumelo. Nem conta.

(Imagem e citação daqui)

segunda-feira, 14 de abril de 2025

Pergunta escusada !

Dos jornais: "Livre aprova programa e pergunta para quem quer o Luís trabalhar". 

A pergunta, salvo o devido respeito, é escusada, pois já se sabe para quem é que Luís Montenegro quer trabalhar. É óbvio que é para ele, pois é para ele que tem estado a trabalhar. E sem necessidade de grande esforço, pois bastam-lhe as avenças da sua "Spinumviva". Um sortudo que descobriu a árvore das patacas! Ou será que "espertalhão" lhe assenta melhor?

sábado, 12 de abril de 2025

Vale tudo, menos tirar olhos ?

As notícias vindas a lume na comunicação social sobre as muitas "habilidades" do actual primeiro-ministro surgem em catadupa e, como tal, nem sequer vou perder tempo a enumerá-las.

Uma coisa é certa: se o "habilidoso" e actual primeiro-ministro vier a ser reconfirmado no cargo, após as eleições que provocou com a apresentação da moção de confiança que tinha a certeza de que seria chumbada, passa a valer tudo "menos titar olhos". 

Confesso que não sei mesmo se as coisas ficarão por aí. Quando se abandona, de vez, a noção do justo e do errado, e se manda a ética republicana "às malvas", onde fica o limite para a prevaricação? 

A resposta através do voto é a única adequada, pois está visto que Montenegro não reconhece a validade de qualquer outra.  A minha está dada.

quinta-feira, 13 de março de 2025

Aguiar-Branco, o émulo de Ventura

Confesso que depois de ter conhecimenro da afirmação do presidente da Assembleia da República, Aguiar-Branco, segundo o qual "Pedro Nuno Santos fez pior à democracia em seis dias do que André Ventura em seis anos", à primeira não quis acreditar que fosse possível que da boca do actual presidente da Assembleia da República pudesse ter saído tamanho dislate. Infelizmente, porém, sou forçado a admitir, tantas são as confirmações, que a afirmação é verdadeira, facto que força a conclusão de que, em matéria de falta de decoro, Aguiar-Branco não fica a dever nada a André Ventura. É caso mesmo para se ficar sem saber quem é o mestre e quem é o pupilo.

A afirmação e o comportamento de Aguiar-Branco é, neste caso, tanto mais censurável e surpreendente quando é certo e sabido que se não fossem os bons ofícios do PS e do seu secretário-geral, Pedro Nuno Santos, que tomaram a iniciativa de ultrapassar o impasse a que se chegara, no início da legislatura, na eleição para a presidência da Assembleia da República, Aguiar-Branco ainda hoje estaria à espera de se sentar na cadeira que ocupou ao longo de um ano. Mal empregada cadeira! 

(Aguiar-Branco, o émulo de Ventura e o mal-agradecido)

Nojo!

 «De "corista do Chega" a "menino do papá" ou "charlatão", PS e Pedro Nuno Santos foram os alvos de um Conselho Nacional do PSD reunido à porta fechada.» (Fonte).

Está visto que, durante um ano, fomos governados por gente sem um pingo de vergonha.

Decência deve ser termo que tal gente desconhece.

Nojo!

quarta-feira, 12 de março de 2025

Para mais tarde recordar...

Em boa hora caiu (finalmente) Montenegro, um primeiro-ministro que, sabe-se hoje, não é merecedor de confiança.
E, felizmente, caiu também um governo que, não fora a criancice e a teimosia de Marcelo Rebelo de Sousa, nem sequer teria nascido. 
Marcelo é, fora de toda a dúvida, o principal responsável por toda a instabilidade que o país venha a conhecer. Dissolver a Assembleia da República, quando existia uma maioria parlamentar de um partido (o PS) disposto a apresentar uma nova personalidade com prestigío para o exercício do cargo de primeiro-ministro e em condições de sustentar um novo governo, não lembrava ao diabo. Lembrou-se disso  Marcelo: uma garotada (para não ir mais longe) que está a sair cara ao país e mais caro vai custar.