segunda-feira, 30 de junho de 2008

Ah sim ? Então com quem ?


A consciência de Sócrates e a convergência à esquerda, dois assuntos bem interessantes e que, a justo título foram objecto da atenção de Jerónimo de Sousa, pessoa especialmente capacitada para tratar de um e de outro.
Para se pronunciar sobre o primeiro, o líder do PCP deve ter dotes que escapam ao comum dos mortais. Há que felicitá-lo por esse facto, a menos que a visão da consciência do "outro" seja o reflexo da percepção da própria. Esta é, aliás, a hipótese mais provável porque até à data ainda não se tinha dado conta de que tal fenómeno fosse possível.
Sobre questões de consciência, digo eu, cada um trata da sua e já não é pouco, pelo menos para quem a tem.
Quanto ao segundo, e uma vez que afasta, desde logo, da convergência a "ala esquerda" do PS e o BE, só posso perguntar: o senhor Jerónimo de Sousa quer convergir com quem ?
Concluindo: Há alturas em que o melhor é, mesmo, ficar calado!
( A imagem foi tirada daqui)

Não vale a pena incomodar-se ...



Que o Ministro da Agricultura não andou bem ao qualificar, como qualificou, os dirigentes da CAP e da CNA, até eu assim o considero. Mas classificar, a partir daí, o Ministro como "o maior incompetente do mundo" e como "uma nulidade absoluta", vai um passo só ao alcance de um iluminado como o Professor e Comentador Marcelo Rebelo de Sousa.

Acho, todavia, que Jaime Silva não deve incomodar-se, pois o que diz Marcelo não é para ser levado a sério: o homem diz-se e desdiz-se com a mesma facilidade com que eu bebo um copo de água. Faço-lhe, no entanto, a justiça de considerar, pelo seu ar divertido quando aparece na televisão, que nem ele próprio se leva muito a sério.
(A imagem foi retirada daqui)

Haja alguém que me explique !



Contesta e contesta bem. Não se compreende (eu, pelo menos, não entendo) como é que o PCP convida e volta a convidar para a Festa do Avante uma organização que tem no seu activo o sequestro de milhares de pessoas e que as mantém em cativeiro, não se coibindo, em muitos casos, de exigir dinheiro para as libertar.
Será só porque a dita organização se intitula como marxista? Lá marxista pode ser que seja, mas organização mafiosa é-o seguramente.
Diz-me em que companhias andas e dir-te-ei quem és, diz o povo. Não quero ir tão longe neste caso, mas se o PCP quer ser levado a sério e ser tido como partido responsável deve uma explicação ao país, até porque este caso está longe de ser um caso isolado: Não há muitos dias, o seu grupo parlamentar fez uma figura bem triste ao abster-se (isolado) de censurar o regime do ditador Robert Mugabe.
E por aqui me fico, mas que agradecia uma explicação para estes casos, é verdade que sim.

É difícil ser prior nesta freguesia



Não fiz, como é óbvio, nenhum estudo que infirme as conclusões do estudo da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo, mas a percepção que tenho é que a lei anti-tabaco tem sido cumprida, na generalidade dos casos, incluindo em cafés e restaurantes. Para ser rigoroso devo confessar que nos locais que tenho frequentado nunca assisti a qualquer violação da lei. Admito que, nos estabelecimentos em que existam áreas separadas para fumadores e não fumadores, possa haver alguma confusão mas não me parece que seja motivo para alarme. Há, de certeza, casos de violação da lei bem mais frequentes e mais graves, sem que isso dê origem a qualquer reacção pública.

A ASAE é que, pelos vistos, não sai das bocas do mundo: ora porque, alegadamente, actua com excessivo rigor, ora, como neste caso, com brandura julgada em demasia. Bem pode dizer a ASAE que é muito difícil ser prior nesta freguesia.
(A imagem foi copiada aqui)

domingo, 29 de junho de 2008

O ditador autista continua




Não se compreende a pressa de Mugabe na sua investidura, pois, tendo do seu lado as forças militares e policiais (por ele bem controladas e bem pagas) a sua continuidade como presidente do Zimbabwe estava assegurada, facto de que o próprio tem plena consciência, pois já afirmara que continuará no poder enquanto for vivo. Se o ditador pensa ver reconhecida a sua legitimidade, por via das eleições, no plano internacional (única explicação para mim visível para tanta pressa, em claro contrataste com a demora na publicitação dos resultados das eleições legislativas também recentemente realizadas e que lhe não correram de feição) vai ter uma desilusão, pois, para a comunidade internacional, a segunda da volta das eleições presidenciais, depois de desistência forçada do seu opositor, Morgan Tsvansirai, não passou de uma farsa.
Insensível à miséria a que condenou o seu país (outrora farto) Mugabe também é surdo à condenação quase unânime da comunidade das nações. Ao que tudo indica, desde que continue no poder, encerrado no seu autismo, pouco lhe importará que o considerem como um déspota. E assim será, pelo menos enquanto alguns países vizinhos, designadamente a África do Sul e Angola, lhe continuarem a dar o seu apoio (facto que nalguns casos até se compreende) mas que, no caso da África do Sul e do seu presidente, continua a ser, face ao que se tem passado, algo inexplicável.

(A ilustração que acompanha o texto foi retirada daqui)

Leituras para reflectir

aqui se escreveu sobre a matéria, mas os comentários de Ferreira Fernandes, MERECER SER MERITÍSSIMO e de Nuno Brederode Santos, AS FACES DA LEI , in DN Online, bem merecem uma leitura e uma reflexão por parte da magistratura portuguesa .

Contra o imobilismo

Para o Primeiro-Ministro e para o Governo, as alterações ao Código do Trabalho, objecto do recente acordo celebrado no âmbito da Concertação Social, são positivas para a economia do país, e designadamente para os trabalhadores e para as empresas, por permitirem a estas maior flexibilidade e por servirem para combater a precariedade no trabalho.
Visão inteiramente diferente têm a CGTP, PCP e BE.
A meu ver, só a concretização de tais medidas virá a demonstrar, na prática, quem tem razão.
Para já, é certo que a actual legislação dificulta a criação de novos empregos estáveis e por isso proliferam os contratos a prazo e os recibos verdes e, nessa medida, a legislação devia ser modificada.
Por outro lado, será que as alterações acordadas vêm facilitar os despedimentos, como as referidas organizações não se cansam de alertar? Sinceramente, estou para ver, embora, neste momento me mereça mais credibilidade a posição do governo, porque verifico que a CGTP e o PCP, pelo menos, de há muito cultivam uma posição de imobilismo e não raro se assiste à defesa, por parte de uma e do outro, de legislação contra a qual tinham lutado antes afincadamente. Já aconteceu com alterações introduzidas na Constituição e nas leis do trabalho. Até parece que não sabem andar de outra forma que não seja a reboque.
Pode ser que desta vez também venha a acontecer o mesmo. Para bem do país, espero que assim seja, pois tal significaria que com a nova legislação do trabalho se teria dado mais um passo em frente, no sentido de maior justiça no mundo do trabalho que, actualmente, se encontra claramente dividido em dois campos: o dos trabalhadores precários, verdadeiros escravos modernos e o dos restantes que gozam de uma estabilidade no emprego tão forte que, alegadamente, tem sido impeditiva da criação de novos empregos estáveis.
Acrescentaria ainda dois dados para basear a minha posição: i) a seriedade do Ministro do trabalho, Vieira da Silva, que liderou os trabalhos na Concertação Social, pessoa que, sendo um homem com claras preocupações sociais e de esquerda, não imagino sequer que possa ter tido em consideração outros valores que não sejam os promotores do interesse comum; ii) a adesão ao acordo por parte da UGT, organização que já deu provas de realismo noutras circunstâncias.

O inferno de volta !

(Imagem copiada aqui)
Com os calores estivais de regresso, eis de novo o drama dos incêndios com o seu séquito de perdas de vidas humanas (e não só) e de destruição da riqueza florestal e paisagística do país.
A este propósito, permito-me deixar aqui duas breves observações:
1) - Constato que, felizmente e, pelo menos por enquanto, não temos assistido à exploração doentia do tema dos incêndios por parte das televisões portuguesas que parece terem aprendido alguma coisa com as lições do passado em que fomos forçados a assistir a horas de emissão inteiramente dedicadas ao tema, que proporciona, sem dúvida, imagens espectaculares, mas que também serve, segundo é voz comum, para acirrar o ânimo dos pirómanos e incendiários .
2) - Tenho observado que, neste ano, pelo menos nalguns concelhos do centro do país que tenho percorrido, têm sido levadas a cabo grandes acções de limpeza de matas, mormente à beira das estradas. É um exemplo que se espera venha a ser replicado no resto do país, já que está demonstrado que, com tais operações, se previne grandemente a deflagração de fogos.
Trata-se, nos dois casos, de procedimentos louváveis. Oxalá tenham continuidade.

Egipto: Abu Simbel

(Templo de Ramsés II)

O Grande Templo de Abu Simbel, no Egipto é o maior e mais imponente de um complexo mandado construir no século XIII (a.c.) pelo faraó Ramsés II, complexo que é composto por dois templos, um dedicado ao próprio faraó (O Grande Templo - na imagem) e outro em homenagem à sua esposa Nefertari.
O complexo não se encontra actualmente no sítio original, pois foi deslocado para evitar a sua submersão pelas águas do Nilo, na sequência da construção da barragem de Assuão, deslocalização que foi patrocinada pela UNESCO.
O complexo é, seguramente, um dos monumentos mais vistos e reproduzidos a nível mundial, não só pela sua grandiosidade e beleza, mas também pela saga que a sua preservação representou.
Para mais pormenores sobre a descrição e história do complexo de Abu Simbel recomenda-se uma visita a este sítio.
(A imagem pode ser ampliada clicando sobre ela)

sexta-feira, 27 de junho de 2008

No comments !

Lá poder pode, mas só por milagre!
É verdade que sim e também o seu contrário.
Muita pergunta para nenhuma resposta.
Ou seja, resumindo e concluindo, um comentário desta natureza, recheado de conjecturas e com tantas interrogações, está ao alcance de qualquer analfabeto.
Não se percebe, por isso, a que título é que o PUBLICO. PT (para onde remetem os links supra) se dá ao trabalho de dar publicidade a tanta conversa fiada.

Citações # 7

ACORDO LABORAL por António Vitorino in DN Online

A "esperteza" compensa ?




A posição defendida pelo Secretário de Estado surge na sequência de o Provedor de Justiça ter pedido ao Tribunal Constitucional para avaliar a constitucionalidade de uma norma "do decreto-lei que alterou as regras de cálculo das pensões, por considerar que alguns beneficiários podem estar a ser prejudicados".
Tendo em conta as razões alegadas pelo Secretário de Estado, segundo o qual a disposição em causa só se aplica às pensões mais elevadas e apenas nos casos em que se verifica um aumento significativo no valor dos descontos nos últimos quinze anos da carreira contributiva, parece-me claro que a referida norma tem toda a justificação.
É evidente que, na maioria destes casos, estamos perante mais um expediente em que o país é fértil: Aumentar os descontos só nos anos que contavam para o cálculo da reforma, eis a fórmula e a forma de obter grandes reformas, a baixo custo.
Sem a regra em causa, quem era sistematicamente prejudicada era a Segurança Social: A injustiça existia antes, não agora, com a nova disposição.
Havendo, como há, razões objectivas que justificam a nova fórmula de cálculo das mencionadas pensões, não se vê onde é que pode estar a inconstitucionalidade.
Só pode achar que existe inconstitucionalidade quem entenda que a "esperteza" merece recompensa.
(A imagem foi colhida aqui)

Denegação de justiça



As agressões de que foram vítimas dois juízes do tribunal de Santa Maria da Feira constituem factos gravíssimos e merecedores da mais viva condenação. No entanto, por muito respeito que os senhores magistrados do dito tribunal mereçam, a sua decisão de suspender todas as audiências de julgamento e diligências não me parece que sirva para dignificar a justiça portuguesa que, merecida ou imerecidamente, já não goza de boa fama.
Sabido que a decisão pode ter consequências graves no que respeita a prisões preventivas que venham a atingir o seu prazo máximo, com a consequente restituição à liberdade dos arguidos, para além de gerar atrasos na generalidade dos processos, como a juíza presidente do tribunal reconheceu , temos de convir que tal decisão é, a todos os títulos, irresponsável e, diria mesmo ilegal, a exigir consequente procedimento disciplinar.
Se não há condições de segurança há que exigir que se tomem as medidas necessárias para que a segurança dos magistrados se concretize. O que não é admissível num estado de direito é a decisão tomada, pois tal comportamento representa uma forma clara de denegação de justiça, o que é grave quando tal atitude é assumida por quem tem exactamente a obrigação legal de administrar e de fazer justiça.
Note-se que a falta de segurança não se restringe ao tribunal de Santa Maria da Feira, pois de acordo com a estrutura sindical dos juízes existem 55 outras instalações com “situações graves de riscos de violência” . Agora imagine-se a que ponto chegaremos, se os magistrados de todos os tribunais em tal situação tomarem decisão idêntica à dos seus colegas de Santa Maria da Feira!
(A imagem foi colhida aqui)

Berlengas - O reino das gaivotas

(Vista do Ilhéu da Inês e de parte da costa nascente da Berlenga, avistando-se ao fundo o Forte de S. João Baptista, tirada do Bairro dos pescadores)


(Ninho de gaivota com dois ovos escolhido de entre os muitos encontrados à beira dos trilhos)

(Concentração de gaivotas no planalto da Berlenga)

(A senhora das ilhas)

(Gaivota em voo planado)

(Ligação entre o Forte de S.João Baptista e a Berlenga)

(Troço da encosta nascente da Berlenga, pontilhada de gaivotas)

(Forte de S. João Baptista)

Uma visita às Berlengas constitui uma experiência nova e muito interessante e que fica marcada pela presença permanente e quase asfixiante das gaivotas que são verdadeiramente as donas das ilhas. Quem se atrever a percorrer, isolado, os trilhos existentes arrisca-se, mesmo respeitando as recomendações do ICN, aos gritos estridentes e ensurdecedores das gaivotas, aos seus constantes sobrevoos e até às agressões. É que as gaivotas não leram as recomendações do ICN e nidificam em qualquer lugar, incluindo ao lado dos trilhos, reagindo violentamente quando o visitante se aproxima dos seus domínios.

(Nota: Todas as imagens poderão ser ampliadas, clicando sobre elas)

O ridículo não mata




Depois da desistência de Morgan Tsvangirai, forçada pela violência do regime de Mugabe, a realização da segunda volta das eleições presidenciais no Zimbabwe não passa de uma farsa e de um acto inútil, quer no plano interno, quer no plano externo. Se o próprio Mugabe já tinha declarado que não sairá do poder enquanto for vivo, é óbvio que, no plano interno, nada mudará: Mugabe continuará, na sua insanidade, a destruir o seu próprio país e a arrastar para a miséria os seus concidadãos. E no plano externo também não terá qualquer reflexo positivo, pois a comunidade internacional, muito justamente, não vai reconhecer a legitimidade das eleições, pelo que nem a imagem do presidente do Zimbabwe nem a do país sairão beneficiadas.
Assim sendo, Mugabe vai, uma vez mais, desempenhar um papel ridículo, mas, pelos vistos, ele pode bem com isso. É que o ridículo não o mata, embora cause sofrimento a milhões.

(A imagem foi recolhida aqui)

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Se a demagogia pagasse imposto...

Socialistas chumbam propostas do PCP para combater crise


As medidas propostas pelo PCP, no essencial, ou representam aumento da despesa (é o caso do aumento intercalar dos salários dos funcionários públicos e da actualização extraordinária das pensões para 2008) ou a diminuição da receita (é o caso do congelamento dos preços dos transportes, da manutenção dos preços de um cabaz de bens essenciais e do estabelecimento de um spread máximo de 0,5 por cento no crédito à habitação concedido pela Caixa Geral de Depósitos).
Onde é que o Estado português vai buscar dinheiro para satisfazer tantas medidas é o que, pessoalmente, gostaria que os proponentes explicassem, sendo certo que o Estado português continua com o défice por resolver e que também tem visto aumentar os seus custos (é que o Estado também gasta petróleo e os juros da dívida pública têm aumentado).
É verdade que se a demagogia pagasse imposto à taxa máxima de IRS (42%) se resolvia o problema. Como porém a demagogia ainda não paga imposto nem é previsível que o venha a pagar e, por outro lado, em Portugal ainda não foi descoberta a árvore das patacas, parece que não haverá outra solução que não seja o de se aumentarem novamente os impostos. E será que os portugueses estão dispostos a suportar mais tributos? Não me parece. Assim sendo, não vejo como é que, sem demagogia, se podem propor ou aprovar tais medidas.
Em todo caso, se os proponentes e os apoiantes que por aí pululam acharem que se justifica um aumento de impostos façam o favor de darem um passo em frente e de se apresentem nos serviços de finanças a requerer o aumento da respectiva colecta.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Notícias do blogue

O "Terra dos Espantos" agradece a sua inclusão na lista de O país do Burro e retribui através da adição do seu link ao rol deste blogue.

Os sins e o não


Saúda-se o acordo a que chegaram o Governo, a UGT e as entidades patronais, esperando-se que tal venha a contribuir para a dinamização do mercado de trabalho e para acabar com a vergonha dos falsos contratos a prazo e a recibo verde.
A decisão do CGTP de, à última hora, abandonar os trabalhos não constitui qualquer novidade e ninguém estava à espera de outra atitude. Há muito que os analistas adiantavam que a CGTP nunca iria assinar o acordo, fossem quais fossem as cedências do patronato, pois é sabido que tal organismo, ainda que representante de amplos sectores de trabalhadores, é também e simultaneamente o instrumento de actuação do PCP no mundo do trabalho. Conhecida também há muito qual a posição de tal Partido, era manifesta a impossibilidade de a CGTP subscrever o acordo.
A atitude tomada pela CGTP, ao abandonar os trabalhos com o fundamento de a última proposta do Governo, ser um documento com 33 páginas e ter sido enviado na terça-feira e de precisar de tempo para o analisar, não passa, pois, de mais uma encenação que não surpreende, pois já era esperada.
Não é também novidade para ninguém que a CGTP, enquanto desenvolve lutas tendo em vista a salvaguarda de postos de trabalho já existentes (diga-se que com resultados medíocres, pois não tem impedido encerramentos de empresas, quer pela via da deslocalização, quer devido a insolvências), pouca atenção tem dado à necessidade de se criarem condições para o aparecimento de novos empregos e, pelos vistos, nem o facto de a nova legislação vir penalizar as entidades patronais que recorram ilegalmente aos contratos a prazo e aos recibos verdes, a demoveu de uma posição que considero conservadora, pois mais não pretende que a manutenção do statu quo.
Esperemos que os factos venham mais uma vez comprovar que é através do diálogo e com cedências mútuas que se alcança o progresso e o bem estar da população e que não é através da recusa em assumir compromissos que se alcançam tais objectivos.
(A imagem foi copiada aqui)

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Bem prega frei Tomás !



Será que a senhora não fez parte do Governo que mais investiu no betão ? A pobreza, quando foi Ministra das Finanças, não existia ?
Este comentário poderia ainda ter um outro título: "Fala, fala e não diz nada". Na verdade, se entende que o investimento em infra-estruturas deve ser questionado, MFL deve começar por dizer quais as infra-estruturas que estão em causa: o TGV, que, no governo de Durão Barroso era muito mais ambicioso, com três ligações à Espanha, ou o novo aeroporto, que enquanto foi governante nunca questionou ?
Banalidades, até eu sou capaz de as dizer. Para um dirigente de um partido como o PSD, exige-se um pouco mais.

(A imagem foi copiada aqui)

Uma decisão inevitável ?







Depois de Mugabe ter afirmado que a oposição nunca iria governar o país enquanto ele fosse vivo, e em face da violência e das perseguições novamente desencadeadas contra os seus opositores e, designadamente, contra o Movimento para a Mudança Democrática (MDC), que já conta dezenas de mortos entre os seus militantes, a decisão ora tomada por Morgan Tsvangirai, líder do MDC, de se retirar da segunda volta das presidenciais agendada para o próximo dia 27, afirmando que não pode pedir aos eleitores que o apoiam que “arrisquem a sua vida” ao votarem no escrutínio, parece lógica e sensata e, de algum modo, era inevitável, pois, como já aqui se escreveu, no fundo, tratava-se de uma eleição inútil.
(A imagem foi retirada daqui)




domingo, 22 de junho de 2008

Não é só ele


Pedro Passos Coelho não é o único a pensar e a dizer que MFL ainda não nos disse qual o seu projecto para o país. E, pessoalmente, julgo que não dirá: A mudez da senhora já não é de agora, pois, se bem me lembro, a campanha dela para as Directas já foi feita de silêncios.
Se Manuela Ferreira Leite julga que, com meia dúzia de frases feitas vai lá, está enganada e, se calhar, enganados estão muitos dos que neste momento a incensam.

Citações # 6

Já que não tenho tido possibilidade de escrever, leiam este refrescante texto neste tempo de ananases e sempre ficarão bem melhor servidos:
AGENDA DE VERÃO, por Nuno Brederode Santos, in DN Online.

sexta-feira, 20 de junho de 2008

Um treinador simpático




Ao elogiar, desta forma, a selecção portuguesa, o treinador da equipa alemã de futebol, Joachim Löw, revela ser uma pessoa simpática, embora a simpatia seja mais fácil quando se vence, como foi o caso.
O elogio é, aliás, merecido, pese embora a derrota sofrida pela nossa selecção, no Euro 2008, face à equipa alemã e, em todo o caso, sabe bem e agradece-se.
(A imagem foi copiada aqui)

Para a frente é que é !



É comummente aceite que o Tratado de Lisboa é indispensável para tornar a União Europeia mais operacional, pois a regra da unanimidade, actualmente em vigor, é um forte obstáculo ao desenvolvimento e progresso da União, como, aliás, se acaba de comprovar com o "não" da Irlanda no referendo recentemente realizado.
A decisão do Conselho Europeu de prosseguir com o processo de ratificação do Tratado de Lisboa, é, pois, uma decisão de bom senso. A questão do "não" irlandês resolver-se-á a seu tempo, estou certo.
Sejamos optimistas: Para a frente é que é !

(A ilustração foi copiada aqui)

quinta-feira, 19 de junho de 2008

"Preso por ter cão e preso por não ter"




Se os resultados das provas são maus, tal é consequência do nosso ensino que é uma lástima. Se os resultados são bons é porque as provas são fáceis.

Não há volta a dar-lhe: é-se "preso por ter cão e preso por não ter".
Regozijarmo-nos com os bons resultados é que não !
Urge ter espírito positivo. É que, sem ele, não vamos lá.


(A imagem foi encontrada aqui)

Dura Lex sed lex


A lei é, por definição, para todos. Logo, é indispensável que os organismos responsáveis pela aplicação da justiça actuem em conformidade e doa a quem doer. A desatenção e a actuação tíbia da justiça favorece o sentimento de impunidade e este é meio caminho andado no sentido da prevaricação.
(A imagem foi tirada daqui)

Calma, que temos pressa !


Ao que tudo indica, a solução para o impasse passa por uma opção dos próprios irlandeses, como já aqui se disse e a verdade é que ainda não vi ser apresentada outra alternativa consistente à ali apontada.
Assim sendo, parece lógico e razoável que se dê à Irlanda tempo para reflectir sobre as consequências do "não" ao Tratado, de modo a permitir aos irlandeses que tomem a decisão que melhor lhes convenha, de motu proprio.
Vamos, pois, com calma, que temos pressa !
(A imagem foi copiada aqui)

Antes prevenir que remediar



A propósito desta iniciativa do PS ouvem-se algumas críticas e sente-se algum cepticismo.
Não vejo razão para tal. A iniciativa poderia ter sido tomada há mais tempo ? Deveria ter sido tomada na sequência das propostas do Eng. Cravinho ? Sem dúvida que sim, mas sempre é melhor do que nunca.
O facto de o Conselho a criar ter como missão "detectar e prevenir os riscos de corrupção" não me parece merecedor de crítica mas sim de louvor: Sempre se disse que "mais vale prevenir que remediar".
(A imagem foi copiada aqui)

quarta-feira, 18 de junho de 2008

Haja esperança !

(Imagem copiada aqui)
Com esta decisão do Parlamento britânico, a ratificação do Tratado de Lisboa ganha novo alento, o que é uma boa notícia para os europeístas.
Se os poucos países, que ainda não ratificaram o Tratado, seguirem o exemplo de Londres, parece seguro que a Irlanda terá que tomar, a breve trecho, uma decisão num ou noutro sentido (auto-exclusão da União ou ratificação), pois dificilmente suportará ficar isolada e arrostar com a incompreensão e má vontade dos demais países União.

E a missa dominical, Professor?



Será que esta opinião do Prof. Marcelo Rebelo de Sousa tem algo a ver com a notícia também hoje publicada segundo a qual alguns sectores sociais-democratas acreditam que Manuela Ferreira Leite possa vir a dar a mão a Sócrates caso este não tenha maioria absoluta em 2009 ?
Eu diria que sim, não só pela simultaneidade do surgimento destas notícias, mas também pelo facto de o Prof. Marcelo ter sido um dos apoiantes de Manuela Ferreira Leite, nas últimas directas para a presidência do PSD.
A perspectiva decorrente destas notícias e opiniões não é, porém, de molde a suscitar grandes entusiasmos, conhecida que é a experiência do governo do bloco central que, tanto quanto me recordo, não deixou saudades. É certo que, em teoria, tal solução favoreceria a estabilidade governativa, mas nem isso é seguro, (há sempre a hipótese de o partido minoritário no governo roer a corda) mas, por outro lado, teria a desvantagem de deixar a oposição entregue às extremas do espectro partidário, facilitando, por essa forma, a radicalização da vida política.
E já dou de barato como desvantagem o facto de o Prof. Marcelo Rebelo de Sousa se arriscar a ficar sem assunto para as suas homilias dominicais!
(A imagem que serve de ilustração do texto foi copiada aqui)

Expectativas realistas



Se o preço do petróleo continuar a subir (pessoalmente, já nem acredito que se mantenha no nível actual) é mais que certo que a economia portuguesa, como as dos outros países não produtores, se vai degradar.
Esta perspectiva, se bem que desagradável, pode ser que, pelo menos, sirva para nos consciencializarmos sobre a necessidade de ter atitudes menos consumistas. Refiro-me aos que podem, já que muitos haverá que precisarão não de adequar comportamentos, mas sim de ajuda.
(A ilustração foi tirada daqui)

Só sete ?




Só sete medidas ? Tanta modéstia até aflige !
As sete medidas até são agradáveis ao ouvido e à bolsa de cada um, mas, já agora, cá vai outra pergunta: Onde é que o PCP, ou melhor, o Governo, ou melhor ainda, o país, vai buscar o dinheiro para as sete medidas ? Está visto: O PCP continua a meter a cabeça na areia.
(A imagem de Bernardino Soares, a quem coube a apresentação das medidas, foi tirada daqui )

Também há boas notícias #2



"Violência sobre mulheres desceu para um terço em doze anos" in PUBLICO, edição impressa de 18 de Junho, sem link.
"Violência escolar está a diminuir, garante PGR" in PUBLICO, edição impressa de 18 de Junho, sem link.
(Nota a ilustração foi retirada daqui)

Derrotada à partida ?

Derrotada à partida (se não podes vencer junta-te a ele) ou prova da sua propalada seriedade ?
A ver vamos.

Também há boas notícias #1

Portugal ocupa a 13ª posição (7ª no contexto da UE27) no indicador “Ambiente para os negócios”, numa lista de 118 economias mundiais, segundo o “Global Enabling Trade Report 2008” hoje publicado pelo Fórum Económico Mundial.
A construção na Zona Euro caiu mais de 2% no mês de Abril quando comparado com o período homólogo do ano anterior e quase 1% face ao mês de Março. Portugal registou o maior ganho entre os Estados-Membros relativamente ao mês anterior.

terça-feira, 17 de junho de 2008

Notícias do blogue # 8

As mensagens que até agora têm sido publicadas no "Terra dos Espantos" sob a epígrafe genérica de "O Zoólogo Amador" passam a ter tratamento autónomo num blogue ora criado com a designação de "O Biólogo Amador".

Subiram ou subiu?





Ainda há poucos dias, o Provedor do "PUBLICO" chamava a atenção para o facto de nos textos publicados no diário em causa, se encontrarem, com frequência, faltas de concordância entre sujeito e predicado (sujeito no singular e predicado no plural e vice-versa). No título para que remete o link supra do PUBLICO.PT temos mais um evidente caso de tal erro: o sujeito é "número" (singular), logo o verbo deveria estar também no singular ("subiu" e não" subiram").
Umas aulinhas de português para os redactores eis o que parece aconselhável.
(Nota: a imagem foi tirada daqui.)

Verdade desportiva e caso julgado



Na decisão da UEFA que volta a admitir o Futebol Clube do Porto (FCP) na próxima Liga dos Campeões não está em causa a verdade desportiva - o FCP é o actual campeão nacional e tal título é inquestionável. Assim sendo, é claro que, do ponto de vista estritamente desportivo, o FCP tinha todo o direito de participar na Liga dos Campeões.

Isto não significa que a decisão da UEFA seja de louvar e, em boa verdade, é mesmo difícil de entender, atendendo às anteriores decisões e designadamente à última (que remeteu para reapreciação da primeira instância a decisão de excluir o FCP da Liga dos Campeões).

Aliás, o argumento invocado (haver dúvidas de que o processo em Portugal estava encerrado) é mesmo ridículo, pois não há a mínima dúvida de que em relação ao FCP há caso julgado. Que se saiba, ao FCP foram já retirados seis pontos na classificação do campeonato nacional da época ora finda e também que se saiba o FCP não recorreu da sanção aplicada que se tornou, por esse facto, definitiva.

Se, como parece deduzir-se das alegações do Benfica, nesta decisão da UEFA, andou a mão da FPF, esta é merecedora de censura e é justo que lhe sejam pedidas responsabilidades.

Em todo o caso, o que está em causa é uma questão de legalidade (respeito pelo caso julgado) e não a verdade desportiva: esta, por vezes, tem que ceder perante valores que mais alto se levantam.
(Nota: a imagem foi retirada daqui)

E não têm mais que fazer?





Sabendo à partida que a moção de censura não vai ter resultados práticos, visto que a aprovação da moção não significa a retirada do pelouro dos espaços verdes ao vereador Sá Fernandes, pois tal competência é do presidente da Câmara (que não deve estar para aí virado) pergunta-se: Será que os vereadores do PSD não têm mais que fazer?
Aliás, importa dizer que os factos imputados ao dito vereador não parece revestirem especial gravidade. Terão sido erros de análise e nem isso é seguro: Podem ter sido prejudicados alguns munícipes, mas o Município também angariou alguns proventos.
Assim sendo, estamos apenas perante casos de lana caprina que, seguramente, não merecem tanto ruído.
(Nota: foto retirada daqui)

Meter a cabeça na areia

(A imagem foi retirada daqui)



Em vez de adequar o comportamento à nova realidade do petróleo caro, buzinar é muito mais fácil mas é também inútil: os produtores de petróleo são surdos e não são os buzinões que vão fazer baixar o custo do petróleo.
Meter a cabeça na areia só pode dar mau resultado: A avestruz que o diga.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

"Suposições" ou indícios ?



Os gostos, em princípio, não se discutem, mas, neste caso, até se devem discutir, pois é o próprio Isaltino Morais que, na mesma peça para que remete o link supra, declara que nunca esperou vir a "ser pronunciado". Ora, se era esta a sua esperança é claro que esta era também a sua preferência.
No mesmo passo, o ora acusado afirma ainda que "as acusações que lhe são feitas se baseiam apenas em "suposições". Não me parece que possa ser assim: Num processo tão mediático quanto o dele e que já deu tantas voltas, para se ser acusado têm de existir mais que meras "suposições". Existem seguramente fortes indícios. O Ministério Público que deduziu a acusação e o Juiz que a recebeu, num processo desta natureza, não se pronunciaram seguramente com leviandade. Pese embora o que se deixa dito, certo é também que Isaltino Morais é ainda presuntivamente inocente, tal é a exigência da lei. Indícios não são provas definitivas e acusação não é condenação.
Esperemos, pois, pelo julgamento que confirmará ou destruirá a acusação e esperemos que seja em breve, pois manda a verdade que se diga que o tempo já decorrido, ainda que não inédito, não deixa de ser escandaloso.
Nota 1.A imagem supra foi copiada aqui
Nota 2. O título foi modificado

É este o caminho



O plano tecnológico iniciado pelo actual governo e que por ele tem vindo a ser desenvolvido é o caminho certo. Tudo o que se venha aplicar na formação e qualificação dos portugueses é um investimento seguro e altamente reprodutivo. É esta a melhor via para assegurar o desenvolvimento do país.
Não dispondo o país de grandes riquezas materiais, o investimento nas pessoas é fundamental.
Nota: a imagem que acompanha o texto foi colhida aqui

Notícias do blogue # 7

As mensagens sobre plantas que até agora têm sido publicadas no "Terra dos Espantos" sob a epígrafe genérica de "O Botânico Aprendiz" passam a ter tratamento autónomo num blogue ora criado com a designação de "O Botânico Aprendiz na Terra dos Espantos".

domingo, 15 de junho de 2008

Perdeu e mereceu !


Portugal perde com a Suíça por 2-0

A equipa portuguesa jogou mal e mereceu ser derrotada, pese embora o facto de termos assistido a uma péssima arbitragem que, ao assinalar indevidamente um fora de jogo (inexistente) a Postiga, impediu a validação de um golo que o mesmo marcou e que, por outro lado, deixou por marcar dois penaltis contra a Suíça, por faltas cometidas contra Nani.
Isto dito, reconhece-se que Portugal não tem duas equipas de primeira linha, pois a equipa que jogou hoje não passa de uma equipa B. E, pelos vistos, sofrível.
Esperemos que a equipa A, nos quatro de final, nos propicie um espectáculo bem mais agradável que o do encontro contra a Suíça.
Nota: A imagem que ilustra este texto foi copiada aqui



Faz de conta


Karzai ameaça enviar tropas para a fronteira paquistanesa

Ora aqui está uma ameaça que não é e não pode ser levada a sério. Se Karzai não é capaz de controlar os inimigos internos no próprio território do Afeganistão o que é que ele pode ou vai fazer ao Paquistão?
(Imagem retirada daqui)

Dizer o óbvio

Monsieur de la Palisse não diria melhor. É óbvio que o problema criado pela vitória do "não" no referendo sobre o Tratado de Lisboa terá de ser resolvido pela União Europeia e pela Irlanda, mas é também óbvio que é à Irlanda que caberá tomar a iniciativa até porque, em rigor, qualquer que venha a ser a solução para o caso (e não se vêm mais que duas: novo referendo ou auto-exclusão da Irlanda) sempre terá de ser a Irlanda a decidir. Só não será assim se os outros países integrantes da União aceitarem que tudo volte, outra vez, ao princípio, solução que me parece não estar a ser encarada pelos demais estados membros e, do meu ponto de vista, ainda bem.
Ao proferir aquelas palavras, alijando de alguma maneira as próprias responsabilidades, o primeiro-ministro irlandês revela ser um político menor e talvez esse facto sirva para, de algum modo, explicar a derrota do "sim". Digo de algum modo, porque na base da rejeição do Tratado, segundo se lê, estiveram em causa sobretudo questões do foro interno, algumas delas tratadas com demagogia quanto baste e até com falsidades. Veja-se o caso do aborto.
Seja como for, aos irlandeses que criaram o problema, compete em primeira linha resolvê-lo. O que não é aceitável é que mais de 400 milhões de europeus fiquem impedidos de seguir o seu caminho pelo voto de uns milhares de cidadãos irlandeses. A democracia não é isto, seguramente!

Citações # 5

PRAGA DE RÃS, crónica de Nuno Brederode Santos , in DN Online. Subscrevo.

Chegou um pouco atrasado

Cavaco Silva congratula-se com regresso da "ordem pública" e "legalidade" ao país , a propósito do fim da paralisação e bloqueio levados a cabo pelos empresários de transportes de mercadorias.
Parece-me que o senhor Presidente da República chegou um pouco atrasado.
Não é nada de extraordinário, diga-se, pois enquanto durou a luta dos proprietários de camiões, toda a classe política, mormente do lado da oposição, ficou de bico calado.
Resolvida a situação, qualquer um se sente à vontade para abrir o pio e é o que tem acontecido, nem sempre com o bom senso e o sentido das realidades a prevalecer. Não é o caso do Presidente da República, reconhece-se.

Uma questão de bom senso

Reboques do sul voltam à estrada mas impõem nova tabela de preços às seguradoras

Parece-me que a decisão dos rebocadores de automóveis é correcta.
É certo que as seguradoras acabarão por fazer reflectir o aumento do custo dos reboques, no custo da apólice e, no final, acabará por ser o automobilista a pagar a factura, mas isso é o que acontece em todos os casos. E, aliás, é o que é justo: A quem é prestado o serviço é que o deve pagar.
Uma ressalva, no entanto: Que o aumento dos reboques não sirva de pretexto às seguradoras para aumentarem as apólices para além do acréscimo de custos por elas suportado.

Não será simpático mas é realista

Hipótese de forçar novo referendo na Irlanda ganha força

Ao que tudo indica, os dirigentes europeus mostram-se empenhados em prosseguir com a ratificação do Tratado de Lisboa e a encontrar uma solução para a crise despoletada pela vitória do "não" no referendo irlandês.
Qual seja essa solução não se vê, para já, qual seja, mas duas são já encaradas: a realização de novo referendo ou auto-exclusão da Irlanda do processo de construção europeia.
Seja como for, um facto é já certo: as pressões sobre o governo irlandês para encontrar uma saída são mais que evidentes. Dir-se-á que a atitude dos dirigentes europeus perante o "não" irlandês é diferente da posição tomada aquando da recusa, em referendo, da Constituição Europeia, por parte dos franceses e dos holandeses. Sem dúvida que sim e tal diferença de tratamento poderá não ser simpática para os irlandeses, nem muito democrática, mas manda a verdade que se reconheça que a construção da União Europeia não é possível sem a presença da França, mas passa bem sem a participação da Irlanda, como passaria sem a participação de Portugal e de outros países chamados pequenos e que de facto o são.

sábado, 14 de junho de 2008

Uma mão cheia de nada

Para chegarem a tão brilhantes conclusões os ministros das finanças do grupo do G8 bem podiam ter ficado em casa. Sempre se teriam poupado umas toneladas de combustível, o que já seria uma inestimável contribuição para a despoluição do planeta!

Um acto inútil ?

Zimbabwe: Mugabe diz que a oposição nunca irá governar o país enquanto ele for vivo
Já há muito que não há dúvidas sobre Mugabe, um ditador que levou o seu país à ruína e o seu povo à miséria.
Face a esta declaração e tendo em conta as sucessivas detenções do seu opositor, Morgan Tsvangirai e as perseguições e mortes de outros adversários políticos, não há dúvida que a segunda volta das eleições presidenciais se chegar a ter lugar, não passará de uma farsa, como, julgo, já o foi a primeira volta.
Para ser consequente, a Robert Mugabe só falta dar mais um passo que é o de cancelar a segunda volta das eleições, a qual, nas actuais circunstâncias, não passará de um acto inútil.
Tal atitude pode até ter dupla vantagem: O Zimbabwe poupa uns cobres que bem falta lhe fazem e talvez abra os olhos aos dirigentes africanos que, por mais surpreendente que pareça, continuam a apoiar Mugabe e a dar-lhe cobertura a nível internacional

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Notícias do blogue # 6

O Lusitânia Insólita teve a amabilidade de incluir o Terra dos Espantos na sua lista de blogues, gentileza que o Terra dos Espantos retribui passando a listá-lo também nas suas páginas.

Empresários? Não, pedintes!

Os agricultores são os senhores que se seguem nos protestos
Depois dos armadores da pesca e dos empresários de camionagem são agora os agricultores a agendar novos protestos pelo aumento do custo dos combustíveis e, ao que parece, já haverá outros na calha.
Isto significa que a irracionalidade económica continua.
Os empresários portugueses em vez de optarem pela eficiência energética e organizacional, preferem a atitude da mão estendida, ou seja, em vez de empresários temos pedintes. Ora, sabendo que o preço do petróleo caro veio para ficar [é o que reconhecem os analistas deste mercado, qualquer que seja a razão verdadeira (aumento da procura, diminuição da oferta, especulação, ou um misto dos três factores - ponto em que há divergências)] é claro que a única atitude verdadeiramente racional é a primeira.
Além de anti-económico, até por distorcer a concorrência, o subsídio é também ilógico, no sistema em que vivemos, quando é atribuído a entidades (pessoas ou empresas) que operam no mercado e que, por conseguinte, têm como obrigação e condição de sobrevivência, adaptar-se ao mercado, incluindo através da repercussão dos custos de produção no preço do produtos ou dos serviços oferecidos, se, pela via da reorganização interna, não for possível atingir tal desiderato.
Para além de anti-económico e de ilógico, o subsídio dado a tais entidades é também injusto, pois o que lhes é dado, a alguém é tirado e não é justo que os afectados sejam os mais carenciados.

Uma meia vitória, quase uma nova derrota

FC Porto: UEFA reenvia decisão para a primeira instância e clube participa na Champions

A participação do Futebol Clube do Porto (FCP) na Champions League não é ainda uma certeza, pois tudo depende da decisão da Comissão de Controlo e Disciplina da UEFA que terá de apreciar, de novo, o processo.
Estamos assim perante uma meia vitória, quase uma nova derrota, o que é pouco para quem, como o FCP, está habituado às vitórias.
Estou longe de ser um simpatizante do FCP, muito longe disso. Tal não impede, no entanto, que me desagrade o afastamento do FCP da Champions League e por duas razões, a saber: 1) Com a sua participação, o futebol português só teria a beneficiar, já que se trata de um clube com maiores probabilidades de êxito do que os que o irão substituir - os resultados dos últimos anos estão aí para o confirmar; 2) Os motivos invocados para o afastamento, ainda que legais (admito, por ignorância) não são razoáveis, conclusão a que facilmente se chega se se ponderar que a participação na Champions League depende dos resultados da época desportiva anterior. Ora no caso concreto, os factos imputados ao FCP terão ocorrido na época de 2003/2004 (se não erro) e o direito de participar na próxima Champions League nasce dos resultados verificados na época de 2007/2008 e a estes não vejo ninguém a contestá-los.

Um novo imbróglio

A esta hora parece já certo que os irlandeses optaram pelo não no referendo sobre o Tratado de Lisboa realizado ontem.
A hora não é para festejar, do meu ponto de vista: A construção europeia fica de novo encalhada.
O presidente da Comissão Europeia afirma não haver um plano B. Se não há, devia haver, pois não é admissível que um só país ponha em causa o interesse comum dos restantes países integrantes da Comunidade. No mínimo, deveria ter sido previsto (se é que o não foi - passe a ignorância) que a não ratificação do Tratado de Lisboa (e de qualquer outro tratado com o mesmo alcance) implicava a auto-exclusão. Era a melhor maneira de a todos satisfazer: os que querem e os não querem aceitar as novas regras.

Mais um milagre !



Portagens nas pontes 25 de Abril e Vasco da Gama vão manter-se inalteradas


A decisão do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias que obriga o Estado Português a aumentar as taxas de IVA aplicadas nas portagens das pontes 25 de Abril e Vasco da Gama não vai, afinal, ter reflexos no montante a pagar pelos utentes, segundo fonte do Ministério das Finanças que, todavia, não esclareceu, como é que consegue um tão grande milagre.

Não é, no entanto, difícil adivinhar qual vai ser a solução: Uma vez mais, vai ser o contribuinte a arcar com a despesa, em vez do utilizador. A ser assim, estaremos perante uma má decisão, pois, se o lençol é curto (e é o caso das finanças públicas) algo terá de ficar destapado. Ora, há seguramente sectores da população a precisar mais urgentemente de cobertura do que outros. Digo isto, não obstante ser certo que, sendo um dos utilizadores frequentes, seria mais uma das vítimas do aumento.
Nota:A imagem que ilustra o texto foi retirada daqui

Uma boa decisão para variar



A decisão é tardia e a más horas, pois levou anos para o Supremo dos EUA chegar à conclusão "que, apesar de se situar em território cubano, a base de Guantánamo funciona como se de território americano se tratasse, pelo que a Constituição dos EUA deve aplicar-se aí".

Ainda assim, tal decisão é de saudar, pois mais vale tarde que nunca: Pôr termo a uma situação vergonhosa de desrespeito pelos direitos humanos, para mais num país alegadamente paladino desses direitos, é sempre uma boa notícia.

quinta-feira, 12 de junho de 2008

O Botânico Aprendiz # 5 - Passeio campestre

[Flores de urze (Erica L.)]

[Flores de espinheiro (Lycium europaeum L.)]

[Flores de Gladíolo (Gladiolus L.)]

[Flores de corriola (convolvulus arvensis L.)]



[Flor de dália (dahlia pinnata Cav. )]


{Flores de hortênsia [hydrangea macrophylla (tunb.) DC.]}


[Flor de malva (malva silvestris L.)]

Para desanuviar nestes tempos conturbados, nada melhor que um passeio pelo campo, aproveitando para, na "terra dos espantos", apreciar a espantos(a) beleza das flores!
Nota: As imagens podem ser ampliadas, clicando sobre elas

Tudo o que é de mais cheira mal !

PCP lança “jornada nacional” contra aumento do custo de vida (link do PUBLICO.PT)

Com tanta manifestação e tanta jornada, o que é de espantar é que o aumento do custo de vida não seja maior.
Será que o pessoal afecto ao PCP,depois de tanta jornada ainda tem tempo para trabalhar ? Será que o PCP julga que o aumento do custo de vida se combate com jornadas e manifestações ?
Sempre tinha ouvido dizer que a forma de combater o custo de vida era através do aumento da produtividade, mas, está visto, deve ser uma doutrina ultrapassada.
Depois do boicote dos patrões dos camiões, vem mesmo a calhar esta jornada dos patrões da classe operária !
Força! Com um pouco mais de empenhamento o país vai ao fundo !