sexta-feira, 31 de julho de 2009

Os números do desemprego: em Portugal e na UE

Segundo os dados do Eurostat, a taxa de desemprego atingiu na zona euro, em Junho os 9,4%, o valor mais alto desde Junho de 1999, enquanto em Portugal se manteve nos 9,3%, segundo dados hoje divulgados pelo Eurostat.
Estes números são complementados com a informação de que em Junho, relativamente a igual mês de 2008, a taxa de desemprego subiu 1,9% na zona euro, dois pontos percentuais na UE a 27 e em Portugal 1,6%. São números que não sendo animadores (bem pelo contrário) provam, no entanto, que o flagelo do desemprego não é um exclusivo de Portugal e sim que é geral e fruto da crise económica mundial, facto que, não obstante ser evidente, muito "boa" gente, embora vendo, não quer ver.

Avifauna portuguesa # 63 : Pardal-comum (Passer domesticus)

Trio de aves da espécie Pardal-doméstico ou Pardal-comum (Passer domesticus L.) (em pose de prima donna)
(Local e data: Sertã; 28-07-2009)
(Clicando sobre a imagem, amplia)

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Inconstitucionalidades para todos os gostos

Pela leitura deste Comunicado fica-se a saber que o Tribunal Constitucional, na sua sessão plenária de 30 Julho de 2009, em processo de fiscalização abstracta sucessiva, declarou a inconstitucionalidade, com força obrigatória geral, das seguintes normas do Estatuto Político-Administrativo da Região Autónoma dos Açores, aprovado pela Lei n.º 39/80, de 5 de Agosto, na redacção que lhe foi conferida pela Lei n.º 2/2009, de 12 de Janeiro:
"1. Da norma constante do artigo 4.º, n.º 4, primeira parte, por violação conjugada do disposto nos artigos 164.º, alínea s), e 11.º, n.º 1, da Constituição da República Portuguesa;
2. Das normas constantes do artigo 7.º, n.º 1, alíneas i) e j), por violação conjugada do disposto nos artigos 6.º, 7.º, 110.º, n.º 2, 225.º, n.º 3, e 227.º, n.º 1, alínea u), da Constituição da República Portuguesa;
3. Das normas constantes dos artigos 7.º, n.º 1, alínea o), 47.º, n.º 4, alínea c), 67.º, alínea d), 101.º, n.º 1, alínea n), e 130.º, por violação do disposto no artigo 23.º da Constituição da República Portuguesa;
4. Da norma constante do artigo 114.º, por violação conjugada do disposto nos artigos 133.º, alínea j), e 110.º, n.º 2, da Constituição da República Portuguesa;
5. Da norma constante do artigo 119.º, n.ºs 1 a 5, por violação conjugada do disposto nos artigos 110.º, n.º 2, 229.º, n.º 2, e 225, n.º 3, da Constituição da República Portuguesa;
6. Da norma constante do artigo 140.º, n.º 2, por violação conjugada do disposto nos artigos 110.º, n.º 2, e 226.º, n.ºs 2 e 4, da Constituição da República Portuguesa."
Convém recordar, porque alguns partidos (e, em particular, o PSD) parece terem memória fraca, que:
I. A Lei n.º 2/2009, de 12 de Janeiro que deu nova redação ao referido Estatuto (e que veio a ser objecto do veto presidencial) foi aprovada por unanimidade, com os votos de todos os partidos representados na Assembleia da República, incluindo, naturalmente, os votos do PSD.
II. A declaração de inconstitucionalidade não abrange apenas a norma constante do artigo 114.º do Estatuto (a única que foi objecto do pedido de inconstitucionalidade por parte do PSD) pois várias outras foram consideradas inconstitucionais, na sequência do pedido de declaração de inconstitucionalidade subscrito pelo Provedor de Justiça.
Assim sendo, forçoso é concluir que o Estatuto contém inconstitucionalidades para todos os gostos que não foram detectadas, nem assinaladas a posteriori, por nenhum dos partidos que o votaram (PSD incluído). Soa, por isso, a falso a declaração do secretário-geral do PSD ao considerar que o Tribunal Constitucional deu "razão integral" aos sociais-democratas e pôs fim "a uma agressão inútil" dos socialistas ao Presidente da República. Alijar para as costas de terceiros (no caso, o PS e o governo) todas as responsabilidades do processo, quando nenhum partido está isento de culpas no cartório, é mais um caso de hipocrisia. Que se regista, por vir do partido da "política de verdade" que, pelos vistos, continua a apostar na memória curta dos portugueses, pois, já agora, convém lembrar que a Lei, após os vetos presidenciais, foi aprovada por uma maioria de dois terços (152 deputados de todos os partidos, incluindo dois deputados do PSD, partido que, na sua maioria, apenas se absteve).
Ao contrário do PSD, o Presidente da República tem, neste caso, razão para cantar vitória, visto que o TC veio a subscrever as razões dos seus vetos. Nada que surpreenda, pois convém recordar que várias foram as vozes de juristas com ligações ao PS que, neste caso, se pronunciaram a favor dos vetos presidenciais.
No entanto, apesar de vitorioso, o PR também não leva a palma, porque a sua actuação no caso não está isenta de crítica. Na verdade, não só não alegou a existência de insconstitucionalidades ao vetar o diploma pela primeira vez, como não suscitou, em devido tempo, a verificação da sua constitucionalidade pelo TC. Se tivesse agido de forma diferente (e mais avisada) o PR teria, seguramente, evitado todo o enredo que o processo veio a conhecer.

Mais um fiasco da justiça

Qualquer que seja a verdade material, certo é que a absolvição de Fátima Felgueiras de todos os crimes de que era acusada no denominado processo do futebol, hoje decretada pelo Tribunal de Felgueiras, constitui mais um fiasco da justiça portuguesa. Porque, de duas uma: ou Ministério Público, que a acusou, se contenta com fracos indícios para deduzir a acusação, ou os juízes são muito exigentes em matéria de prova.
Seja como for, a justiça portuguesa não sai prestigiada, depois de tantos casos mediáticos (a que se junta agora este) que tiveram o mesmo resultado ou redundaram na aplicação de penas simbólicas, face aos ilícitos imputados e que, na maior parte dos casos, não foram dados como provados. E bem precisada anda a justiça portuguesa de prestígio, face ao descrédito de que goza actualmente, como ainda recentemente foi apurado num estudo de opinião publicado pelo "Expresso".
E não me venham, em coro, o Sindicato dos Magistrados do Ministério Público e a Associação Sindical dos Juízes, com a alegação de que a responsabilidade pelo descrédito da justiça portuguesa cabe ao legislador, porque as leis são imperfeitas. Em todos estes casos não é a imperfeição da lei que está em causa, mas sim a sua aplicação. Pelo Ministério Público ou pelos Juízes, é o que importaria saber.
E, entretanto, enquanto os senhores magistrados se entretêm a "brincar" aos processos, os contribuintes já têm mais uma factura para pagar.

Arte pública em Lisboa (III)


(Clicando, amplia)
Título: "Figura feminina e Cavalo" (Hipocampo, diria eu);
Escultor: Euclides Vaz;
Local: Parque Eduardo VII - Lisboa;
Ano: 1958.

E agora, Louçã ?

Se Paulo Campos é, de facto, amigo pessoal de Joana Amaral Dias a sua versão do "filme" tem foros de credibilidade. Que, diga-se, é reforçada pela circunstância de a "actriz principal" permanecer em silêncio.
Assim sendo, seria exigível, no mínimo, que Francisco Louçã se retratasse da acusação da prática de tráfico de influências dirigida a José Sócrates, a propósito do caso. A menos que faça prova do contrário, como é óbvio e legítimo, sem dúvida.
Não fazendo uma coisa nem outra, além do título de "O Grande Inquisidor" Louçã ganha também direito a um outro não menos "nobre": o de "O Grande Traficante". De mentiras, claro está.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O programa eleitoral do PS

O programa eleitoral do PS pode ser lido aqui.

O programa do PS no "Público"

O programa do PS, hoje apresentado, surge no "Público" on line, "às pinguinhas".
À hora a que escrevo surgiram os seguintes itens:
O programa resume-se a isto ? Não o tendo ainda lido, presumo que não. E é assim que um órgão de comunicação social deve analisar um documento que tem na sua posse ? Eu, uma vez mais, diria que não. E digo mais: até parece que o "Público" faz coro ou pretende dar razão ao PSD que, não obstante o PS ter hoje apresentado o seu programa eleitoral, (ao contrário do PSD que o "esconde") o acusa de fazer "anúncios desgarrados".
É preciso descaramento !
Post scriptum:
Anoto que o "Público", ao longo de todo o dia de hoje, ao contrário dos restantes órgãos de comunicação social on line, não fez qualquer referência às declarações de Manuela Ferreira Leite contra o que ela qualificou de "perseguição social" dos ricos, contestando a ideia do PS de reduzir alguns benefícios em matéria de deduções fiscais.
As declarações de MFL são, sem dúvida, um tiro no próprio pé. Por isso, no "Público" (sempre atento aos interesses do PSD) não passa, já que o seu director (José Manuel Fernandes) por ora, não a pode mandar calar. Mas lá que o melhor, na perspectiva do "Público", era mesmo que a senhora não abrisse a boca, parece não sofrer dúvidas. É verdade, não é, Zé Manel ?

Os pobres que paguem a crise !

Traduzindo a Drª M.F.Leite: os pobres que paguem a crise que nos ricos não se toca !
Das duas uma: ou isto é a social-democracia (?) à moda de M. F. Leite, no seu melhor, ou a senhora continua "gripada".
E, se calhar, é por conter outras ideias tão brilhantes como esta, que o programa eleitoral do PSD nunca mais vê a luz do dia.
Pudera !

terça-feira, 28 de julho de 2009

Blogconf/socrates2009

Os vídeos da conferência de José Sócrates com os Bloggers: aqui

Uma flor de vez em quando # 7


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Flor da Erva-do-diabo (Datura stramonium L.). (Ou de como as aparências enganam.)

Os pais d"O monstro"

Um ensaio sobre a evolução da despesa do Estado em Portugal entre 1985 e 2009 da autoria do professor da Universidade de Columbia (Estados Unidos) Ricardo Reis (publicado aqui e referenciado aqui) conclui que foram os governos de Durão Barroso, de Pedro Santana Lopes e de Cavaco Silva os que mais fizeram aumentar a despesa do Estado em Portugal e que foi o actual executivo de José Sócrates o único que a terá conseguido reduzir entre 2005 e 2008.
Manuela Ferreira Leite (MFL) foi ministra das Finanças durante o governo de Durão Barroso. Lembram-se ? Percebe-se, finalmente o "pára tudo " de MFL. Ninguém melhor que ela para saber por que é que não há dinheiro para nada.
Em nome da "política de verdade" era de esperar uma explicação da senhora. Como ainda não surgiu, é de supor que continue "engripada".
Ou será antes "gripada" ?

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Avifauna portuguesa # 62 : Perdiz (Alectoris rufa)

(Clicando, amplia)
[Duas Perdizes (Alectoris rufa L.), espécie de ave também designada pelos nomes vulgares de Perdiz-comum e de Perdiz-vermelha]
(Local e data da obtenção da imagem: Terras da Costa - Arriba Fóssil - Costa da Caparica; 26-07-2009)

domingo, 26 de julho de 2009

Democracia a tiro

É só mais um exemplo da democracia à moda de AJJardim. E do seu partido que, em mais de uma ocasião, silenciou as violações cometidas pelos governantes madeirenses contra os princípios da convivência democrática.
Será que, desta vez, me engano e que a Drª Leite, uma vez "restabelecida" vai condenar este atentado contra a democracia ?
Vou esperar sentado pelo "restabelecimento".
E, já agora, também estou interessado em ouvir o que Cavaco Silva, depois da passeata pela Áustria, tem a dizer sobre o assunto.

AJJ igual a si próprio, mas a perder qualidades

O excerto prova que o "cómico" madeirense permanece igual a si próprio até nos pontapés na gramática, perito como é “a fazer promessa que dão para rir")
É patente, no entanto, que está a perder qualidades. Na verdade, imputar a Sócrates a responsabilidade de "dar cabo disto com a política de Salazar" não lembrava ao diabo e também não devia lembrar ao antigo membro da União Nacional, que ele foi, segundo repetidas referências que tenho visto na imprensa e que, como tal, devia conhecer melhor o pensamento, a vida e obra do antigo presidente do Conselho. E menos ainda devia lembrar ao militante e dirigente do PSD, que ele é também, pois que, se existe alguém que siga, em matéria de economia (para não falar de outras) a doutrina salazarista é a actual líder do seu partido. Recordo que ela, tal como Salazar, segue o princípio de que "no poupar é que está o ganho" e tem a mesma obsessão pelo "endividamento".
Explicação? A memória e o discernimento de AJJardim já conheceram melhores dias. Ou uma e outro nunca foram lá grande coisa?

Perguntas ao "Grande Inquisidor*"

A ser verdade o que Francisco Louçã afirma ao acusar Sócrates de ter oferecido à militante bloquista Joana Amaral Dias um lugar de Estado em troca de apoio às listas socialistas para as legislativas, conviria que o nosso "Grande Inquisidor" informasse quem, como, onde e quando é que, em concreto, foi feita a proposta de "compra" que entretanto é negada peremptoriamente pelos que estariam em condições de a fazer (Sócrates , Vieira da Silva e Vítor Baptista, presidente da federação de Coimbra do PS )
O Grande Inquisidor, tal como outros de diferente linhagem, sente-se no direito de lançar acusações e de fazer julgamentos, considerando-se dispensado de apresentar as provas. Todavia, os tempos da Inquisição propriamente dita e de outras mais recentes (onde vai buscar a sua inspiração) já vão longe, pelo menos por estas bandas. Cabe-lhe, pois a ele fazer a prova das acusações de acordo com as regras do Estado de direito em que vivemos. Felizmente, digo eu, que tenho, pelos vistos, uma visão bem diferente.
A propósito de visão, aqui fica mais uma interrogação: conhecendo-se já as tintas com que o Grande Inquisidor pinta o "inferno" em que vivemos, quais as cores do "paraíso" que nos promete? Ou será que, Louçã, tal como a Drª Leite, também julga (se calhar com razão) que "o calado é o melhor"?
ADENDA:
O Grande Inquisidor continua a não provar as suas acusações. Como é próprio de qualquer Inquisidor que se preze. Mas eu insisto: a Inquisição já acabou e, nos dias de hoje, incumbe ao acusador dar corpo e prova à acusação. Se quer que o levem a sério, Louçã terá de fazer a prova e convém que, entretanto, se deixe de floreados. Fico a aguardar.
(*Título roubado a Fiodor Dostoiévski)

Política de Verdade !? (II)

Em Lisboa é assim !
Actualização:
Verifico que o vídeo para que remetia o "link" supra deixou de estar acessível. É pena, porque era bem demonstrativo da "verdade" à moda de Santana Lopes.

sábado, 25 de julho de 2009

Avifauna portuguesa # 61 : Alvéola-branca-comum (Motacilla alba alba)

(Clicando, amplia)
[Alvéola-branca-comum (Motacilla alba alba) (adulta) em plumagem de verão]

Que pena!

Acabei de saber pela SIC Notícias que uma providencial "doença" (gripe?) impede a Drª Leite de participar na festa do Chão da Lagoa organizada pelo PSD/Madeira.
A festa, sob a batuta do "cómico" Alberto João, com os habituais "acompanhamentos", tem sempre êxito assegurado, mas com a presença da Drª Leite teria, sem dúvida, muito mais interesse e bem maior brilho.
Daí que aqui se lamente a "doença" causadora da sua ausência na festa (onde, como se pode concluir, com segurança, recorrendo às suas próprias palavras, se sentiria como peixe fora de água).
Bendigamos, pois, a "Providência" e façamos votos de rápidas "melhoras"!

Os negócios da Drª Manuela (II)

Relativamente ao negócio do Citigroup, o Expresso conta hoje o seguinte: “O Estado português pagou €37,5 milhões ao CITIGROUP em 2004 pela montagem da operação de titularização dos créditos fiscais realizada pela então ministra das Finanças, Manuela Ferreira Leite.”
Leituras complementares:
O preço da maquilhagem do défice
[Transcrição integral (afora o título) do Câmara Corporativa]

De menino a garoto

Com esta entrevista, o "menino guerreiro" desqualifica-se: de menino passa a garoto. E bem faz Sócrates em não lhe dar troco.

sexta-feira, 24 de julho de 2009

O índice de "ferreiraleitismo"

Segundo esta notícia e esta "o Presidente da República, Cavaco Silva, considerou, numa entrevista ao jornal austríaco Kurier, que o défice português é semelhante ao de “todos os outros países da União Europeia” e não compromete a Zona Euro", declaração que contradiz a Drª Leite das "contas descontroladas".
O índice de "ferreiraleitismo" em baixa, lá para os lados de Belém ?
(reeditada)

Jamais !

Jamais um governo Ferreira Leite! Em tempo algum, acrescento eu, que considero muito apropriado o título do blogue ferreiraleitista.

"Em casa de ferreiro ...

Segundo esta notícia, "O novo provedor de Justiça dispensou doze trabalhadores, alegando terem sido contratados de forma irregular, levando à suspensão do atendimento das Linhas Verde da Criança e do Idoso".
Cá na minha maneira de ver, o ditado popular "Em casa de ferreiro, espeto de pau" assenta bem quer ao actual provedor (Alfredo José de Sousa ) pela insensibilidade, quer ao anterior (Nascimento Rodrigues) pela ilegalidade. Pergunto-me, com efeito: por onde anda, neste caso, a Justiça dos provedores?

Postais de Verão (II)

(Clicando amplia)
(Buganvília em flor, abraçada por ramos de videira)

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Esperem pela pancada !

Não obstante o facto de se ter registado alguma melhoria nos índices de confiança e se aponte a existência de indícios no sentido do abrandamento da crise económica mundial, certo é que a esta está longe de estar ultrapassada, quer no plano internacional, quer a nível internol e, por isso, como salienta a Associação Industrial Portuguesa (AIP) os dados divulgados pelo IEFP em relação ao desemprego ainda que "preocupantes" já eram "esperados". Neste aspecto, temos de convir que os agentes económicos revelam mais sentido da realidade do que a oposição de direita.
Se, como diz esta oposição, a política seguida pelo Governo se mostra ineficaz no combate ao desemprego, (o que, a meu ver, não é toda a verdade, pois, não só os números de Junho representam já uma desaceleração do fenómeno - aumento de 0,1% em relação a Maio -como, por outro lado e mais importante, é sabido que o aumento era inevitável face à virulência da crise, a mais grave dos últimos 80 anos) digam-me também que resultados seriam de esperar de um governo de direita liderado por Manuela Ferreira Leite, com a sua obsessão pelo endividamento e a sua política do "pára tudo".
Se tal desgraça vier a atingir o país (longe vá o agoiro !) preparem-se para a pancada!

Uma profissão de risco ?!

Depois dos administradores do BPN e do BCP, chegou a vez de João Rendeiro, ex-presidente do BPP, ser constituído como arguido.
Eis o que não era expectável ainda há uns meses: os banqueiros deixaram de ser intocáveis. Se bem que não haja ainda condenações e não se podendo mesmo antecipar o resultado dos julgamentos que possam vir a ter lugar, certo é que a constituição de vários banqueiros como arguidos é já um progresso, uma vez que se demonstra que a profissão de banqueiro deixou de ser sinónimo de imunidade. Ao invés, se considerarmos que, num universo tão limitado, são já perto de uma vintena os banqueiros constituídos como arguidos, até se poderia pensar que ser banqueiro passou a ser uma profissão de alto risco !

Forte amnésia !

Na venda da Plêiade ao grupo SLN, por 55 milhões de euros, Dias Loureiro terá recebido 8 milhões de euros. Terá recebido, digo eu, ou recebeu, segundo a fonte. E não se lembra. Forte amnésia!

Arte pública em Lisboa (II)

(Clicando, amplia)

Título: "A Arte";
Escultor: Raul Xavier;
Ano: 1935;
Local: Pavilhão Carlos Lopes - Lisboa

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Em primeira mão e em exclusivo: o programa eleitoral do PSD

(Em branco, salvo seja)
Com a justificação de que não faz promessas que não possa cumprir, a Drª M. Leite, que (ainda?) não faz ideia do que pode ou não cumprir, resolveu não correr riscos e vai apresentar-se às próximas eleições com o programa supra. Uma brilhante ideia e que é, simultaneamente, um autêntico "ovo de Colombo". E ainda dizem (e digo eu) que naquela cabeça vai uma grande confusão. Que injustiça !
Adenda:

“Sou como uma velha meretriz, já perdi a vergonha”.

Não há que duvidar, uma vez que é ele quem o diz. Que Alberto João Jardim fosse "uma velha meretriz" ainda não sabia, mas fiquei a saber. Agora que ele não tem vergonha já não é propriamente uma novidade. Quem, como ele, acusa a a República Portuguesa de “agressão terrorista” e o PS de “organização siciliana", só porque o impediram (e bem) de gastar o dinheiro dos contribuintes de acordo com a sua (regional) gana, ou quem, também como ele, apelida o tribunal constitucional de "anedótico", revela não só que não tem vergonha, mas também que já atingiu o nível de um inimputável. E, pelos vistos, assumido. E consentido, quer por Sua Excelência, o Presidente da República (Excelência, que o respeitinho é muito lindo) quer pelo seu próprio partido.
As afirmações foram feitas durante um discurso de duas horas proferido na Assembleia Regional da Madeira, na abertura do debate de uma resolução sobre a revisão constitucional. Pelo tom deve ter sido uma preparação para o discurso na festa do Chão da Lagoa. Foi um belo ensaio para a prova final que vai contar presença da Drª Leite. Imagine-se o que não vai ser! Até eu já estou com pena da senhora!

Preocupados com o défice, ou nem por isso ?

Com a divulgação dos números sobre a execução orçamental não faltaram vozes da oposição a denunciar a derrapagem das contas públicas, nem os alertas sobre o aumento do défice. O PSD, em particular, afiançou mesmo estarmos perante um "desastre".
É, pois, com alguma perplexidade, que vejo que toda a oposição se manifestou a favor de uma petição reclamando que o IVA passe a ser pago ao Estado após o recebimento e não após a emissão da factura. Sabendo-se que, independentemente das razões técnicas que justificam o actual regime, uma tal medida iria contribuir pata o agravamento do défice, como justificar tal posição?
Com razões eleitoralistas, por certo. Com seriedade é que não.

"Nem gregos, nem romanos"

A nova lei de estrangeiros, entrada em vigor em Dezembro de 2006, veio facilitar a obtenção da nacionalidade por parte dos imigrantes, pois passou a permitir a aquisição da nacionalidade aos estrangeiros que residam legalmente em Portugal há seis anos, quando antes eram necessários pelo menos dez anos, bem como aos estrangeiros que estejam casados ou vivam em união de facto com um português há três anos e aos nascidos em Portugal, que sejam filhos de estrangeiros também nascidos no país ou que tenham pelo menos um dos pais residente há mais de cinco anos. Ao abrigo da nova lei foram 45.000 os imigrantes que obtiveram a nacionalidade portuguesa, incluindo 16.300 crianças nascidas em Portugal, filhas de pais com estatuto legal de residência há pelo menos cinco anos, e 29.000 cidadãos estrangeiros, que residiam no país há mais de seis anos.
No que respeita aos novos condicionalismos para aquisição da nacionalidade portuguesa, confesso que eu iria mais longe, porque tenho para mim que "não há gregos, nem romanos", seguindo a lição de S.Paulo. Designadamente em relação aos nascidos em território português, parece-me que seria mais justa a consagração do princípio do "jus soli". A atribuição da nacionalidade, neste caso, deveria ficar dependente apenas e tão só da manifestação de vontade nesse sentido, quer pelo próprio, ou por um representante legal (em caso de incapacidade jurídica daquele).
Em todo o caso, reconheço que os novos condicionalismos de aquisição da nacionalidade portuguesa são mais justos que os anteriores, não só na perspectiva dos imigrantes interessados nessa aquisição, mas também do ponto de vista do país, na medida em que a integração dos imigrantes foi favorecida e sabe-se o quanto é importante essa integração. Mas são sobretudo merecedores de aplauso por representarem um avanço em termos de humanidade e de respeito pelo outro e pelos seus direitos.
E são também, digo eu, mais uma marca do PS e mais uma razão para, contra os xenófobos que por aí campeiam, votar PS.

Arte pública em Lisboa (I)


(Clicando, amplia)
Título: "A Ciência";
Escultor: Raul Xavier;
Ano: 1935;
Local: Pavilhão Carlos Lopes - Lisboa

terça-feira, 21 de julho de 2009

Com a devida vénia ...

...Passo a palavra a Paulo Pedroso*:

"Numa terra pensada, o comércio local não morre
O conflito que opõe os comerciantes do centro de Almada à actual gestão da Câmara Municipal é o resultado de uma série de omissões e erros do município, que lesaram o comércio local.
A chegada das grandes superfícies e em particular do Forum Almada deveria ter sido acompanhada de medidas de compensação, favoráveis ao centro da cidade a ele atraíndo mais pessoas e nele tornando a mobilidade mais fácil. Por outro lado, dado que o município recebeu vultuosas contrapartidas dessa infraestrutura, parte delas deveria ter sido encaminhada para ajudar o pequeno comércio a enfrentar a nova pressão competitiva, nomeadamente sob a forma de apoios ao investimento à sua modernização. Nada disso aconteceu.
Pelo contrário, essa pressão competitiva foi acompanhada do agravamento das condições de acessibilidade ao centro do concelho. O arrastamento, por motivos fúteis, das obras do Metro do Sul do Tejo e a incapacidade de as gerir de modo faseado fizeram com que os anos passassem e se perdesse genericamente o hábito de deslocação ao centro para fins comerciais. A descoordenação entre serviços municipais fez com que ainda estejam a ser agora construídos parques de estacionamento que deveriam ter entrado em funcionamento com o início do Metro. Até as soluções encontradas para o desenho das vias, a ausência de escapatórias para os autocarros ou as verdadeiras "gincanas" que acompanham as passadeiras parecem ter sido desenhadas para tornar difícil e incómodo chegar ao centro.
A tudo isto juntou-se um Plano de Mobilidade que os seus próprios autores consideraram que exigiria grande acompanhamento para ser executado e que teria grande complexidade, Plano esse que se revelou um desastre quando aplicado.
Agora há que fazer tudo o que poderia ter sido feito em tempo e corrigir o que for possível. O Município tem o dever de constituir um fundo de apoio à modernização comercial, para ajudar os comerciantes que desejem investir na modernização das suas lojas, a construção do estacionamento tem que ser acelerada, o Plano de Mobilidade tem que ser revogado.
Em particular, a zona chamada pedonal, onde até passam autocarros, que excentricamente corta ao meio o principal eixo de avenidas da cidade e torna o trânsito caótico tem que ser revogada como, justamente, os comerciantes reclamam . Faz sentido que se criem zonas realmente pedonais, mas nas vias laterais e que se deixe bater o coração da cidade nas suas grandes avenidas. Faz sentido que se limite a velocidade do trânsito, mas não que se desvie das avenidas mais largas para as ruas mais estreitas, algumas delas centenárias.
A actual gestão municipal não consegue perceber essa necessidade. Por isso teima em reprovar o fundo de apoio ao investimento e por isso resiste a rever o esquema de circulação do trânsito no concelho. Essa incapacidade do actual poder camarário de dar valor aos problemas que afectam os munícipes, escravizado que está por uma visão autocrática da cidade está entre os factores mais importantes que levaram a que me candidatasse e a que esteja a tentar derrotá-lo."
(*Candidato pelo PS à presidência da Câmara Municipal de Almada)

segunda-feira, 20 de julho de 2009

Prova de irrealismo

Podíamos ir bem mais longe, mas fiquemo-nos aqui: vir exigir, nesta altura, a suspensão da avaliação ou ausência de consequências para docentes é a demonstração cabal do irrealismo da Fenprof. Onde é que vive Mário Nogueira ? Na LUA ou na COREIA (do Norte) ?

BPP: A lógica da direita

Se bem me lembro, quer o PSD, quer o CDS, com maior ou menor veemência, criticaram a nacionalização do Banco Privado Português (BPN) durante os trabalhos da comissão parlamentar de inquérito, porque, alegadamente, haveria outra solução que passava (pelo que dão a entender) pela aceitação do plano Cadilhe, plano que o Governo considerou inviável e cuja aceitação teria representado para o Estado a assunção dos encargos, enquanto os accionistas tomariam os proveitos.
Não se compreende, por isso, a posição dos dois partidos que, por uma forma ou outra, insistem agora em pedir a intervenção do Estado no Banco Privado Português (BPP), não obstante o Governo já ter declarado, uma e mais vezes, que não pretende injectar dinheiros públicos no BPP, por entender não haver risco sistémico, ao contrário do que sucedia no caso do BPN. Compreende-se que assim seja, visto que os riscos da não intervenção (que existiam no caso BPN) não existem no caso do BPP.
O que não se compreende é a lógica das posições da direita (PSD e CDS ) a menos que essa lógica seja a de defender o funcionamento do mercado, salvo se o mercado não conseguir salvaguardar os interesses da sua clientela.

Apolo 11: Um pequeno (grande) passo

Neil Armstrong, comandante da Apolo 11, o primeiro homem a poisar o pé na Lua, em 20 de Julho de 1969, faz hoje 40 anos.
(Imagem daqui)

Resistir ao canto da sereia

Em época eleitoral não é tarefa fácil recusar os apelos no sentido da baixa dos impostos como forma de incentivar o investimento privado e, no entanto, foi essa a posição de José Sócrates que considerou hoje que a descida dos impostos, nesta conjuntura, seria uma "grave imprudência". Fez bem, ainda que tal atitude possa ter custos eleitorais, pois a descida dos impostos, em época de crise, como a que se vive actualmente, seria uma má opção. Isto, porque o relançamento do investimento privado, mesmo com a descida dos impostos, não é um dado adquirido, já que a restauração da confiança não se opera de um dia para o outro, como, aliás, se tem visto, nem é seguro que esteja relacionada com uma baixa fiscalidade. A retoma da economia e a manutenção do desemprego em níveis socialmente aceitáveis, passa, inevitavelmente pelo reforço do investimento público e este requer, pelo menos, a manutenção do actual nível de imposição fiscal.
Convém, pois, resistir ao canto da sereia. Para evitar que a nau encalhe.

"Res non verba" !

A NISSAN anunciou que vai instalar em Portugal uma de duas fábricas de produção de baterias de iões de lítio para carros eléctricos, representando um investimento de 250 milhões de euros, com a criação de 200 postos de trabalho.
Portugal é já uma referência em energias renováveis, como ainda há dias era salientado pela BBC e, provavelmente, é esse facto que explica a escolha de Portugal para a concretização deste investimento que era disputado por diversos países europeus. Seja como for, a captação deste investimento é mais um passo no sentido da afirmação de um país na linha da frente na área das novas energias.
Ou seja, no bom sentido !
Na mesma senda pode apontar-se o anúncio da criação de uma série de incentivos à utilização de carros eléctricos em Portugal, incentivos que passam pela atribuição de um prémio que pode ir até 6.500,00€ na aquisição dos primeiros 5.000 carros eléctricos, prémio que no caso das frotas das empresas passa pela redução, em sede de IRC, de montante igual a metade do valor dos veículos adquiridos. Ou ainda a obrigatoriedade, a partir de 2010, de os novos edifícios licenciados preverem a pré-instalação de sistemas de abastecimento dos carros eléctricos nas garagens.

SIMplex

Acaba de surgir um novo blogue, SIMplex de seu nome, contando com a colaboração de numerosos bloguistas com créditos firmados na blogosfera (e não só) com o objectivo comum de terçar armas pela vitória do PS nas próximas eleições legislativas. Figura já na coluna da direita na secção "Espantos e mais espantos..."

domingo, 19 de julho de 2009

Discurso sobre a vergonha !

O anúncio por parte de José Sócrates de que o programa eleitoral do PS vai incluir novas medidas de âmbito social, incluindo um novo subsídio para as famílias abaixo do limiar da pobreza e o reforço da rede de cuidados continuados, suscitou um amplo coro de reacções por partes das forças de esquerda, PCP e BE, (o que não deixa de ser motivo de espanto) mas também por parte dos partidos da direita (o que é mais compreensível).
O discurso de Louçã é pura demagogia porque desvaloriza todas as mediadas tomadas pelo actual Governo (e as anunciadas) no sentido da diminuição da pobreza e da desigualdade social e ao mesmo tempo centra as suas diatribes no aumento do desemprego, como se este não fosse o resultado directo da crise económica que afecta todo o globo. Louçã sabe que é assim; que tal fenómeno não é um exclusivo de Portugal; e que, pelo contrário, há países bem mais afectados por esse flagelo, incluindo alguns que nos são próximos. Como sabe também que o problema não é algo que qualquer governo possa resolver isoladamente (nem sequer o governo da maior potência mundial - os Estados Unidos) e que só a nível global poderá ser encontrada a solução, através da concertação de polítcas e de objectivos. Se o problema é global, a solução, global terá de ser. Toda a gente o sabe. Ora, Louçã não é tolo e se insiste no tema é porque o seu discurso não é sério.
O PCP não usa de maior seriedade, pois continua a acusar o Governo de ter agravado a pobreza e as desigualdades, afirmação que é contestada pelos dados apurados pelo INE que demonstram que durante a actual legislatura se verificou exactamente o contrário.
Paulo Portas, o inimigo número 2 (lugar que lhe cabe, depois do avanço de MFL ) das medidas de política social tomadas pelo Governo, designadamente no âmbito do rendimento mínimo, arma-se em futurólogo e prevê que as promessas feitas pelo primeiro-ministro não são para cumprir, ao mesmo tempo que se arroga o mérito da redução da pobreza em Portugal, esquecendo-se, decerto, que a redução da pobreza se verificou não enquanto ele esteve no Governo com Durão Barroso e com Santana Lopes, mas durante a actual legislatura. Aliás, foi em 2003 que se atingiu o recorde de desigualdade quando a direita (CDS e PSD) estava no poder. Factos são factos e não conversa fiada, matéria, em que P. Portas, pedindo meças a qualquer outro, ganha.
No entanto, quem vai mais longe é M. Ferreira Leite (who else?) porque não só repete a acusação de Paulo Portas, mas indo mais longe, considera uma vergonha o anúncio do primeiro-ministro.
Ora, como bem diz José Sócrates "o dever de um líder político é fazer propostas e apresentar o seu programa, e não esconder as propostas" e vergonha é, digo eu, esconder as suas propostas ou ideias, com receio de serem copiadas (como faz, ou diz fazer MFL) ou dizer hoje uma coisa e amanhã outra. O "rasga/não rasga" é já, reconhecidamente, a marca de MFL e a atitude de esconder (o quê, falta saber) é ela, sim, uma vergonha e ao mesmo tempo a prova de falta de ideias (sérias e consistentes).

Da ocupação dos dias: jardins em miniatura (II)

(Clicando, amplia)
Vaso de cheiros (plantas aromáticas - Aneto ou Endro (Anethum graveolens L.) (às 12 h.); Salva-comum (Salvia officinalis L.)(às 3 h.); e Segurelha (Satureja hortensis L.)(às 9 h.)

Portugal no pódio

Seja por generosidade dos portugueses, seja simplesmente por uma questão de organização, o facto de Portugal ser o segundo país do mundo com mais doações de órgãos por milhão de habitantes é, em qualquer das hipóteses e sem qualquer dúvida, motivo para nos congratularmos. Digo eu e registo com agrado.

O cavaquismo em apuros ?

Tudo isto indicia que o "cavaquismo" já conheceu melhores dias. Acho eu, que mesmo assim fico admirado pelo facto de o senhor Coimbra (o ingénuo que não sabia o que era o B.I. - Banco Insular) ainda não ter merecido a devida atenção por parte das autoridades, depois das revelações feitas a seu respeito pelo Dr. Oliveira e Costa na comissão parlamentar de inquérito ao BPN.
Por que será ? Ainda não chegou a sua hora ou existe alguma outra razão especial ?

Parabéns !?

O PSD em geral e, em especial, o seu vice-presidente José Pedro Aguiar Branco estão de parabéns por este 1º lugar no podium ?!
Não sei quais os motivos e nalguns casos até poderá haver razões para justificar este 1º lugar dos deputados faltosos, mas o caso de Aguiar Branco, ex-ministro da Justiça de Santana Lopes (excelente carta de recomendação, como é sabido) e actualmente um dos factotum da Drª M.F. LEITE , prova-nos o que vale o PSD em matéria de seriedade política.
Política de Verdade ? Que vos "compre" quem vos não conheça!

Ainda é notícia ?

Isto ainda é notícia ?
Pelos vistos, sim, para quem continua a apostar no quanto pior melhor, mesmo que a actual agenda leve o jornal ao descalabro.
Os "fretes" pagam-se caro e os trabalhadores do "Público" já o deviam saber. Ou será que o recente ultimato da administração que os levou a aceitar a redução dos salários não passou de uma breve tempestade de verão?
Cá se fazem, cá se pagam. Digo eu.

sábado, 18 de julho de 2009

Centro Ibérico de Nanotecnologia

Com a presença dos chefes de Estado e de Governo de Portugal e de Espanha, foi ontem inaugurado, em Braga, o Centro Ibérico de Nanotecnologia, apresentado como “o primeiro laboratório no mundo dedicado à nanotecnologia com um estatuto legal internacional e tendo Estados como membros” e que é, convém lembrá-lo, a concretização de uma proposta apresentada por José Sócrates ao presidente do Governo espanhol, José Luís Zapatero, em 2006, na cimeira luso-espanhola de Badajoz.
Os chefes de Estado e de Governo que usaram da palavra na cerimónia não se pouparam em enaltecer a importância do acontecimento, como se pode ver pela notícia que demorou a chegar ao PUBLICO.PT, mas chegou.
Deixando de parte as palavras entusiasmadas do rei de Espanha, do presidente do Governo espanhol e do primeiro-ministro português, destaco o facto de Cavaco Silva (por momentos distraído da agenda eleitoral) ter reconhecido que“é inegável a autoridade e o mérito dos dois governos por esta iniciativa”. Amen.

sexta-feira, 17 de julho de 2009

A notícia (e a anedota) do dia

Folgo em saber que o ultimato da administração do "Público", não retirou o sentido de humor da redacção do jornal! Ainda bem, pois, como dizem os ditados populares "tristezas não pagam dívidas" e "o que não tem remédio, remediado está". É assim ?

A brincar aos arguidos ?

O ex-presidente do Instituto de Conservação da Natureza (ICN) Carlos Guerra deixou de ser arguido no processo Freeport, por decisão do juiz de instrução criminal, na sequência de uma irregularidade processual consistente, segundo a notícia, no facto de o Ministério Público não lhe ter dado conhecimento dos factos que lhe são imputados.
Não dá para acreditar que os procuradores encarregados do caso possam ser tão incompetentes a ponto de cometer uma tal "infantilidade". Com isto, até parece que andam a brincar aos arguidos e a gozar connosco. Para se descredibilizarem a si próprios, os senhores procuradores não poderiam fazer melhor, julgo eu. A menos que a ideia seja descredibilizar o processo. Será ?

Avifauna portuguesa # 60 : Poupa (Upupa epops)

Poupa (Upupa epops L.)
(Local e data da obtenção da imagem: Sabugal; 12-06-2009)
(Notas: 1. Clicando na imagem, amplia; 2. Mais informação aqui)

quinta-feira, 16 de julho de 2009

"A senhora exprime-se mal" !

Palavras de Pacheco Pereira, na Quadratura do Círculo, referindo-se à Drª Manuela F. Leite.
A senhora exprime-se mal, Pacheco Pereira? Cuidado com o índice de "situacionismo" !
Mais um passo e Pacheco Pereira ainda chega, tal como eu, à conclusão: "A senhora não sabe o que diz".

Uma flor de vez em quando # 7

(Clicando, amplia)

Não uma, mas muitas ! (Inflorescência de Poejo - Mentha pulegium L.)

Mais um embaraço ?

Constituirá esta afirmação de Isaltino Morais, (proferida no final do julgamento do processo em que foi acusado dos crimes de corrupção passiva, branqueamento de capitais, abuso de poder e fraude fiscal) mais um embaraço para o PSD ?
Desta vez, não creio. As "permeabilidades" a terem existido (expressão que emprego em homenagem ao princípio in dubio pro reo), são de outra natureza. Por certo, pois não acredito que a "permeabilidade" do Ministério Público vá tão longe.

As lições do Doutor Louçã

A democracia é a liberdade de opinião e a diferença de opinião [...]" segundo a lição dada por Francisco Louçã ao Alberto João Jardim defensor da proibição do comunismo na Constituição. Ainda que, às vezes, para quem o ouve falar com a agressividade que o caracteriza, não pareça que o professor Louçã tenha, ele próprio, a lição bem aprendida, gravemos mais este ensinamento. Profundo. Direi mesmo, de Mestre !

A Drª Leite embaraçada ?

Segundo o PUBLICO.PT, a proposta de Alberto João Jardim, líder social-democrata madeirense, de proibir o comunismo na Constituição, a exemplo das “organizações racistas ou que perfilhem a ideologia fascista” está a causar embaraços ao PSD.
Duvido que assim seja, pois manda a verdade que se diga que o PSD convive há décadas com as "barbaridades" que saem da cabeça de Alberto João Jardim, sem qualquer reparo dos dirigentes nacionais daquele partido. Quando muito, os sucessivos dislates de AJJardim têm merecido um virar de cara para o lado, guião que o PSD está também a seguir neste caso.
Se me disserem que a Drª Leite vai repudiar (depois de aceitar) o convite para estar presente na festa do Chão da Lagoa organizado pelo "Napoleãozinho" da Madeira, talvez acredite que, desta vez, até para o PSD a "receita" de AJJardim terá sido excessiva.
Até lá, sou forçado a acreditar mais na Drª Leite da "suspensão da democracia". É que, nesta versão, bate melhor a bota com a perdigota !
Adenda:
O PS já devia saber o que a casa gasta. No "rasga/não rasga" da Drª Leite não cabe o "rasganço" das sentenças de AJJardim. Até porque levava troco. Como o "senhor Silva". Ou será que me engano?

quarta-feira, 15 de julho de 2009

Diz o roto ao nu

Pedro Santana Lopes (o "forte" a liderar uma coligação com não sei quantas forças políticas - são tantas que até lhe perdi a conta) considera que António Costa tem dado sinais de “fraqueza” política ao recorrer a coligações na corrida às eleições autárquicas.
Diz o roto ao nu. Ou vice-versa?

Mais uma marca de esquerda !

Risco de pobreza mantém-se nos 18 por cento da população mas a desigualdade está a descer

Almada / Terra Pensada / Terra Amada, ou nem tanto ?

(1)

(2)

(3)

(4)

Sob o lema Almada / Terra Pensada / Terra Amada, (Foto 1) a Câmara Municipal de Almada, numa acção de propaganda sem precedentes, tem vindo a encher o território do concelho com centenas de cartazes enaltecendo a acção do actual executivo camarário, aproveitando todo e qualquer pretexto, desde os eventos gastronómicos até à celebração do cinquentenário do Cristo-Rei .
Almada: terra pensada, terra amada ? Nem tanto, diria eu, olhando para as fotografias (2, 3 e 4) dos bairros de lata implantados nas Terras da Costa, na Costa da Caparica. E menor é ainda o meu entusiasmo quando verifico que tanta propaganda é feita a expensas do Zé (contribuinte).
(Notas: 1. Declaração de interesses: O "Terra dos Espantos" é apoiante da candidatura de Paulo Pedroso à presidência da CMA. 2. Tenciono retomar o assunto.)

Não são favas contadas...

... mas é um facto que António Costa, quer chegue ou não a acordo com Helena Roseta, recolhe já o apoio de vários quadrantes e designadamente entre os intelectuais de vária proveniência, facto que se saúda. Diga-se que, de algum modo, tal já era esperado, tendo em conta que, mesmo perante a existência de uma candidatura autónoma do PCP à Câmara Municipal de Lisboa, pessoas ligadas a este partido, incluindo José Saramago, já se tinham prontificado a apoiá-lo.
Perante a alternativa Pedro Santana Lopes (que, em anterior mandato, não deixou saudades) o "toca a reunir" dos intelectuais tem toda a justificação. Dizem eles e bem que o que está em causa nas autárquicas é o regresso “aos tempos do descrédito, do endividamento, das cumplicidades fraudulentas”que é preciso evitar. Graças a Zeus, nem toda a gente é cega !

terça-feira, 14 de julho de 2009

Mais uma marca de esquerda !

A nova lei dos estrangeiros tirou 53 mil brasileiros e ucranianos da clandestinidade. A nova lei insere-se numa linha de respeito pelos direitos humanos e, como tal, só abona a favor de quem tomou a iniciativa: o governo do PS. Mais uma marca de esquerda. Da esquerda que "faz", claro está !

As modestas ambições da Drª Manuela

Se, como reconhece a Drª Manuela (MFL) já "existem bons instrumentos de apoio social", havendo apenas falha na sua aplicação por parte do Governo, parece lícito concluir que a senhora não ambiciona mais do que o cargo de directora-geral para colmatar as pretensas falhas.
Mesmo assim, tendo em conta a sua comprovada inabilidade e a sua obsessão pelo endividamento, tenho cá as minhas dúvidas sobre se MFL será a pessoa mais indicada para desempenhar tal função.
Eu diria (e direi) que não !

Com a devida vénia ...

Passo a palavra ao Miguel Vale de Almeida:
… mas existimos. Somos as pessoas que, no espectro político-partidário, tal como ele se apresenta (e não o que idealizaríamos), se colocam entre o PS e o Bloco. Não gostamos do PS-centrão, com políticas neo-liberais no trabalho e na economia, e com um séquito de pessoas predispostas ao tráfico de influências. Gostamos do PS quando se apresenta do lado da igualdade, da liberdade, da modernidade. Não gostamos do Bloco quando descai para a demagogia, quando arrebanha as pulsões populistas, ou quando aposta no “correr por fora” desresponsabilizando-se do governo da coisa pública. Gostamos do Bloco quando se apresenta … do lado da igualdade, da liberdade, da modernidade. Alguns e algumas de nós circulam em espaços criados para suprir esse ponto intermédio: em torno de Alegre, em torno de Roseta. Não é o meu caso. Porque acho que sem máquina e sem diversidade de composição social não há transformação política. Mas estejamos lá ou não, estejamos no PS ou não, estejamos no Bloco ou não, partilhamos uma série de preocupações: sentimos que o sistema político português está prisioneiro de uma lógica de grande centro que cedeu demasiado ao neo-liberalismo e que um sintoma disso são as ligações ao poder económico e o tráfico de influências; cortámos há muito com a esquerda revolucionária, mas recusámos a terceira via, acreditando que é possível uma social-democracia que aposte no papel do estado e dos serviços públicos na garantia de igualdade de oportunidades no quadro de uma economia de mercado regulada e com espaço e incentivo para formas de economia solidária e cooperativa; defendemos acima de tudo a liberdade, e esta mede-se na capacidade de garantir opções e escolhas, diversidade, reconhecimento e direitos. Somos pela escolha na interrupção voluntária da gravidez, somos pela diversidade cultural no país e pelo acolhimento dos imigrantes, somos pela plena igualdade no acesso ao casamento civil por parte de casais do mesmo sexo, somos pela despenalização do consumo de drogas, pela laicidade o estado e pela liberdade religiosa, pela efectiva igualdade de género; somos reformistas, no sentido em que queremos transformações concretas na segurança social, na saúde, na justiça, na educação que, com base na valorização dos serviços públicos e na dignificação dos profissionais, melhorem as chances de boa vida para o maior número possível de pessoas, no tempo da sua vida, sem fazer a mudança depender do agudizar de contradições que possam levar, num futuro distante, a uma sociedade perfeita – em que não acreditamos. Não desejamos que as coisas estejam mal para podermos justificar as lutas, desejamos que elas melhorem mesmo e quanto mais cedo melhor; somos pela inovação, pelo conhecimento, pela capacidade inventiva e criadora, pela sustentabilidade energética, pela ecologia – e achamos que estas áreas oferecem o melhor potencial para o futuro económico do país, ao mesmo tempo promovendo o conhecimento, gerador de liberdade; somos por um país que mede o seu valor pelo que faz agora pelos seus cidadãos e pelas suas cidadãs, nascidos ou não aqui, falantes ou não de português, e não pelos mitos do passado, recusando o medo, o atavismo e a violência simbólica das nostalgias do salazarismo ou das utopias revolucionárias. Somos por uma União Europeia assente numa verdadeira representação democrática dos seus cidadãos, com uma verdadeira Constituição e com políticas que ajudem os países mais pobres a aproximarem-se da média comunitária. Somos pela dignificação do sistema político, trazendo para ele novas pessoas, abrindo espaços e diversidades de opiniões, exigindo accountability, e não somos pelo corte definitivo entre a cidadania e a representação ou por alternativas caudilhistas, presidencialistas ou que se deixem seduzir por suspensões da democracia. Em finais de Setembro vamos ter de decidir em quem votamos. Sabemos que não votamos num PSD cuja líder simboliza praticamente tudo o que de negativo foi aqui elencado – uma política que aposta na negatividade e apela aos piores instintos de receio, fechamento, e honrada pobreza. E muitos e muitas de nós estamos tentad@s a votar à esquerda do PS para punir políticas concretas – laborais ou educativas, nomeadamente. Mas mais do que esses argumentos, racionais, espanta-me a onda emotiva que se instalou, para lá das queixas justas, através da repugnância em relação à figura de Sócrates, pintada com as cores da arrogância e do autoritarismo. Ela assenta, a meu ver, num equívoco de percepção: a ideia de que um líder de esquerda deveria ser ou uma figura de bonomia (Alegre?) ou de inflamação revolucionária (Louçã?) – mas nunca uma figura que governa no seu estilo próprio e sem obedecer a um guião estético ou a um folclore de referências específico. Nesse sentido, Sócrates não “bate certo” com o guião cultural português (daí as acusações, como as de autoritarismo e arrogância, que não conseguem, a meu ver, acertar no alvo). Neste momento de crise (que obriga o PS a pensar os erros da deriva neo-liberal da terceira via e do centrão), de desgaste do governo, de acumulação de asneiras por muitos ministros; neste momento de criação de um clima de “derrota” (estabelecida pelos mecanismos retóricos e publicitários de uma comunicação social que em Portugal, ao contrário do resto da Europa, é estruturalmente conservadora); neste momento em que o PS pode (e deve) ver-se obrigado a pensar à esquerda e a pensar em diálogos com muitos cidadãos e cidadãs das várias esquerdas, é o momento de escolher por onde passa a linha divisória entre esquerda e direita. Pessoalmente não acredito que ela passe entre o PS e o Bloco. Acredito que ela passa entre o PSD e o PS. Não quero o regresso do PSD, muito menos do PSD personificado por Manuela Ferreira Leite ou Santana Lopes. Não concordo com várias das políticas deste governo PS que agora termina. Não vi, ainda, o Bloco sair da lógica do “quanto mais dificuldades e tensões sociais melhor”, que o leva a apostar mais no “correr por fora” do que a valorizar as ideias e modos de uma das suas correntes fundadores (a que pertenci), a Política XXI. Mas vejo pela primeira vez, no PS e sobretudo em Sócrates, sinais de um projecto de modernização para o país que se diferencia quer da tentação miserabilista da maior parte da direita, quer da tentação revolucionária da maior parte da esquerda. Justamente num dos piores momentos por que aquele partido passa, e sem qualquer intenção de aderir de novo, enquanto filiado, a um partido, votarei pela primeira vez na vida no PS."
(O negrito é meu)
***
Por estas e por outras também eu votarei PS, ainda que, no meu caso, não seja esta a primeira vez em que "pequei". Longe disso !

"Como foi possível" ?

Interroga-se hoje o "Público" na coluna "Sobe e Desce" como foi possível que tivesse chegado ao poder em Washington uma figura como Dick Cheney, a quem é atribuída a responsabilidade por manter em segredo os planos da CIA para assassinar selectivamente os membros da rede terrorista.
A pergunta é duplamente curta, porque a interrogação devia abranger, pelo menos, a dupla Bush/Cheney e não faltam motivos que justifiquem a interrogação, a começar, como é óbvio, pela guerra no Iraque e pelas mentiras que levaram ao seu desencadear.
Reconhece-se, em todo caso, que a pergunta é boa. Pena é que a pergunta tenha ficado sem resposta quando estava mesmo à mão de semear: José Manuel Fernandes, director do "Público", um indefectível apoiante da citada dupla e da agenda por ela levada a cabo, tinha certamente a resposta.

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Paulo Pedroso em pre-campanha

No âmbito da pre-campanha da candidatura do PS às eleições autárquicas no concelho de Almada, teve ontem lugar, na Academia Almadense, a apresentação das "Bases para um contrato com os cidadãos".
Ouvir o candidato Paulo Pedroso é uma experiência que se recomenda a todos os títulos e, designadamente, para se poder aquilatar da excelência do candidato proposto pelo PS à presidência da Câmara de Almada.
Quem não teve essa oportunidade, pode, contudo, aceder ao citado documento, fazendo uma visita aqui. São apenas as "bases", mas são também o começo do delinear da ideia de uma Nova Almada. Assim haja votos para que ela se concretize !
Esperança tenho !

Um ingénuo este Costa !

A tentativa de António Costa no sentido de, à última hora, conseguir um acordo com PCP e BE para o município de Lisboa, mostra que o actual presidente da Câmara de Lisboa é um ingénuo. Muito embora seja desejável para o povo de esquerda, incluindo para nomes tão prestigiados como José Saramago e Carlos do Carmo, a derrota da direita que, atrás do "menino guerreiro", se apresenta em ampla coligação, é também óbvio que, para a esquerda (?) da esquerda, a derrota da direita não é uma prioridade. É hoje evidente que, para a esquerda (?) da esquerda, o objectivo prioritário é a derrota do PS, seja a nível autárquico, seja no plano nacional. Para a estratégia do quanto pior melhor que, quer o PCP, quer o Bloco, adoptaram desde o início da actual legislatura, diria mesmo que a vitória da direita não só não se apresenta como um mal menor, antes como um objectivo a atingir.
Hélas !

Da ocupação dos dias: jardins em miniatura (I)

(Clicando, amplia)
Vaso de cheiros (plantas aromáticas - Alecrim, Cerefólio, Erva-cidreira, Mangericão, Menta, Poejos e Salsa-frisada)

A satisfação que por aí vai!

A taxa de desemprego em Portugal, segundo a OCDE, é ainda inferior à de vários países membros da referida organização e é também inferior à taxa média da Zona Euro que, em Maio, era de 9,5 por cento.
Estes dados estão longe de ser motivo para regozijo. Não obstante, não falta quem encontre as piores razões para se mostrar satisfeito. Para tirar dúvidas basta dar uma vista de olhos pelos comentários suscitados pela notícia para que remete o link.
Esta gente não está, por certo, desempregada e sofre certamente de partidarite aguda, ou de outra doença qualquer.
Em qualquer caso, bons da cabeça é que não estão!
Adenda:
Sobre a objectividade da notícia recomenda-se uma visita a este post bem humorado.

domingo, 12 de julho de 2009

Quanto pior melhor ! (Take 2)

Afinal, o PCP não está isolado na estratégia de entregar à direita a governação do País. Francisco Louçã não encontrou melhor forma de responder ao apelo de Manuel Alegre dirigido às forças de esquerda, com vista à união de esforços para evitar a vitória dos partidos da direita nas próximas eleições legislativas, do que desencadear um novo ataque contra o PS. Aproveitando as palavras de Manuel Alegre, Louçã recusa, no entanto, qualquer ideia de unidade das forças de esquerda, afirmando-se convencido de que o Bloco de Esquerda é a força "capaz de provocar o sobressalto pedido pelo socialista Manuel Alegre para trazer responsabilidade à política e acabar com a crise de governabilidade de Portugal".
Não há dúvida que, com tamanha presunção e arrogância, o Bloco vai longe e a esquerda em geral, com tanta divisão, também.
Dê, pois, Louçã "o salto enorme" de que fala. E sozinho, já que assim prefere, sendo que também não haverá muitos interessados em saltar para o desconhecido. Falo por mim.

sábado, 11 de julho de 2009

Pandemia ou histeria ?

O surto de gripe A (H1N1) com origem no México tem originado uma tal quantidade de avisos e comunicados emitidos pelas autoridades sanitárias internacionais e nacionais que não posso deixar de confessar a minha perplexidade: a ser verdadeira a afirmação de que o vírus desta gripe não é especialmente virulento, nem causa de grande mortalidade (menor em todo o caso que a gripe vulgar) como compreender todo este alarme difundido pelas autoridades e pela comunicação social que vai ao ponto de contabilizar todo e qualquer caso de infecção pelo novo vírus? Será só porque é novo e a comunicação social vive da novidade ? Ou será antes porque, ao contrário de outras infecções bem mais mortíferas (como a malária e o paludismo, por exemplo), os países mais afectados não são os do chamado terceiro mundo?
E, continuando com as perguntas, como compreender que, perante o número restrito de casos de infecção confirmados em Portugal (86 até hoje) já se fale no encerramento de escolas, de creches e de empresas e se chegue ao ponto de sugerir que nas próximas eleições se evite a realização de comícios?
Por este caminho, onde nos levará tanto alarmismo? E a quem aproveita ?
Não sei a resposta a tanta pergunta, mas começo a pensar que pior que a gripe é toda a histeria entretanto desencadeada.
Adenda:

Universíadas: mais ouro para Sara Moreira !

Depois de ter vencido a prova dos 3.000 metros obstáculos, nas Universíadas-2009, a decorrer em Belgrado, Sara Moreira conquistou hoje a medalha de ouro na prova dos 5.000 metros.
Está Sara Moreira de parabéns e também Portugal que, com esta segunda medalha de ouro conquistada por Sara Moreira, passa a contar com cinco de medalhas nestas Universíadas: três de ouro (duas para Sara Moreira e uma para Nelson Évora, no triplo salto) e duas de bronze (uma para a judoca Ana Cachola e outra para Sónia Tavares, nos 100 metros).

"Sobressalto" à esquerda para evitar o perigo que vem da direita

As referências ao artigo de opinião de Manuel Alegre hoje publicado no "Expresso" salientam o apelo a uma mudança urgente de estilo, de políticas e de pessoas no PS e a um “sobressalto à esquerda” mas deixam no limbo as razões do apelo, como convém à direita e à imprensa que lhe apara o jogo.
Ora o artigo de Manuel Alegre está longe de se resumir ao pedido de mudanças no PS, ou ao apelo à esquerda. Se faz tais apelos é para denunciar o perigo que vem da direita e designadamente do PSD de MFL que, "na hora do colapso do neoliberalismo, (...) faz o discurso ultraliberal do Estado mínimo", e que "à força de tanto querer rasgar, acabará por rasgar o horizonte social do 25 de Abril", incluindo naturalmente "o SNS [que] será praticamente desmantelado".
Certo "jornalismo" (entre comas) quis ver no artigo de Alegre uma demarcação face ao PS. Ora, a intenção de Manuel Alegre, é bem outra e ele próprio se encarrega de tirar as dúvidas. Intitula o seu artigo com um "É Urgente Acordar" e finaliza-o com um alerta "Para que um dia destes não estejamos a perguntar-nos como é que se perdeu mais uma oportunidade e como é que um país maioritariamente de esquerda pode acabar uma vez mais a ser governado pela direita".
Com aplausos cá da Terra!

Uma flor de vez em quando # 6

Cardo-marítimo ou Cardo-rolador (Eryngium maritimum L.)
(clicando, amplia)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Mais um programa para "rasgar" ?

O náufrago satisfeito !


Francisco Louçã, a propósito da "tempestade perfeita" expressão usada recentemente por José Sócrates para se referir às dificuldades por que passou o Governo (e o país) durante a actual legislatura, lembrou, com ar jocoso, que, no filme "Tempestade Perfeita", o navio naufraga.
Apesar das responsabilidades que também lhe cabem, no desenrolar da tormenta, Louçã não perde o seu ar de satisfação. Ainda bem: nada como um náufrago satisfeito, mesmo que suicida. Enquanto nos afogamos todos, ele ri-se. Valha-nos isso !
Numa "tempestade perfeita", um Louçã satisfeito é o exemplo do náufrago perfeito!
(Imagem daqui)

Por Terras de Ribacôa: Sabugal (II)

(1)

(2)

(3)

(4)
Legenda:
1. Chafariz no Largo da Fonte construído em 1904 (projecto da autoria de José Maria de Mello Mattos, incluído no "Inquérito à Arquitectura do Século XX em Portugal;
2. Estátua junto do Palácio da Justiça;
3. Entrada nobre do antigo Solar dos Costa Fraião;
4. Pormenor da Torre do Relógio integrada na Cerca da Vila.

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Política de Verdade !?

"Já alguém reparou que existe um deputado regional do PSD que vai ser candidato numa autarquia do norte da ilha [...]?"
(in Farpas da Madeira)

Nélson Évora: mais um grande salto!

Mais um grande salto para Nélson Évora e mais uma medalha de ouro no salto em comprimento, nas Universíadas, em Belgrado. Parabéns !