" (... não sei se daqui a dez anos haverá uma escola ou um curso académico de Comunicação que estude o dia 2 de Maio de 2023, nas rádios e na televisão, e os dias subsequentes. De manhá à noite, não encontrará jornalismo. Pensem um pouco e afastem-se da excitação. O que se passou nada tem a ver com o jornalismo e o efeito desse comportamento é tão devastador que já não se sabe o que é jornalismo. Aquilo a que assistimos o dia todo foi a uma comunicação social transformada numa espécie de comício político, num estilo de planfleto exacerbado, com tudo o que não é jornalismo: intencionalidade política, dramatização, julgamentos de carácter, petições de princípio, argumentos ad terrorem (sic), encostar os agentes políticos à parede com dilemas 'humilhantes', apelos a acções cada vez mais drásticas, subindo a temperatura da crise, má-fé, [....] sempre com uma constante - a do maior dano possível para o Governo, o PS e António Costa.[...]
(José Pacheco Pereira: "A crise do Governo, a crise do Presidente e a crise do jornalismo", in "Público" - edição impressa de 6 Maio de 2023.
(A ilustração supra figura no original citado).
Sem comentários:
Enviar um comentário