... ou quase.
Eis como resumiria, em poucas palavras, a declaração que o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa achou por bem dirigir hoje ao país.
Entretanto e já agora, seja-me permitido acrescentar umas breves quanto inócuas considerações:
Marcelo é uma pessoa muito inteligente (toda a gente que o conhece pessoalmente o garante), mas chego à conclusão, depois de o ouvir hoje, que ainda não percebeu como é que se gerou o desaguisado entre o primeiro-ministro e ele. Inteligente como é, já deveria ter compreendido que, nos termos da Constituição, há assuntos em que não lhe cumpre a ele meter o bedelho e que o primeiro-ministro não pode estar a toda a hora condicionado pelas suas dicas na praça pública.
Como já alguém disse, o maior responsável pela situação de instabilidade que se tem vivido nos últimos tempos é Marcelo, afirmação com que estou inteiramente de acordo. Foi seu autor o insuspeito Pacheco Pereira.
A Marcelo ouvi-o hoje falar longamente de responsabilidade. Compreensivelmente, ou não tanto, esqueceu-se, porém, de falar na dele e foi pena, porque se Marcelo não se contiver e continuar a falar a torto e a direito, como tem procedido até agora, em dissoluções e demissões, ainda que só para negar as suas intenções em tal sentido, por certo que vamos ter "o caldo mal parado", ou mesmo "entornado". Suponho que não é do interesse de Marcelo, nem de outro ninguém, salvo de algum desequilibrado ventura, que tal aconteça.
1 comentário:
Supõe que não é do interesse de Marcelo nem de ninguém ?! Desculpe lá, ò Clamonte, mas o amigo devia estar distraído quando escreveu isso. Então v acredita que MRS vai sair de Belém sem colocar no poleiro a sua agremiação politica ? Se não o faz agora é apenas por calculismo: ainda não tem á cabeça do PSD o seu delfim ( Moedas ) e as sondagens ainda não lhe dão garantias. Portanto - disse-o - vai caprichar na liderança da oposição para criar essas condições, posto o que aposto os dez euritos que trago no bolso em como logo mandará o expresso inventar um escandalo qualquer para despoletar a bomba. A criatura é dum cinismo e duma hipocrisia que o meu vernáculo não conseguiria qualificar, se o respeito que a função que desempenha não me contivesse.
MRocha
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