Se este Governo, preso por arames, dada a escassíssima maioria de que dispõe na Assembleia da República, não for derrubado a curto prazo, pelo que se tem visto, não vai sobrar pedra sobre pedra na Administração Pública.
Hoje é noticiada a dissolução da direcção do Instituto Português do Desporto e Juventude sob o pretexto de ser “imprescindível [uma] mudança de orientação”. Em que sentido, não sabemos, e, pelos vistos, na óptica da ministra da tutela (na imagem) também não precisamos de saber. Às tantas, nem ela sabe. Tudo indica, aliás, que o que importa é matar a "fome" de emprego público que grassava nas hostes dos partidos do Governo.
Seja como for, o assalto às chefias da Administração Pública que este governo vem prosseguindo tão diligentemente não augura nada de bom. Não custa admitir que pode haver casos em que a mudança até se justificaria. No entanto, o assalto generalizado a que se tem assistido não só não tem qualquer justificação, como irá ter consequências negativas, pois também na Administração Pública há necessidade de alguma estabilidade e de respeito por quem nela trabalha. Algumas dessas consequências, mormente na área da Saúde, até já estão à vista. Só as não vê quem não quer.
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