domingo, 21 de julho de 2013

Um perigo!

Como Adriano Moreira confessava há dias, num dos canais de televisão (a RTP, se não estou em erro) também não tenho o dom da adivinhação. No entanto, como tudo quanto o que é comentador televisivo, e não só, antecipa que Cavaco Silva vai optar por manter em funções o governo descredibilizado de Coelho & Portas, com ou sem remodelação, aceito também como boa essa hipótese. E não só aceito, como acho que é meu dever vir em socorro dessa tese.
É que, de facto, partir para eleições é uma iniciativa perigosa. Direi mesmo que é perigossíssimo dar a palavra ao povo e nada conforme com uma democracia à moda de Cavaco, Coelho e Portas, democracia que é do tipo "destrua-se embora o país, mas, ao menos, salve-se o calendário".
Imaginem só o perigo que Portugal correria se os "tugas" se lembrassem de ter a ousadia de escolher um governo que fosse capaz de fazer ouvir-se por essa Europa fora e bater o pé ao estrangulamento forçado da economia do país e ao empobrecimento generalizado dos portugueses!
Manter um governo de "bons" alunos, como Pedro e Paulo, que não só aceitam todas as exigências dos mercados e dos credores como até têm ido mais além em matéria de sacrifícios, é muito mais prudente. E não só. É também a única forma de os portugueses se poderem redimir de todos os "pecados" de terem vivido "acima das suas possibilidades". Com um Governo insubmisso, os portugueses corriam o sério risco de não alcançar esse objectivo prosseguido desde a primeira hora e com o fanatismo próprio dos recém convertidos, pelo governo de Coelho & Portas. 
Com o governo de Coelho & Portas, os portugueses vão continuar a perder couro e cabelo, mas, no final da penitência, é muito provável que ainda lhes sobre pano para fazerem uma túnica tão alva que quem os vir há-de julgar que são uns "anjinhos". E não será favor nenhum. É que são mesmo.

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