domingo, 28 de agosto de 2016

Um livro (e um político) indecifráveis


Diz-nos a "Revista do Expresso" que há um livro conhecido como "Manuscrito Voynich", datado do início do século XV, que ninguém consegue ler, porque, até aos dias de hoje, "nem criptógrafos nem linguistas conseguiram decifrar" o texto.
O facto é deveras surpreendente, sabendo-se que foi possível decifrar outras formas de escrita tais como os hieróglifos egípcios ou a escrita cuneiforme, aparentemente com maior dificuldade de descodificação.
Mais surpreendente, no entanto, é o caso do político português que dá pelo nome de Pedro Passos Coelho cujo discurso nem os seus declarados apoiantes conseguem decifrar e, menos ainda, compreender.
Sirva de exemplo o naco de prosa que a seguir se transcreve:

Nós levamos a sério a política. Nós levamos a sério o país. Nós levamos a sério as pessoas. E é porque nos preocupamos com elas e com o seu futuro que faremos o que é difícil, que faremos o que é preciso, e esperamos que o que seja preciso e o que é difícil seja menos do que aquilo que nós podemos fazer, porque podemos fazer mais do que aquilo que é difícil, podemos também fazer aquilo que é necessário para que Portugal possa ser, como a Espanha tem vindo a mostrar, como a Irlanda mostrou também, um país em que no futuro todos querem apostar.

O texto em itálico (que não passa de um simples amontoado de palavras) é retirado duma crónica assinada por João Miguel Tavares (JMT) nas páginas do "Público". O autor, que é confessadamente um homem de direita e geralmente tido na conta de um empenhado defensor e intérprete do passismo, reconhece na crónica em questão que "Ninguém percebeu nada". 
Se nem JMT, um especialista, consegue, como admite, discernir o sentido das palavras de Passos Coelho como esperar que alguém, leigo na matéria, consiga decifrar o discurso do líder do PSD?
O mal (da impossibilidade de decifração) é, em ambos os casos, sem remédio?  No caso do livro não sei, mas, no caso do político. é óbvio que não. Basta que o substituam, o que, quando acontecer, já peca por ser tarde.
(Ilustração copiada daqui)

3 comentários:

São disse...

Passos é uma nulidade ambulante e´m todos os campos e quem o apoia é igual!!

Quanto ao livro, talvez seja escrito em dialecto extra-terrestre...

Bom domingo

Francisco Clamote disse...

Bom domingo também para si, São.

Majo Dutra disse...

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Este destaque está muito bom, Francisco.
Não há maneira de o vermos pelas costas...
Dias felizes.
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