Não é a primeira vez que Passos Coelho aparece a pretender tirar dividendos políticos anunciando ou aludindo a factos sem deles ter segura confirmação. Nos últimos tempos, assim aconteceu quando veio acusar o Governo de ocultar a existência de uns quantos suicídios supostamente ocorridos na sequência dos incêndios que devastaram boa parte do concelho de Pedrógão Grande e dos concelhos limítrofes, suicídios que, veio a provar-se, só existiram na cabeça do informador.
Hoje mesmo, aproveitou uma notícia veiculada pelo "Expresso" sobre a existência de um suposto "relatório das secretas sobre Tancos" para desancar uma vez mais no Governo, acusando-o, desta feita, de ocultar informação. O alegado relatório, porém, não é conhecido, nem pelo Presidente da República, nem pelo primeiro-ministro, nem pelas chefias militares, tudo apontando, pois, para um documento "fabricado" por alguém com intuitos não desvendados, mas não muito difíceis de adivinhar.
Certo, certo é que as notícias falsas que têm servido a Passos Coelho para se lançar em sucessivos ataques ao Governo partem de gente ligada ao partido que ele lidera, o PSD.
Na origem do primeiro passo em falso esteve João Marques, ao tempo, provedor da Santa Casa da Misericórdia e actualmente candidato do PSD à câmara municipal de Pedrógão Grande.
Hoje, a escorregadela surge na sequência duma notícia fabricada pelo semanário de que é proprietário o grupo económico de Francisco Balsemão, o militante número 1 do PSD.
Não será caso para Passos Coelho se interrogar sobre quem é que, dentro do seu partido, o quer tramar? Isto, claro, partindo do pressuposto de que não é ele próprio quem está na origem das fake news . Hipótese que não é de afastar. De forma nenhuma.
1 comentário:
Este Peter Rabbit é um estroina sem juízo. E malvado. E mentiroso. Ele é que nos tramou e bem durante quatro longuíssimos anos!
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