Passos Coelho assumiu, de vez, o papel de pândego de serviço. A forma como reagiu ao anúncio da subida da notação financeira atribuída pela Standard and Poor's à dívida pública portuguesa é a prova definitiva de que o líder do PSD faz questão de nos divertir com as suas pilhérias. Senão, vejamos:
Espremendo as declarações que proferiu a tal propósito, chega-se à conclusão de que para Passos Coelho todo o mérito cabe ao governo que ele liderou, o que é, evidentemente, um disparate. De facto só seria possível explicar o facto insólito de a subida do "rating" da República só ter ocorrido passados cerca de dois anos após da queda do seu governo, se se partisse da consideração de que as agências de "rating" são dominadas por autênticas "lesmas" que, para darem um passo em frente, levassem séculos anos, consideração que, além de absurda, sabemo-lo todos, não colhe, porque as agências de notação financeira já deram abundantes provas de que são lépidas a alterar as notações que atribuem. O próprio Passos Coelho pode dar explicações sobre a matéria, pois foi durante o seu governo que a dívida pública portuguesa "ganhou" a classificação de "lixo". Com o que, na altura, por certo, não contava.
Assim sendo, e com isto remato, as declarações do líder do PSD só fazem sentido se se aceitar que Passos Coelho já não tem outra intenção, nem outra ambição, que não seja a de servir de bobo, papel que ultimamente tem vindo a desempenhar com indesmentível êxito.
Por mim, pode continuar.
(imagem daqui)
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