Disse Catarina Martins, coordenadora do Bloco de Esquerda (BE), em comício, nos Açores, que “há poucas coisas tão parecidas com a direita do que uma maioria absoluta do PS”.
Não sei se a estimável senhora se apercebeu de que uma tal afirmação, ainda que expressa em português pouco escorreito, não pode deixar de ser vista como ofensiva por parte do PS. Como é evidente. Se o BE espera, como parece, que o resultado das eleições legislativas marcadas para o próximo dia 30 de Janeiro irá permitir à esquerda formar governo, é óbvio que esse eventual governo não se forma e não passa na Assembleia da República sem a liderança do Partido Socialista. Suponho que nem Catarina Martins se atreve a ter dúvidas sobre isso. Mas, sendo assim, conviria ao BE que os seus dirigentes, em pré-campanha ou já durante a campanha eleitoral tivessem algum tento na língua. É que, convém lembrar que, como diz o ditado, "Não é com vinagre que se apanham moscas". Nem moscas, nem parceiros de eventuais coligações.
(Créditos da imagem: Swipe News, SA)
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