domingo, 25 de janeiro de 2009

Falar é fácil ...

Estou absolutamente de acordo com Francisco Louçã, quando afirma que se deve acabar com os “off-shores”, que são, na verdade, um verdadeiro cancro, pois facilitam não só a evasão fiscal, como também servem de cobertura para toda a espécie de comércio ilegal e de actos de corrupção.
A ideia não é nova, pois até já a vi ser defendida pelo presidente francês Nicolas Sarkozy. Só que é mais fácil dizê-lo do que fazê-lo, pois se não houver consenso entre todos os países, incluindo aqueles onde se alojam, a sua eliminação é impossível. O “tornar obrigatório o registo de todas as operações de qualquer banco”, medida preconizada pelo deputado do BE, não resolve o problema. Julgo, aliás, não me enganar se disser que tal registo já existe e é obrigatório e, no entanto, os paraísos fiscais subsistem.
Concluindo: Ainda não foi desta que Francisco Louçã descobriu a pólvora. E, neste caso, é pena.
(Respigada aqui)
(Mensagem reditada)

1 comentário:

Anónimo disse...

Claro que a lei portuguesa manda declarar tudo, nem buraco por aí paira.
Anote-se que a Portaria n.º 54/2009. D.R. n.º 14, Série I de 2009-01-21 aprovou o novo modelo de impresso da declaração de aquisição e ou alienação de valores mobiliários, a que se refere o artigo 138.º do Código do IRS, e respectivas instruções de preenchimento.

Portanto, se antigamente tinha umas acções ao portador que escapavam ao livro de registo de acções na sociedade e assim outras liberdades que lhe permitiam a SI , seu teso, arranjar uns tostoezitos a mais, agora, o que recebe do seu amigo(a) manu a manu (sem banco nem bolsa de valores), tem de declarar para que o Fisco depois veja como enriqueceu e pague ali todos os seu impostos.

Mas ainda não há muito tempo o Governo, em 2008, concedeu facilidades (isenção de coimas) a quem recambiasse capitais que detivesse ilegalmente no estrangeiro.
Até gostava de saber quantos patriotas beneficiaram dessa bondade do Governo e até os seus nomes deveriam figurar numa lista pela positiva (ao contrário da dos devedores relapsos), para se saber quem foram esses patriotas.
Também gostava de ter uma "ofshore", sim, uma a sério com 2 "ff", com cartão gold, tanto fazia, ser visa ou american express e até mastercard servia desde que pagasse viagem, hotel, prendas, carros, etc.. Seria "um
senhor".
Mas juro que estes pecaminosos pensamentos que você me verbera, logo se transmutariam em depósitos nacionais, patrióticos e declarados, quando o Estado português deixasse de favorecer os capitalistas cobrando-lhes imposto correspondente a 20% quando a mim me cobra 30% de IRS e a outros ainda vai mais acima e ainda por cima me diz que não posso ter abono de família e que tenho de pagar o que consumo em saúde, como se não fosse eu e todos os outros como eu que financiam o SNS através dos impostos.
Jamais terão cidadãos honestos nos impostos enquanto o sistema não for justo e não é.
Olhe, querem uma perspectiva do Pais e como estamos a ser governados? O Expresso em vez de distribuir o DVD do Ronaldo deveria ter distribuído os vídeos do Dr Medina Carreira. Que me perdoe o Ronaldo que não lhe quero mal.
Lucindo Guerra