domingo, 28 de novembro de 2021
Eram favas contadas...
sábado, 20 de novembro de 2021
Cometas breves ?
quinta-feira, 18 de novembro de 2021
Vai e não voltes !
terça-feira, 16 de novembro de 2021
À espera do Messias...
A crer em J. M. Tavares, o cronista de "O respeitinho não é bonito" que dia sim, dia não, ocupa a última página do "Público", ainda não é desta que a direita, a que ele, confessadamente, pertence, terá hipótese de chegar ao poder.
Por via de regra, dispenso-me de ler a crónica deste Tavares, mas o título da crónica de hoje, "Um João Baptista para a direita" despertou-me a curiosidade e não resisti a lê-lo.
Então e resumidamente é assim: Tavares admite como "perfeitamente plausível que Rio valha mais do que Rangel em eleições legislativas", mas, no seu entender, por razões que me dispenso de repetir porque irrelevantes para o que me interessa sublinhar, nem Rio, nem Rangel "terão quaisquer hipóteses de vencer as próximas eleições". A direita terá, pois, ainda segundo Tavares, que aguardar que surja alguém "melhor e mais competente do que eles". A Rui Rio ou a Paulo Rangel (um dos dois será o próximo presidente do PSD, como se sabe) o cronista não reserva outro papel que não seja o de fazer de João Baptista, com a missão de preparar a vinda do Messias.
Estou em crer que, para Tavares, o Messias já tem nome. Duvido, porém, que o "Desejado" esteja para aí virado. Os sinais que tem dado não vão, por enquanto, nesse sentido.
segunda-feira, 15 de novembro de 2021
Catarina e o "papão".
Em boa verdade, a "maioria absoluta" transformada em "papão" para assustar eleitores de esquerda não é discurso exclusivo do Bloco (BE). O PCP afina pelo mesmo diapasão e vai pelo mesmo caminho, o que, diga-se, não é caso para estranhar porque, neste particular, o interesse das duas forças políticas é coincidente.
Catarina Martins é, neste caso, chamada ao título que encabeça o texto, porque é ela quem vai mais longe e quem melhor exprime o sentimento (comum aos dois referidos partidos políticos) de repúdio da "maioria absoluta" que hipoteticamente poderia vir a beneficiar o PS nas eleições legislativas já marcadas para o dia 30 de Janeiro. De facto, vai tão longe que se atreve a comparar a eventual "maioria absoluta do PS" com um "poder absoluto". afirmação que a deputada não pode deixar de saber que é um completo absurdo.
Com efeito, qualquer deputado, para não dizer qualquer cidadão minimamente informado, sabe que no regime que actualmente vigora em Portugal, como em qualquer regime democrático, não há nenhum órgão de soberania que tenha "poder absoluto" ou que possa sequer sonhar em tê-lo. Desde logo, como é evidente, porque o poder de qualquer órgão de soberania está sujeito à limitação dos mandatos. No caso do Governo muito menos se pode falar em tal, pois depende e responde, quer perante a Assembleia da República (AR) que não só o pode demitir mediante a rejeição de uma moção de confiança ou através da aprovação de uma moção de censura, como pode revogar a legislação dele emanada, quer perante o Presidente da República (PR) que também o pode demitir, ouvido o Conselho de Estado e pode vetar toda a legislação que dele venha. Acresce que a actuação do Governo tem ainda as limitações decorrentes de amplo controlo jurisdicional a cargo dos tribunais, incluindo o Tribunal Constitucional.
Perante este panorama de limitações, aqui elencadas breve e resumidamente, é difícil conceber que alguém conhecendo todo este condicionamento da actuação do Governo, possa, de boa fé, comparar e confundir "maioria absoluta" com "poder absoluto".
Finalizando: "Mentir é feio" e nem sempre tal facto é isento de consequências. É provável que venha a ser o caso.
(Reeditado o título)
domingo, 14 de novembro de 2021
"Profundamente dividido" / Profundamente preocupada
"O PS está profundamente dividido" afiança Ana Sá Lopes em título da sua "Anacrónica" hoje vinda lume na última página do "Público", onde, feita a leitura, nada mais se encontra do que as consabidas diferenças de opinião que, de tão costumeiras, estranho seria que as não houvesse, pois seria sinal de que o PS se teria transformado num partido monolítico que nunca foi.
" O dia seguinte às eleições não vai ser bonito de se ver", garante, no final da sua crónica, a jornalista do "Público", dando mostras de estar profundamente preocupada. Conhecendo a jornalista de outras leituras, não parece que um "PS profundamente dividido" justifique, no seu caso, tão funda preocupação. Algo de diferente lhe anda a tirar o sono. E, se calhar, nem com o dia seguinte às eleições se vão evaporar as preocupações. Dela. Em política, é, com frequência, assim.
sábado, 13 de novembro de 2021
Confusão de palácios
Não constitui propriamente uma surpresa o facto de a comunicação social ter transformado o ministro da Defesa, José Gomes Cravinho, em saco de pancada, a propósito do recentemente noticiado "caso dos diamantes" onde cabem crimes de diversa natureza e em que, alegadamente, estão envolvidos alguns militares (ou ex-militares) que estiveram integrados numa missão das Nações Unidas na República Centro Africana. O mesmo se pode dizer em relação ao comentariado que lhe anda associado e que com ele, cada vez mais, se confunde. De facto, uma e outro são useiros e a e vezeiros nesse tipo de comportamento.
José Gomes Cravinho é criticado por não ter dado conhecimento do caso nem ao Presidente da República, nem ao primeiro-ministro, crítica que só pode ser fruto duma confusão entre palácios. Pelos vistos, jornalistas e comentadores ignoram que a Procuradoria-Geral da República, órgão superior do Ministério Público (MP), tem a sua sede no palácio Palmela e não no Palácio de Belém, sede da Presidência da República, nem no Palácio de S. Bento, residência oficial do primeiro-ministro.
Se, de acordo com a Constituição, é ao Ministério Público que compete "exercer a acção penal", e o MP "goza de autonomia", o ministro da Defesa, dando conhecimento dos factos ao Ministério Público, cumpriu rigorosamente o que a Constituição estabelece.
Não parece, pois, que o ministro da Defesa seja merecedor de qualquer tipo de censura. Pelo contrário. Se nos lembrarmos do "roubo de Tancos" em que houve diversas tentativas no sentido enredar no caso, quer o Presidente da República, quer o primeiro-ministro, a actuação do ministro da Defesa só pode ser merecedora de louvor. Desta vez, tentativas como as atrás citadas, não houve.
Graças a ele!
quinta-feira, 11 de novembro de 2021
Metendo a foice em seara alheia ....
... diria eu que, antes de mais ninguém, quem não apreciará a vitória de Paulo Rangel na disputa para a presidência do PSD, será André Ventura.
De facto, quem é que, tendo Rangel, ainda precisa do Chega?
sábado, 6 de novembro de 2021
Tiro e queda ?
sexta-feira, 5 de novembro de 2021
Ora bolas, Senhor Presidente
Não se ignora que as sondagens, depois de conhecidos os resultados das recentes eleições autárquicas, andam um tanto ou quanto desacreditadas. Se já havia muita gente que delas desconfiava, o número de descrentes aumentou acentuadamente.
Isto dito, não é menos certo que na falta de outros instrumentos mais fiáveis para apurar a vontade dos eleitores, é a elas que teremos de continuar a recorrer para antecipar, ainda que com todas as cautelas, o que futuro nos reserva.
Vem este breve arrazoado a propósito de uma sondagem recentemente publicada, segundo a qual, não só o PS, por um lado, voltaria a ser o partido mais votado, se as eleições se realizassem agora (com 38,5% dos votos, deixando o PSD à distância de 14 pontos percentuais), como, por outro lado, a esquerda (PS, BE e CDU) no seu conjunto, continuaria a ter a maioria no parlamento, não havendo maneira nenhuma de a direita formar governo, mesmo que viesse a aceitar o apoio da extrema direita xenófoba de Ventura.
Se a tendência para que tais resultados apontam, se vier a confirmar, é certo que Marcelo vai ter um problema muito sério para resolver.
É verdade que Marcelo avisou com antecedência que, chumbado o OE, se decidiria pela dissolução da Assembleia da República, mas não é menos verdade que o aviso não o desresponsabiliza pela decisão. Esta é exclusivamente sua, até porque não era a única solução que tinha à mão.