segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

O veneno, tal como no escorpião, está na cauda

A reportagem, dita "investigação", publicada na Revista do "Expresso" do último sábado sobre "A nova vida de Sócrates em Paris" (que, na capa, passa de "nova" a "misteriosa"), já mereceu mais que um comentário e já a vi muito justamente qualificada de sórdida. Eu prefiro, no entanto, classificá-la como venenosa, porque o veneno está lá e, tal como no escorpião, o veneno está na cauda. 
Já que chamo ao palco o escorpião, também cabe invocar aqui a fábula do escorpião, pois vem mesmo a propósito. De facto, um semanário, dito de referência, que desce ao nível dum jornal de sarjeta, arrisca-se a ser a principal vítima da sua "ferroada", por perda de credibilidade. Se não é por força da "natureza" do escorpião, é por força da "natureza" das coisas. E atenção: "ferroadas" destas, várias vezes repetidas, podem ser fatais.

(imagem daqui)

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