Segundo o "Publico" on line, Pedro Passos Coelho não vai integrar a lista do PSD às eleições legislativas por Vila Real, porque Manuela Ferreira Leite não o aceitou para cabeça de lista por aquele círculo eleitoral, recusando a escolha da respectiva distrital que o havia indigitado para ocupar o primeiro lugar da lista. Confirma-se assim a hipótese que já há muito vinha a ser aventada e confirma-se igualmente que o PSD de Manuela Ferreira Leite é cada vez mais uma partitura duma nota só.
Na verdade, Passos Coelho terá emitido, após a eleição para os órgãos do partido em que foi derrotado por Ferreira Leite, um ou outro som mais dissonante, mas, tanto quanto me lembro, nunca hostilizou a actual direcção do partido. E, no entanto, a dissonância foi suficiente para ser afastado. Passos Coelho, porque tem ideias próprias e não dobrou a cerviz, como Santana Lopes, tem a paga à vista. Para Ferreira Leite, pelos vistos, só incondicionais.
Destino igual ao de Passos Coelho teve o seu apoiante Miguel Relvas, apontado pela distrital de Santarém, como cabeça de lista pelo respectivo círculo, o que só vem confirmar o que fica dito. Em seu lugar, como cabeça de lista, vai (e bem o merece pelos fretes que vem fazendo!) Pacheco Pereira (PP), ideólogo do "ferreiraleitismo".
Compreende-se agora melhor a repetida alegação de PP (nos órgão de comunicação social, onde perora) sobre a falta de "pluralismo" e as sucessivas referências de Paulo Rangel às "mordaças". Afinal, um e outro não se referiam ao país, mas sim ao próprio partido. E razão não lhes falta. Como estas escolhas se encarregaram de comprovar.
(reeditada)
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