segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Quando o branco é preto

Ou quando a vontade de criticar é tanta que tudo serve de pretexto, mesmo que para atingir o objectivo se tenha que distorcer a realidade.
Pelo título, até parece que qualquer cidadão podia, até agora, escolher o local onde votava, como se tal dependesse da escolha dos eleitores. Ora, é sabido que não é assim, pois é a lei do recenseamento que determina que os cidadão são recenseados (e votam) no local da sua residência. Determina e, a meu ver, bem, pois é fácil verificar que o local da residência é o que permite o mais fácil exercício do voto e, consequentemente, é também o que menos favorece a abstenção, para além de proporcionar, no caso das eleições autárquicas, um melhor conhecimento dos candidatos.
O que o cartão do cidadão fez foi, simplesmente, acabar com a possibilidade de haver múltiplos recenseamentos da mesma pessoa e com a irregularidade de haver cidadãos recenseados onde, de acordo com a lei, não deviam estar, resultados que, a meu ver, são de aplaudir, pois, numa democracia, todos os cidadãos são iguais perante a lei e, neste aspecto, não há especificidades a considerar.
O cartão do cidadão tem sido objecto de críticas, pois algumas mentes vêem nele mais um instrumento do "Big brother". Não é o meu caso, mas respeito as críticas que vão nesse sentido. Julgo, no entanto, que para criticar não é necessário distorcer a realidade, até porque tal comportamento acaba, afinal, por se virar contra quem utiliza processos menos claros. Como é o caso.

2 comentários:

Joaquim Ferreira disse...

Então os políticos podem candidatar-se por onde lhes dá na telha e o Zé-Povinho só pode votar na sua aldeia? Então José Sócrates, o Primeiro-Ministro que prometia o CU (Cartão Único) como tendo vantagens para os cidadãos retira-nos o direito de votar na nossa Terra? Este “Neurónio Tecnológico” divulgou o Cartão Único mas de Único nada tem! Em Espanha os cidadãos têm apenas um cartão e um número! Qual foi afinal a inovação? Nenhuma. É um CU com PIOR FUNCIONALIDADE. Ora, com a falência das finanças e como medida de combate ao défice, Sócrates bem que poderia ter feito um protocolo com a Optimus.. E em vez de mostrar o CU poderia ter criado o CUCIO: Cartão Único de Cidadão Optimus. Um cartão que permitisse aos cidadãos ficar internados ou ir para a praia que, através da SIBS poderiam votar num qualquer terminal Multibanco. E, votando só os vivos, uma única vez e de forma controlada por via informática, adeus chapeladas! Aqui fica o SLOGAN: “Vá de Férias ou Passear mas Não Deixe de Ir Votar”. O custo das mesas de voto daria para pagar a especialistas informáticos de cada Partido para vigiar os resultados. Ou será que as contas bancárias falham pelo MB?
Visitem http://ferreirablog.blogs.sapo.pt/22566.html em "Não Calarei A Minha Voz... Até Que O Teclado Se Rompa !"

Anónimo disse...

Por acaso está bem visto.

Até dei por mim a rir.

Aproveito para rir enquanto não me cobram imposto!