António José Seguro queixou-se, ontem, perante Judite de Sousa, que o entrevistava na TVI, de estar a ser vítima da comunicação social e da generalidade dos comentadores, porque dão dele uma imagem falsa.
A mágoa de Seguro tem alguma razão de ser, porque é verdade que a imagem que nos é transmitida é a de alguém sem garra e incapaz de grandes voos e que, politicamente, nem é carne, nem é peixe. Tem razão, digo eu, mas, se de alguém se pode queixar, é dele próprio.
De facto, Seguro lembrou-se um dia de usar a expressão "abstenção violenta" para caracterizar a posição que o PS, por ele então já liderado, iria tomar em relação ao primeiro Orçamento de Estado elaborado pela praga que é a actual maioria. A expressão é tonta, como é evidente. O seu uso e os inúmeros comentários desfavoráveis que ela suscitou contribuiram decisivamente para criar uma imagem de António José Seguro como político indeciso, imagem que se lhe colou à pele e da qual já não consegue livrar-se, até porque toda a sua actuação política posterior só tem servido para a acentuar.
Por isso digo : António José Seguro tem, realmente, razões de queixa. De Seguro.
1 comentário:
Coitadinho do Seguro. É uma vítima!
Até nisso é igual ao Passos
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