sexta-feira, 30 de junho de 2017

Um partido (de) destrambelhado(s)

Já não são de agora, mas os sinais de desnorteamento de que o PSD vem dando mostras tornaram-se mais evidentes nos últimos dias e com maior intensidade ainda na sequência dos incêndios que devastaram os concelhos de Pedrógão Grande, Castanheira de Pêra, Ansião, Alvaiázere, Figueiró dos Vinhos, Arganil, Góis, Penela, Pampilhosa da Serra, Oleiros e Sertã e, onde, para maior e incomparável desgraça, pereceram mais de seis dezenas de pessoas. 
O próprio líder do partido, Passos Coelho é, sem sombra de dúvida, o melhor exemplo do referido desnorteamento ao anunciar, sem ter dos factos a confirmação, a existência de casos de pessoas que na sequência dos incêndios se teriam suicidado por falta de apoio psicológico, porque, no dizer de Coelho, o "Estado falhou".  O estado que afecta o líder do partido não é, porém, exclusivo de Passos Coelho. Infelizmente, o partido, no seu todo, dá mostras de desorientação em elevado grau, a ponto de, num dia, reclamar a constituição de uma comissão técnica independente para investigar tudo o que houver que averiguar em relação aos referidos incêndios, para, no dia seguinte, vir exigir completo esclarecimento sobre as responsabilidades do caso, num momento em que a comissão encarregada de as apurar ainda nem sequer está constituída.
Parece claro que maior destrambelhamento não é possível, mas há boas razões para crer que não é sem motivo: as notícias, cada vez mais frequentes, sobre o bom momento que a economia portuguesa atravessa, com os indicadores de confiança das famílias e das empresas em máximos históricos ou mesmo nunca vistos, confiança que é partilhada pelo próprio FMI que passou a acreditar que a economia portuguesa vai crescer este ano 2,5% e que a meta do défice avançada pelo Governo (1,5%) vai ser alcançada, é de molde, convenhamos, a enervar um partido e um líder que julgavam que tinham o monopólio do poder, num entendimento que nada tem a ver com as regras de funcionamento da democracia. 
Não sou muito de dar conselhos, mas neste caso e tendo em conta o interesse do país,  há um que se justifica: Tratem-se!
(imagem daqui)

3 comentários:

Majo Dutra disse...

Completamente de acordo,
~~~~ SUBSCREVO ~~~~
~ Ótimo fim de semana ~

Anónimo disse...

Eles não têm cura, Francisco. São um caso perdido.

Anónimo disse...

Eles não têm cura, Francisco. São um caso perdido.