domingo, 28 de outubro de 2012

"Um erro político monumental"


É desta  forma que o Prof. Marcelo classifica o uso do termo "refundação" por Passos Coelho, porque, supondo ele que o termo significa a realização de um novo e “mais amplo” programa de ajustamento com a troika, tal realização acabaria por ter como resultado  "deixar o PS à solta”.
Já perdi o conto às vezes que o Prof. Marcelo classificou a actuação de Passos Coelho como erros monumentais, ou coisa parecida. Não percebo, por isso, porque é que o inteligente professor e comentador continua apenas a apontar a Passos Coelho erros mais ou menos monumentais e ainda não conseguiu chegar à, aparentemente, simples conclusão de que autor de tantos erros, é, ele próprio,  um erro e uma fraude política descomunal . Ele e o governo que Passos congeminou.
O erro, neste caso, pode ser monumental, mas, a meu ver, não é pela razão invocada por Marcelo. O PS só não se sentirá neste momento "à solta", se Seguro não quiser. Depois de cinco alterações ao memorando inicial, sem que o PS tenha sido ouvido nem achado, é motivo mais que suficiente para o PS se sentir desligado da actual versão do memorando, que já pouco terá a ver com a inicial. 
O erro, a meu ver, é outro. A "refundação" de que fala Coelho não passa duma flor de retórica que nem o próprio sabe o que quer dizer. Pelo menos, os seus mais próximos no governo é o que dão a entender, pois também não sabem explicar o que tal significa. Não é, por tal motivo, muito difícil concluir que é mais um balão que não tarda a esvair-se, lançado ao ar por quem já não sabe o que há-de fazer.
E o erro maior, ou antes, o drama, é que quem pode, não há maneira de tirar o "artista" da cena.
(citações e imagem daqui)

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