sexta-feira, 6 de março de 2009

Sondagem: PS e PSD em queda; PCP e BE na maior

A crise parece estar já a fazer mossa ao PS que, de acordo com o barómetro Renascença/SIC/Expresso, da responsabilidade da Eurosondagem, divulgado hoje e aqui comentado, desce novamente na intenção de voto dos portugueses, fixando-se as intenções de voto a seu favor nos 39% (descida de 1,3%), mantendo, no entanto, uma larga vantagem sobre o PSD que mantém o segundo lugar, mas que, surpreendentemente (ou talvez nem tanto) também baixa, fixando-se nos 28,3% (descida de 0,8%).
Em contrapartida sobem as intenções de voto, quer no Bloco de Esquerda (10,4%, com subida de 0,3%), quer no PCP (9,6%, com subida de 0,8%). Mérito próprio, ou demérito da concorrência? Ou antes prova de que, algumas vezes, a demagogia compensa ?

2 comentários:

Nuno Roboredo disse...

Não sei se a demagogia compensa, mas para mim não é tolerável sermos governados por corruptos, tal como antes do 25 de Abril se tornou insuportável a ditadura. Há falta do melhor, venham as alternativas que ainda não tenham dado provas claras de corrupção, como o deram o PS, o PSD e o CDS.
Aconselho a leitura do livro “Contos Proibidos – Memórias de um PS desconhecido” disponível no seguinte link:
http://rapidshare.com/files/40866664/Contos_Proibidos.pdf
Se não conseguir fazer o download, pode enviar-me um e-mail para roboredo@netvisao.pt que eu envio o livro por e-mail
É um livro que conta toda a história do PS desde a sua fundação em 1973 até 1996, altura em que foi escrito.
Foi escrito por Rui Mateus, que ajudou a fundar o PS com o Mário Soares e outros, mas depois foi afastado.
Aproveito para informar que o primeiro e talvez o segundo capítulo são um pouco “chatos” ou difíceis de ler, o que pode desmotivar a leitura dos restantes.
No entanto, à medida que se avança, começa a haver relatos de jogos de poder e aldrabices, envolvendo as mais conhecidas personalidades do PS. Relatos esses muito bem referenciados (livros escritos por outro autores, jornais, revistas, actas de reuniões, etc.) e com cópias de documentos nos anexos do livro, que os tornam credíveis (ou pelo menos confirmáveis). E tornam o livro muito interessante.

Francisco Clamote disse...

Parte o Nuno Reboredo dum pressuposto (que não demonstra) de que nuns partidos há corrupção e noutros não. "Quod erat demonstrandum", digo eu, que julgo que nenhum partido está livre de ter membros corruptos no seu seio. Os homens e mulheres que militam nos partidos, seja ele qual for, têm todos a mesma natureza (humana). Pode acontecer (e acontece seguramente) é que haja mais oportunidades nuns casos (os partidos que detêm o poder ao nível do Governo, ou das Câmaras)do que noutros e quando há oportunidades, os corruptos tendem a aproveitá-las.Suponho que com o seu texto não me quer fazer crer que nos países com regimes ditos "comunistas" (passados e presentes) não existiu, nem existe corrupção, porque, como deve saber, tal não é verdade.
Devo acrescentar quanto à demagogia
que ela existe em todos os partidos, como é óbvio. Não sou cego, para afirmar o contrário. Mas também não tenho dificuldade em ver que também nesta matéria há o "mais" e o "menos". O "mais" está, neste caso, do lado dos partidos que prometendo "mundos e fundos" sabem que não terão que cumprir o que prometem ou reivindicam, ou porque não terão possibilidades de chegar ao poder, por falta de votos que o legitimem ou porque vão ao ponto de recusar assumir encargos na governação. O Bloco, p.e. está neste último caso, como insistentemente tem afirmado e, por isso, é, a meu ver, o exemplo acabado de demagogia.
O livro que cita não se refere aos dias de hoje, pelo que, do meu ponto de vista, não legitima as conclusões que dele pretende extrair.
Cumprimentos.