domingo, 2 de agosto de 2009

Os Torquemadas não se retractam



(Tomás de Torquemada, o Grande Inquisidor)

Fica-se a saber, pelas próprias palavras de Joana Amaral Dias (JAD) que a "sondagem"/convite para integrar a lista do PS, por Coimbra, nas próximas eleições legislativas ("sondagem", na versão Paulo Campos e convite, na versão JAD) não partiu de José Sócrates. E do alegado aliciamento com a promessa de um cargo no IDT, nem sinais, pois nem JAD o confirma.
Assim sendo, cai pela base a acusação de "tráfico de influências" dirigida por Francisco Louçã (o Impoluto assumido) contra o primeiro-ministro. Por isso, também se compreende perfeitamente que, para Louçã, o assunto esteja encerrado. Foi o que lhe ouvi dizer, há pouco, ao mesmo tempo que metia os pés pelas mãos. Mas daí a retractar-se e a pedir desculpas pela infundada e gravíssima acusação vai um passo que Louçã e os Torquemadas deste mundo jamais ousarão dar, porque o que conta é a sua "verdade". O mais importante para os Torquemadas é o efeito pretendido e, no caso, ele já foi alcançado.
(Imagem daqui)

4 comentários:

meirelesportuense disse...

Parece não haver dúvidas que o convite existiu e vindo de quem veio, não poderia ser do desconhecimento do PM...Portanto.

Anónimo disse...

Torquemada o Louçâ? Please, alguma moderação e menos socratismo não lhe ficavam nada mal... O Louçã só disse verdades!

Anónimo disse...

Existe sempre alguma tristeza:

Se não é uma coisa, é, pelo menos, outra: o esp´rito reinante naquelas esferas do poder.

Eles pôem-se em bicos de pés e pelos vistos vale tudo, se não é o primeiro ministro é o secretário de estado e se não é a patroa da casa de alterne é a criada que lava a honra da patroa...

Note-se, aquilo até nem tinha mal algum, podem convidar quem quiserem, o problema é como o dos homosexuais, que é o de se assumirem que o são.
Mas sendo, não há mal nisso.

Isto só tem interesse pela mentalidade de quem governa este país.

capitolina disse...

Não há dúvida, Francisco, que o Senhor anda um pouquito tendenciosamente socrático...
O convite ou abordagem não tem dúvidas ninguém de que existiu.

Seria proibido fazê-lo, como refere o anónimo do 2º registo anónimo? Também me não parece. A continuação da história de afirmações e desaguisados é que vai avolumar a coisa.
Agora a atitude da J. Amaral Dias tb deixa muito a desejar no k à divulgação de uma tal conversa se refere.
Somos mesmo um país de politiquinhas, não somos?
Até quando devo esperar sentada por que a política da minha terra seja uma ética?