Como forma de contornar as perguntas que lhe têm sido feitas sobre as suas relações com a SLN e o BPN, o candidato Cavaco Silva, tem-se limitado a remeter os interessados para o site da Presidência da República e para as declarações constantes do Tribunal Constitucional. Eis, porém, que veio hoje a saber-se que no Tribunal Constitucional não há sinais da existência de qualquer declaração relativa nem à aquisição, nem à venda das acções da SLN (que é o que está em causa). E mais: pelos vistos, nem tinha que haver, uma vez que, quer na altura em que Cavaco Silva adquiriu as acções, quer quando as vendeu, o candidato não exercia qualquer cargo político e não estava sujeito à obrigação de fazer tais declarações.
(Tudo isto foi hoje muito bem explicado no Telejornal (RTP) por uma jornalista que se deu ao trabalho de se deslocar ao Tribunal Constitucional para consultar a documentação.)
Ora sendo assim, das duas, uma: ou Cavaco Silva nos tem andado a mentir (o que, no caso dele, é completamente impensável, tratando-se, como ele apregoa, da pessoa mais séria deste mundo e arredores) ou Cavaco anda muito equivocado.
Seja assim, seja assado, convenhamos que Cavaco anda mesmo em maré de azar.
Ou, se calhar, até não é azar. É, antes, muito mau sinal.
Ou, se calhar, até não é azar. É, antes, muito mau sinal.
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