Devo uma explicação ao leitor que me tenha acompanhado durante o tempo da campanha eleitoral: pese embora o que deixei escrito no "post" anterior, é evidente que não me agrada, mesmo nada, a reeleição de Cavaco Silva. E não me faltam razões.
Chamo aqui, de novo, o caso das escutas, em que Cavaco Silva, duma forma ou doutra, esteve envolvido, caso que lhe retirou, no meu particular julgamento, condições para desempenhar, com a dignidade exigível, o cargo de Presidente da República para que agora foi reeleito. Embora esta reeleição signifique que o julgamento popular a que se submeteu (e que é o que conta e que, obviamente, aceito) o absolveu, não tem, no entanto, a virtualidade de modificar o meu juízo sobre o caso.
Perturba-me também o seu conservadorismo, em particular em matéria de costumes, bem demonstrado durante o seu primeiro mandato. E o "farisaísmo": tendo-se ele próprio elevado aos altares, os casos que recentemente vieram a lume mostram que Cavaco Silva não é mais "santo" do que qualquer "bom" cidadão português.
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