... e, embora tarde, para Cavaco Silva chegou agora o ensejo de vetar pela primeira vez um diploma do Governo desde que é chefe de Estado.
O veto teve como objecto o diploma que previa "a obrigatoriedade da prescrição de medicamentos mediante a indicação da sua denominação comum internacional (DCI), ou nome genérico, bem como a obrigatoriedade da prescrição electrónica”.
O leitor que queira formular um juízo sobre as "ponderosas" razões do veto só tem que, tal como eu, dar-se ao trabalho de dar uma vista de olhos ao site da PR.
Pela minha parte, limito-me a observar que o veto, embora tenha chegado tarde, veio na hora certa. Na verdade, tendo Cavaco Silva prometido, durante a recente campanha presidencial, uma "magistratura activa" para o próximo mandato, importa reconhecer que, atendendo a que se aproxima a passos largos o início do novo mandato, muito provavelmente, ele já não viria a dispor de outra oportunidade para inaugurar uma "magistratura negativa". E quem é que não gosta de novas experiências, incluindo a de mais uma vingançazinha?
1 comentário:
Sim, esta opinião expressa no blogue, "a de vingançazinha", pode ser interpretada como o mau perder de todos aqueles que apoiaram o poeta e candidato Alegre.
O outro lado, pode ser a constatação de que o subentendido canhestro e vingativo PR é, afinal, um homem com sentido de Estado.
Cavaco sabia que, sobre aquela matéria havia vários projectos de lei em apreciação na Assembleia da República e certamente, não entendeu a "pressa" do Governo em legislar quando os deputados, tinha essas questões em discussão.
Helena Roseta acaba de, no programa frente a frente do canal 5 de falar na falta de humildade do Governo .
Mas esta também é uma traidora e o que diz não tem sustentação...
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