"(...) Não se pode pedir às pessoas que acreditem no nosso combate às desigualdades e ao empobrecimento quando o único acordo que firmámos com o governo PSD/CDS nos últimos três anos foi para reduzir o imposto sobre os rendimentos de capital. Num contexto de pesada austeridade, de cortes nos salários e nas pensões e de aumentos de IRS fortemente penalizadores para a classe média, não podíamos ter permitido que o único acordo fosse para baixar impostos sobre os rendimentos de capital - são momentos como este que nos afastam dos cidadãos e dificultam a distinção do PS face ao PSD. Mas se o discurso tem de ser compatível com a prática, o programa que o sustenta tem de ser consistente e credível. É difícil pedir aos portugueses que acreditem num programa que promete acabar com a austeridade, repor salários e pensões e não aumentar a carga fiscal mas simultaneamente cumpre escrupulosamente, e sem contestação, o Tratado Orçamental e apenas de forma envergonhada defende uma renegociação da dívida pública. Fazer política também é fazer escolhas, também é arriscar. (...) isso só será conseguido com um governo forte e com apoio popular, mas para isso precisamos primeiro de um PS com uma liderança forte, em quem os portugueses consigam confiar.
(Pedro Nuno Santos; "É preciso fazer escolhas". Na íntegra: aqui. Realces meus.)
3 comentários:
Muito bem!
Chicamigo
Uma liderança forte para o PS não é seguramente a do (in)Seguro. Mas, como temos vindo a ver, infelizmente, o rapazote (não escrevi com caixa alta...) agarra-se ao tacho apoiado (???) pelos que colocou em lugares seguros, para ele, mas (in)seguros para os capangas.
Dizer como disseram o Henrique Neto (ainda é militante? Ou irá inscrever-se em Leiria com simpatizante?) e outros que tais que o Sócrates é o culpado da situação actual, é desprestigiante - para eles e para o partido.
Assim vamos vivendo, infelizmente.
Abç
Na Travessa há um texto sobre a guerra colonial em Angola. É meu...
E, sff, manda-me o teu endereço de imeile para o hantferreira@gmail.com. Obrigado
~
~ Há muito que esta página condenava a suave e branda oposição e fazia notar a falta de uma liderança forte no PS.
~ Este desfecho prova que as nossas análises estavam corretas.
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