Pelas contas de Pedro Adão e Silva *, que habitualmente batem certas, como me parece ser o caso, Passos Coelho já vai na sua quarta reinvenção: "homem de ruturas" na fase de candidatura ao lugar de líder do PSD, transforma-se em "candidato de mentiras" durante a campanha eleitoral que desgraçadamente o levou ao cargo de primeiro-ministro, acabando por se revelar, no exercício dessas funções, como um "homem (...) desprovido de compaixão", o mesmo que, em novo disfarce, tenta agora, em vésperas de nova campanha eleitoral, apresentar-se como um "referencial de estabilidade", ele que é o mais perfeito símbolo da instabilidade, pelo menos, para quem sofreu as consequências da sua política de austeridade do tipo "custe o que custar", traduzida em cortes arbitrários de salários e pensões e em brutais aumentos de impostos, quantas vezes ao arrepio das normas constitucionais.
Seria de esperar que a credibilidade de Passos Coelho, que, com tanta facilidade muda de pele, andasse pelas ruas da amargura. Olhando para as sondagens que têm vindo a ser divulgadas, parece não ser o caso, o que não deixa de ser surpreendente, mesmo tendo em conta que os media, salvo uma ou outra honrosa excepção, se transformaram em agências de propaganda governamental.
Tão surpreendente é o caso que as perguntas surgem naturalmente: Que povo é este ? Que gente é esta?
Seria de esperar que a credibilidade de Passos Coelho, que, com tanta facilidade muda de pele, andasse pelas ruas da amargura. Olhando para as sondagens que têm vindo a ser divulgadas, parece não ser o caso, o que não deixa de ser surpreendente, mesmo tendo em conta que os media, salvo uma ou outra honrosa excepção, se transformaram em agências de propaganda governamental.
Tão surpreendente é o caso que as perguntas surgem naturalmente: Que povo é este ? Que gente é esta?
(*Em crónica publicada na edição impressa do "Expresso" de ontem)
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