sábado, 5 de junho de 2010

Até "onde chega a miséria moral" ?

Por exemplo, a de um indivíduo que dá pelo nome de José Manuel Fernandes e que, em crónica na edição de ontem do "Público", jornal de que foi director, se pôs a sentenciar sobre " a miséria moral da esquerda jacobina que temos"?
Não será este indivíduo o mesmo que é responsável, juntamente com o jornalista Luciano Alvarez, pelo caso mais vergonhoso de manipulação jornalística e política de que há memória, o das suspeitas sobre as escutas em Belém e que nem sequer teve a hombridade de contestar as responsabilidades que o assessor da Presidência, Fernando Lima lançou, nas páginas do "Expresso", sobre o jornal de que ao tempo era director?
Não será este individuo, o mesmo que apoiava incondicionalmente o ex-Presidente dos Estados Unidos, George W. Bush e que defendia, à outrance, de par com o JPP, a guerra do Iraque, como o mais fanático  dos neocons ?
É, de facto, este o mesmo indivíduo que, para levar a sua água ao seu moinho, nem recua, ao longo da crónica, em citar o caso de Inês de Medeiros, afirmando que a ora deputada se candidatou, apresentando uma morada em Lisboa, quando se sabe que tal afirmação é redondamente falsa, havendo documentação tornada pública que prova exactamente o contrário.
Que moral tem, pois, este indivíduo para dissertar sobre a moral dos outros ?
Nenhuma. E vergonha também não.
(Fica-me ainda uma dúvida que gostava de tirar a limpo. Não terá sido este indivíduo o jornalista que quando estava no Público,escrevia reportagens em Israel com tudo pago pelas autoridades israelitas ?)

3 comentários:

MFerrer disse...

Afinal!
As grandes almas sempre encontram os grandes objectivos.
O sionismo internacional, a escolha divina dum povo eleito e acima de qualquer moral colectiva, têm o péssimo hábito, a que alguém convencionou chamar de falta de vergonha, de passar por cima de tudo e de todos e, tal como as rolhas, continuar a flutuar.
Os "percursos" destas personagens acabam por ser sempre os mesmos e o nosso azar é a quantidade deles que nos habita, em cada geração que passa...
É o fado!

José Teles disse...

Francisco, não li o artigo do JMF, nem vou ler, o JMF está ao nível do Lima, do Alvarez e do Cavaco, são os três mosqueteiros na aventura espalhafatosa das escutas em Belém e está tudo dito em matéria de "miséria moral", ponto, de acordo consigo. Excepto numa coisa: ele há uma maneira simples, barata e definitiva de não nos chatearmos mais com o JMF: é deixar de ler o Público, custa menos do que deixar de fumar, fiz as duas experiências e não me arrependo. Ainda tive uma recaída quando mudou a directoria. Mas ao fim de dois ou três números deixei de vez. Nunca mais fumei. Foi uma limpeza.

Anónimo disse...

E por falar em miséria moral... o movimento estudantil petista quando soube que o ex-reitor da UFPA Alex tinha recebido uma verba extra polpuda e que iria fazer alojamento estudantil no campus do guamá, invadiram o seu gabinete e exigiram que fosse auditório de luxo, como de fato aconteceu, posto que, alojamento serviria mais para acoitar vagabundo. Ainda essa semana na UFPA encontrei um bando de petista fazendo campanha para que uma professora doutora pela França fosse eleita para um cargo, porquanto, se eleita, não ministraria mais aula. Ao indagá-los esses disseram que o bom é ter professor o mais imprestável possível e seria um luxo gastar gente tão bem qualificada com um bando de imprestáveis. Além disso, o docente que não fizer isso vai morrer de fome