Complementando-te, aconselharia Cavaco Silva a ler este belo Poema de NATAL escrito por David Mourão Ferreira. Faz bem a todos nós lê-lo e não apenas nesta quadra.
NATAL E NÃO DEZEMBRO
Entremos, apressados, friorentos, numa gruta, no bojo de um navio, num presépio, num prédio, num presídio, no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos, Entremos e depressa em qualquer sítio, porque esta noite chama-se Dezembro, poque sofremos, porque temos frio.
Entremos dois a dois:somos duzentos, duzentos mil, onze milhões de nada. Procuremos o rastro de uma casa, a cave, a gruta, o sulco de uma nave... Entremos, despojados, mas entremos. De mãos dadas talvez o fogo nasça, talvez seja Natal e não Dezembro, talvez universal a Consoada.
2 comentários:
Foi assim que nós fomos ensinados, Francisco.
Mas nós não somos de Finanças nem queremos ser. Basta-nos a biblioteca...
Um abraço.
Complementando-te, aconselharia Cavaco Silva a ler este belo Poema de NATAL escrito por David Mourão Ferreira. Faz bem a todos nós lê-lo e não apenas nesta quadra.
NATAL E NÃO DEZEMBRO
Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos,
Entremos e depressa em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro, poque sofremos, porque temos frio.
Entremos dois a dois:somos duzentos,
duzentos mil, onze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a Consoada.
BJ-Lídia
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