O optimismo do governo sobre o andamento da economia, baseado nas exportações, o "porta-aviões da recuperação", segundo Portas, parece não convencer o FMI que considera, e bem, no relatório da décima avaliação ao programa de ajustamento, publicado esta quarta-feira, que "o ajustamento externo tem sido conseguido, em larga parte, devido à compressão das importações de bens que não sejam combustíveis e, ultimamente, ao crescimento das exportações de combustíveis", o que torna problemática a sustentabilidade do ajustamento (e, logo, do crescimento), uma vez que é de contar que as importações venham a crescer devido à retoma do mercado interno; que a capacidade de refinação da Galp terá já atingido o limite; e que o acréscimo de visitantes verificado no sector do turismo é, com grande probabilidade, fruto de circunstâncias irrepetíveis no futuro.
Considera o Negócios que o relatório do FMI é, por isso, um "tiro no porta-aviões de Portas" e está bem visto. De facto, ainda que não atinja o porta-aviões que Portas não tem (ele é mais virado para os submarinos) não deixa de ser um tiro na prosápia que Portas possui com abundância.
2 comentários:
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~ ~ ~ Uma tristeza:um país de pobres, com pobres de espírito no topo da hierarquia governamental. ~ ~ ~
Acabei de ouvir o Portas dizer que está mais interessado na realidade do que na opinião das instituições. Como habitualmente, vira-se sempre para o lado que lhe dá mais jeito...
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