sábado, 26 de abril de 2014

"Falar para o boneco"

É assim que vejo e ouço (em diferido) Cavaco a discursar na cerimónia comemorativa do 25 de Abril na Assembleia da República, apelando pela enésima vez ao compromisso entre os partidos políticos.
Estranho é que  Cavaco, o político com maiores responsabilidades na deterioração do clima político durante o segundo Governo de José Sócrates e o político que, em última análise, esteve na base da recusa por parte do partidos da direita em aceitarem viabilizar o PEC IV, não se dê conta do ridículo da situação. 
Como já escrevi algures, Cavaco, o incendiário, anda a tentar fazer de bombeiro, mas como é evidente, faltando-lhe autoridade moral para apelar a compromissos, Cavaco ao fazer tais apelos, está de facto a "falar para o boneco", pois,  por uma razão ou outra, já ninguém o leva a sério. Em boa verdade, nem o governo de Passos, Portas & Cª.
Estranho é também que Cavaco não se dê conta disso, tanto mais que no hemiciclo de São Bento, tem bem à sua frente evidentes sinais de que uma boa parte da população, a representada pelos deputados da oposição, já nem sequer o ouve. Ou se ouve, faz de conta. 

2 comentários:

manuel pereira disse...

Cavaco fala para o boneco,é certo. Que Alegre esteja ao lado de quem tudo fez para derrotar a sua candidatura a Belém,é bizarro. Soares e Nobre elegeram Cavaco,quem já se esqueceu?

Majo disse...

~
~ Tem toda a razão: ninguém o leva a sério.

~ Um discurso de ocasião, morto e tedioso pela falta de originalidade e capacidade inovadora de apresentar temas já conhecidos.

~ Por vezes torna-se anedótico, quando assinalou os avanços no campo da saúde e educação mas, principalmente, quando se referiu à baixa natalidade, depois da emigração maciça dos nossos jovens.

~ O permanente desplante, petulância e cinismo. ~