Enquanto decorreu a campanha para as eleições autárquicas, instalou-se, como por encanto, em todo o território do Continente. uma verdadeira acalmia no respeitante a novos incêndios. Digo "como por encanto", porque, na verdade, não ocorreram durante esse período alterações significativas nas condições atmosféricas que prevaleciam no período anterior.
Contados os votos, apurados os resultados, e mantendo-se as condições meteorológicas que vinham do antecedente, eis que os incêndios voltaram a assolar as nossas gentes, as nossas terras, os nossos campos e as nossas florestas, com uma violência de todo inesperada e incompreensível para esta altura do ano.
Haverá, presumo, explicação racional para este comportamento do fogo, explicação que, todavia, não alcanço.
Daí que, parafraseando um gracejo bem conhecido, me sinta inclinado a dizer que, não acreditando em bruxas, e muito menos em demónios do fogo, às tantas, sou levado a admitir, embora contrariado, que sim, que "los hay, los hay!"
(Foto Paulo Novais/lusa. Daqui)
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