terça-feira, 10 de outubro de 2017

Insondáveis são os desígnios de Santana

Não consigo imaginar o que pode motivar Santana Lopes a concorrer à liderança do seu partido (o PPD/PSD, como ele gosta de o designar), sobretudo sabendo que já desempenhou essas funções, não se podendo dizer que esse período da sua vida, durante o qual exerceu também as funções de primeiro-ministro, depois da debandada de Durão Barroso rumo a Bruxelas, tenha sido particularmente feliz.  Quem não se lembra da metáfora da incubadora?
Sem dúvida que a presença de Santana Lopes dá outro colorido a qualquer disputa e neste caso é expectável que tal aconteça pois não há dúvida que Pedro Santana Lopes é um político pouco ou mesmo nada convencional. Passa por ser um sedutor que, alegadamente, peca por ser demasiado instável. Dele, nesse sentido, se poderá dizer, com alguma verdade, que só estará bem onde não está. Tal não lhe dá, obviamente, nenhuma vantagem competitiva na corrida em questão. Eu diria até que muito pelo contrário.
Não se conhecendo, nem bem, nem mal, qual o programa que Santana Lopes vai submeter à apreciação dos seus companheiros, também  não é possível saber quais as linhas com que se coze, nem quais as mais-valias que poderá trazer ao partido.
Tratando-se de quem se trata, uma personalidade tão imprevisível, não sei se a sua candidatura à liderança não será apenas uma forma de fazer prova de vida, ou seja, uma prova de que, como anunciou em tempos que já lá vão, continua a andar por aí. Se for o caso, a primeira promessa, já bem antiga, já Pedro Santana Lopes a cumpriu.
(imagem daqui)

1 comentário:

Graça Sampaio disse...

A mim parece-me que ele quer mostrar que está sempre ao serviço do partido. Eu, cá pudesse votar (!!!) votava nele contra o ditadorzinho do Rui Rio... :)