sexta-feira, 14 de agosto de 2009

Mais um tiro na barca

Francisco Moita Flores, actual presidente da Câmara de Santarém, eleito em lista do PSD e novamente candidato à mesma Câmara pelo mesmo partido, declarou em entrevista à SIC, com todas as letras, que não votará em Manuela Ferreira Leite, nem fará campanha pelo PSD nas próximas legislativas. E admitiu mesmo votar PS.
E não vota PSD porque a "ilustre" senhora não lhe merece credibilidade, designadamente, tendo em conta o que passou com a constituição das listas para as eleições legislativas, pois prometeu renovação e apresentou candidatos reciclados, em Santarém, em Braga, em Aveiro, em Faro e em Setúbal, pelo menos; fala em transparência e impõe candidatos a contas com a justiça (António Preto, não sendo único, é o caso mais badalado); e, segundo Moita Flores, as listas do PSD até já integram candidatos por sucessão dinástica.
A meu ver, Moita Flores chega a tal conclusão, um pouco tarde, pois é evidente que a "política de verdade" da Drª Leite não passa (para não ir mais longe) de conversa fiada. Em todo o caso, mais vale tarde do que nunca.
E, por muito que o PSD queira ignorá-las, certo é que as declarações de Moita Flores são mais um tiro na barca da credibilidade de Ferreira Leite que já mete água por tudo quanto é sítio.
Com tanta água a bordo, a barca, por certo, não vai chegar a bom porto. Graças a Zeus. Muitas !
Adenda:
O vice-presidente do PSD, Aguiar Branco, confrontado com as declarações de Moita Flores disse acreditar que ele ainda vai reconsiderar a sua posição até às legislativas.
Se admite uma tal hipótese é porque Aguiar Branco considera Moita Flores um catavento (e nesse caso, estranha-se que o PSD o proponha para presidente duma Câmara Municipal), ou então avalia-o de acordo com a sua bitola, que, sendo assim, não é das mais elevadas. Tudo a demonstrar que a barca, além de meter água, também já não tem rumo. Quer "a comandante da barca", quer "o imediato" já não sabem às quantas andam. Eles ainda não se deram conta disso, mas os tripulantes, mais avisados, já começaram a abandonar a barca. Moita Flores não é caso único.

1 comentário:

capitolina disse...

Moita Flores não sai bem no retrato. Se o PSD lhe serve como veículo de candidatura, deveria ser mais sensato e evitar ataques ostensivos. São regras de moral mínima no meu modo de entender a política.