terça-feira, 13 de novembro de 2012

Com este governo, é de contar sempre com o pior

O Banco de Portugal (BdP) acaba de anunciar, através do Boletim Económico de Outono, que prevê, para 2013,  uma queda do PIB de 1,6%, previsão que representa um grande salto em profundidade em relação à anterior previsão de Verão que apontava para uma situação de estagnação, que o mesmo é dizer de crescimento nulo da economia.
Ainda assim, trata-se, a meu ver, dum salto que peca pela modéstia, tendo em conta, por um lado, a dimensão das quedas, quer no consumo (3,6% contra 1,3% no Verão), quer no investimento (10% face à previsão de Verão de 2,6%) e, considerando por outro lado o recuo no crescimento das exportações, a sofrer, também ele, uma quebra de 2,3%.
Ainda estou para saber como é que estes números são compatíveis com a previsão sobre a contracção da economia portuguesa em 2013 prevista pelo BdP, razão por que não me admiraria muito, se no Boletim de Inverno, o BdP viesse a ver-se forçado a dar um salto em profundidade ainda com maior magnitude.
Isto antecipo eu antes de estar confirmado mais um revés no que respeita à consolidação das contas públicas
Perante os sucessivos falhanços no controlo do défice, é de contar sempre com o pior, enquanto  este governo não for borda fora. É a simples prudência a recomendá-lo.

1 comentário:

Isa GT disse...

As variáveis são tantas, seja a nível europeu como mundial que fazer previsões é quase futurologia.
Neste momento, seria necessário e muito importante, mais consenso do que divisões.
Esta enorme crise que atravessamos não vai ser resolvida com provas de força nem ameaças, o ideal seria tentar encontrar pontos comuns que pudessem ser trabalhados mas, para isso, seria preciso muita honestidade, ética e inteligência, coisa que não vejo, nem sequer enxergo a mínima vontade para iniciar tarefa tão hercúlea e, muito francamente, nem sequer vejo muitas pessoas à altura desse desafio.

Bjos