Quando as sondagens eram favoráveis ao PSD, Pedro Passos Coelho desperdiçou a oportunidade de derrubar o Governo, quer através da apresentação, por iniciativa própria, de uma moção de censura, quer através do aproveitamento da moção de censura apresentada pelo PCP. Vem agora afirmar, armando-se em valente, que se não fossem as eleições presidenciais (e, suponho eu, devido à impossibilidade constitucional de dissolução da Assembleia da República, nos próximos meses) teríamos, nesta altura, em cima da mesa, não a discussão do Orçamento de Estado, mas a discussão de uma moção de censura.
Ora, sabe-se [quer face ao desperdiçar das oportunidades que teve para derrubar o Governo quando as sondagens lhe eram bem mais favoráveis do que actualmente, quer face à rejeição ("nem pensar", diz o secretário-geral, Miguel Relvas) da hipótese de se responsabilizar por uma solução governativa, no caso de o Orçamento não ser aprovado e de o Governo, em consequência, se demitir] que o PSD, perante as dificuldades que o país enfrenta, foge da responsabilidade de assumir funções governativas como o diabo da cruz.
Mas sendo assim, cabe perguntar: a moção de censura, tipo "faz de conta" que PPC agora brande, serviria para quê?
Para nada, obviamente. Prova, no entanto, que os "miúdos" são danados para a brincadeira !
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