sábado, 13 de novembro de 2010

Gente "corajosa" !

Diz o "Público" on line que a Esquerda do PS e figuras do soarismo procuram alternativa a Sócrates para "Governo patriótico". Em surdina, por enquanto, adianta o jornal. Ora, eu, que não tenho o ouvido tão apurado quanto as e os jornalistas do "Público" (Leonete Botelho, São José Almeida, Nuno Simas, Rita Brandão Guerra) não sei se é verdade, se é mentira. O que sei é que, nas actuais circunstâncias,  não será fácil encontrar no PS alguma outra personalidade com a coragem e determinação de José Sócrates para enfrentar as dificuldades que o país atravessa. Eu, pelo menos, não estou a ver, entre as figuras apontadas como futuros candidatos à liderança do PS, ninguém com essas características.
A quem eu tenho ouvido, ultimamente, defender a tese do "governo patriótico" ou de "salvação nacional" e, simultaneamente, o afastamento do actual primeiro-ministro, é à direita (Paulo Portas pelo CDS e Pacheco Pereira e Paulo Rangel, designadamente, pelo lado do PSD. Compreende-se a ideia, porque para a direita (e só para esta) a solução seria ouro sobre azul:  regressava ao poder em posição de força (uma vez que lhe era reconhecido o direito a veto na escolha do primeiro-ministro)  não correndo grande risco de ser associada às medidas  de rigor orçamental, tomadas ou a tomar, porque o PS  (como partido maioritário dentro da coligação e, aparentemente, o único responsável pela indigitação do primeiro-ministro)  continuaria a ser visto como o principal responsável.  Logo, o mais penalizado.
A defesa pela direita desta solução não deixa, no entanto e ao mesmo tempo, de ser surpreendente: sabendo-se que as últimas sondagens apontam para uma vitória da direita em eventuais eleições legislativas, uma tal posição só se explica pelo medo em assumir o risco da governação em tempos de crise.
Pelo que, ou esta gente é muito "corajosa", ou não está preparada para as surpresas do novo "ovo kinder" (Passos Coelho, nas palavras do seu "companheiro" Morais Sarmento).

2 comentários:

Anónimo disse...

Isto faz-me lembrar nos jogos da bola em miúdo, quando precisávamos de um árbitro nos inter-turmas. quem lá estava ouvia tudo e mais alguma coisa, mas quando se perguntava quem queria vir, dava tudo um passo atrás. O PSD está a preparar-se para governar sozinho e vir depois dizer que a situação do país estava pior que pensavam. Foi assim com o Guterres e vai ser assim com o Sócrates. O que a direita se esquece, é que o Sócrates andou a fazer aquilo que o Barroso ia fazer se não tem ido para a Europa, e ideias novas é coisa que não abunda por aqueles lados... e eu sei disso. Texto Corajoso. Ab.

Bettencourt de Lima disse...

Por uma Democracia sem votos ( ou sem povo ), viva a República de Platão, de Sócrates definitivamente , não.

A direita, bom não insultemos a direita, esses agrupamentos que vulgarmente entre nós se designam de direita, esgotada a politica da insidia e da calúnia, duvidando do povo e das sondagens feitas à Lapa, agora ensaiam uma nova estratégia : chegar ao poder sem votos , pois isso de votos é sempre muito pouco Seguro. Arauto desta estratégia, bom quem seria mais adequado? Pois, Paulo Portas, sim aquele que navega no mar da Palha, ou melhor rente ao fundo, responsável por mais de mil milhões em submarinos e em financiamentos partidários titulados por nomes jocosos como Jacinto..por pudor fico por aqui.

Em nome da salvação nacional, receando enfrentar a tempestade que aí vem, concluindo que sem o PS (ou contra)é tarefa impossível, cientes que o novo líder só produz patetices, aí estão eles disponíveis para salvar o país . Esquecem-se que nos momentos mais tormentosos da nossa história, enquanto grande parte das nossas «elites» se vendia a Espanha, foi o povo capitaneado por bastardos que conduziu Portugal á vitória.

Todavia isto de povo sai muito caro, então educá-lo, dar-lhe saúde , reformas, bom isso está bom lá para o centro e o norte da Europa pois essa malta lá trabalha. Aqui eles só produzem na Auto-Europa, vai-se lá saber porquê …mistérios.

Por isso Salvação Nacional sim ,mas aquela de Platão, eleito mas não elegido, a de Sócrates definitivamente não.

PS.O responsável pelo maior roubo da história portuguesa, já se passeia em liberdade, essa é outra República…a dos juízes.