Retomando o tema do "post" anterior, temos de convir que o deus de Alberto João é um "unhas" e que uns modestos "cinquenta milhões" são suficientes para satisfazer o líder madeirense quando a benesse "cai do céu". O mesmo, porém, já não acontece em relação ao "maná" da República que, por mais abundante que seja, nunca lhe satisfaz a gula.
Ainda recentemente tivemos mais uma oportunidade para o comprovar quando os deputados do PSD eleitos pelo círculo da Madeira, uns paus-mandados de Alberto João, votaram contra o Orçamento de Estado, porque o Orçamento, na perspectiva do mandante, vai contra os "interesses" da Madeira, pressupondo, naturalmente, que estes se sobrepõem ao interesse geral do país.
Diria mais tarde o Prof. Marcelo, na sua homilia dominical, partindo desta constatação, que a decisão de Alberto João foi errada e que com ela não fez justiça à sua "inteligência". Note-se que Marcelo não estava a ser irónico, o que nos faz suspeitar da sua própria argúcia, pois se mostrou incapaz de distinguir entre inteligência e esperteza, como no caso se imporia. É que, se são legítimas as dúvidas sobre a "inteligência" de Alberto João, a sua esperteza não sofre constestação. Na verdade, fazendo-se passar e comportando-se, na sua actuação política, como um inimputável, de tudo lança mão para atingir os seus fins: diz as maiores barbaridades como o ar mais sério deste mundo e não recua perante os insultos quando tal lhe convém e contra quem lhe oferece alguma resistência, ainda que o destinatário se chame senhor Silva. E sempre com total impunidade, como a inimputável convém.
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