Esfalfam-se os políticos, politólogos e demais comentadores a construir cenários sobre o governo e o futuro do país. Trata-se, a meu ver, de um exercício inútil que não traz qualquer vantagem. É que, nesta altura, assegurada que está a aprovação do Orçamento, o actual Governo tem condições para governar e, para além disso, não há neste momento, nem haverá, num futuro próximo,com a actual composição parlamentar, outra alternativa: nem o PSD aceita responsabilidades governativas, sem novas eleições, nem o PS pode aceitar as exigências de Paulo Portas e de mais uns quantos do PSD quanto ao afastamento de José Sócrates da chefia do Governo.
Sobra que a especulação sobre tais cenários se revela prejudicial ao país, pois alimenta os receios de uma instabilidade governativa que está longe de ser real, pois nem sequer é seguro que haja, a curto ou médio prazo, novas eleições, e os receios não favorecem, de certeza, a imagem do país perante os credores internacionais, nem ajudam à descida das taxas de juro.
Recomenda-se, por isso, em particular, aos políticos que poupem as meninges e se concentrem em encontrar soluções para os problemas que o país enfrenta. Como estes são reais e não são de fácil resolução terão aqui matéria mais que suficiente para se entreter.
(Imagem daqui)
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