Por muito detestável que seja o regime chinês (uma ditadura que nem "comunista" já é) a verdade é que a recente visita do Presidente da China, Hu Jintao, constitui só por si, independentemente dos resultados, um sucesso que vem confirmar o que já tinha ficado claro aquando da eleição para o Conselho de Segurança das Nações Unidas: Portugal, um país com reduzida dimensão territorial, tem um peso na cena internacional muito superior ao que seria de esperar tendo em conta a sua dimensão. Sem dúvida que estes êxitos têm a ver com ligações que vêm do passado, mas também não se pode subestimar a acção da actual diplomacia portuguesa.
Dir-se-á que estes êxitos não enchem barrigas. Não será, porém, tanto assim, quando se sabe que as exportações portuguesas continuam a crescer bem acima das previsões. Ora, se é verdade que o excelente desempenho das exportações é atribuível, em primeira linha, ao dinamismo dos empresários do sector, não é menos verdade que o sucesso se deve também, em grande medida, à diplomacia económica que o Governo tem desenvolvido. E o primeiro-ministro, muito em particular, pois, quer se queira, quer não, é um facto que José Sócrates é o principal "culpado". Os acordos hoje celebrados com a Argélia aí estão para, uma vez mais, o comprovar.
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