segunda-feira, 23 de abril de 2012

Um homem com imenso talento

"(...)
Dizia (...) Pedro Passos Coelho que o Estado deveria sair daquilo para que não tinha vocação.
Olhando para o último ano, percebe-se que o Estado de Pedro Passos Coelho não tem vocação para quase nada: não tem vocação para defender a escola pública, não tem vocação para desenvolver o Serviço Nacional de saúde, não tem vocação para desenhar um modelo de desenvolvimento para o país, não tem vocação para pensar uma estratégia para a economia, não tem vocação para ter um Ministério da Cultura, e por aí afora.
É um Estado com uma extraordinária falta de talento.
Resta pois ao Estado de Pedro Passos Coelho concentrar-se nas poucas coisas que sabe fazer bem: cortar nas despesas sociais, vender empresas e património, obedecer às decisões da Sra Merkel, arranjar emprego para as clientelas, e manter a estrutura de decisões no estrito quadro da partidocracia.
Mas tal como na Escola da Fontinha, este Estado tem encontrado um talento até agora pouco reconhecido em Portugal: o talento para a violência e a repressão. (...)"

(Extracto da crónica de Rui Tavares "O Estado contra a solidariedade", publicada hoje na edição impressa do "Público")

1 comentário:

Anónimo disse...

Tem vocação para encarnar os Irmãos Metralha, ou ntegrar a quadrilha de Ali-Babá.