Se havia dúvidas sobre a personalidade do ministro a quem neste governo cabe a tutela da economia, do emprego, dos transportes e da energia, as peripécias à volta da eleição da nova administração da Metro do Porto são suficientemente esclarecedoras para as remover de vez. Dispenso-me de estar aqui a esmiuçar o lamentável episódio, porque o leitor, lendo
esta notícia, tem à disposição matéria suficiente para julgar por si. Quanto a mim, atendendo ao que se passou, o ministro Álvaro não passa de um boneco que,
pelos vistos, permite que o manipulem, desde que lhe permitam ficar em pé.
E também é verdade, sim, que há no governo alguém (falta saber quem) que não hesita em dar-lhe o tratamento de boneco.
Fico, no entanto, sem saber o que é pior: se a permanência dum ministro "faz de conta" no governo; se a existência de alguém que no governo se entretém a mexer nos cordelinhos. No primeiro caso, bem se pode dizer este governo é uma casa de bonecos; no segundo, que o governo é uma loja de brincar. E francamente não sei qual das duas possíveis alternativas é a melhor.
(Imagem daqui)
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