Ou muito me engano, o que acontece com frequência, pois não tenho a clarividência de tanta gente que circula por aí, a começar no inquilino de Belém. ou Passos Coelho tem os dias contados como primeiro-ministro. Digo isto, em primeiro lugar, porque Passos Coelho já não tem saída honrosa para o caso em que está envolvido relativo aos recebimentos à margem da lei enquanto deputado nos anos de 1997 a 1999. (O pedido à PGR para averiguar da legalidade de tais recebimentos não passa de manobra dilatória, devendo o pedido ser devolvido de imediato à procedência, pois, pelo que se sabe, a missão do Ministério Público não consiste em satisfazer a curiosidade de quem que seja e, como é evidente, o pedido não tem outra finalidade, já que, segundo tem sido afirmado, os alegados crimes, a terem existido, já estão prescritos.)
O que me leva, no entanto a ser tão assertivo na afirmação é facto de constatar que o "Expresso" do militante nº 1 do PSD dedica ultimamente ao caso, uma atenção pouco usual naquelas páginas e dando dele uma perspectiva pouco favorável a um primeiro-ministro que até há pouco era tratado naquelas paragens, com uma ou outra raríssima excepção, com toda a estima e veneração. Hoje, lendo todos estes textos ("Passos foi consultor da Tecnoforma durante 3 anos em que esteve em exclusividade no Parlamento"; "Passos pede à PGR que esclareça se cometeu algum ilícito enquanto deputado"; Caso Tecnoporta. PSD à espera das explicações de Passos"; "As contradições do Parlamento sobre o passado do deputado Passos Coelho"; "Declaração de rendimentos a que Passos estava obrigado em 1999 em falta no TC"; "A cabeça de Passos está no cepo") fica-se com a ideia que Passos Coelho, para o "Expresso", já não passa de um "anjo caído". Pelo menos, é como eu o vejo. Aliás, sempre como tal o vi.
1 comentário:
Percebo a tua perspectiva, Francisco, mas lamento desiludir-te. Cheguei a pensar que fazia parte de uma estratégia de PPC para antecipar eleições e apanhar o PS com as calças na mão.
Desenganei-me, após o pedido à PGR. Ele quer ganhar tempo. Nada mais. Nunca se demitirá, nem que a PGR viesse a provar ( o que nunca acontecerá) que ele recebeu dinheiro da Tecnoforma. Mas, além de o crime ter prescrito, que provas pode haver de que recebeu dinheiro, se a entrega foi em cash? Os tipos da Tecnoforma vão manter-se caladinhos, por isso, nada feito.
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