A memória dos portugueses não é famosa e ninguém se lembrou do célebre episódio do “gato por lebre”, que inaugurou a carreira do homem. Só a esquerda, que o odeia com uma intensidade assustadora, ferrou o dente naquela miserável trapalhada e não a deixará tão cedo. E com razão. O dr. Cavaco exibe a cada passo, até nos mais pequenos pormenores, a sua incapacidade para o cargo em que infelizmente o puseram. Este incidente não é uma gaffe inócua e desculpável, é uma intervenção profunda na vida material do país, agravada por uma fuga desordenada à franqueza e à verdade política. O sr. Presidente da República devia daqui em diante observar um silêncio penitente e total, com o fim meritório de não assanhar a crise que ele consentiu e em parte criou. Não merece a nossa confiança.»
(Vasco Pulido Valente; "Voto de não-confiança". Na íntegra aqui, para assinantes do "Público" )
Um duplo "pois não!" digo eu, porque, de facto, nem Cavaco é merecedor de confiança, nem a memória dos portugueses é famosa. Se fosse, nunca Cavaco teria sido eleito.
1 comentário:
Os tugas esquecem com muita facilidade
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